Elaboração de Projeto de Pesquisa
Por: Sara • 12/3/2018 • 2.088 Palavras (9 Páginas) • 306 Visualizações
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Referencial Teórico
Com ao advento e o aprimoramento cada vez maior da tecnologia, há, hoje em dia, vários tipos de biocombustíveis, tais como o etanol, biodiesel, biogás e biomassa. Dessa forma, assim como abordou Cláudia Pacheco e demais autoras em um vídeo online, “há diversas fontes de biocombustíveis, tais como a cana-de-açúcar, mamona, soja, girassol, milho, biomassa florestal e microalgas.” Esse tema também foi bastante discutido no programa da Tv Justiça, “Meio Ambiente por Inteiro”, realizado no dia 23 de Junho de 2012 e divulgado também online.
Segundo Farias (2010, p.2),
Modernamente, o vocábulo biocombustível ficou sobremaneira associado aos combustíveis de origem vegetal. Contudo, combustíveis de origem animal também são biocombustíveis [...]. A grande vantagem dos biocombustíveis, a saber, o fato de serem obtidos a partir de fontes renováveis, alia-se ao fato de que se pode ainda maximizar o uso energético dessas fontes, como no caso da cana-de-açucar, da qual, além da obtenção do álcool a partir do seu caldo, pode-se ainda obter álcool a partir do seu bagaço, que pode ainda ser queimado para a geração de energia elétrica.
“No Brasil, as energias renováveis em geral ainda são entendidas como ‘alternativas’, conferindo-lhes um aspecto subalterno, para diferenciar as demais fontes da ainda considerada a mais nobre das renováveis, a hidrelétrica”. (BLEY JUNIOR, 2009, p.37).
[pic 2]
Fonte: BLEY JUNIOR, Cícero Jayme. Agroenergia da biomassa residual: perspectivas energéticas, socioeconômicas e ambientais. 2. ed. rev. Brasília: Foz do Iguaçu: Technopolitik, 2009. 126 p.
Mesmo sendo as hidrelétricas as principais responsáveis pela produção de energia no Brasil, o governo brasileiro está se mobilizando em prol de investimentos também relacionados aos biocombustíveis, como por exemplo o Pró-alcool.
A Em 1975 o governo brasileiro deu início ao Programa Brasileiro de Etanol, o Pró-alcool. O programa consistia em desenvolver o uso do etanol ou do etil álcool como combustível. Ele podia ser utilizado para substituir o methyl tert-butyl ether (MTBE) da gasolina ou utilizado na forma pura como combustível de veículos automotores. De 1975 a 2000, foram produzidos aproximadamente 5,6 milhões de automóveis com motores a álcool. (MASIERO; LOPES, 2008, p.60)
Com o desenvolvimento dessas fontes renováveis de energia, como o etanol citado acima, cresce a influência que elas exercem sobre a humanidade. Um exemplo disso nos apresenta Hage (2007), onde ele apresenta o fato da integração física e regional dos biocombustíveis e o problema do transporte dos mesmos no Brasil.
Apesar da distribuição iminente da produção sucroalcoleira deverá haver comando nos transportes e na confecção da logística. Eleva-se a importância das hidrovias abarcando a bacia do rio Paraná e chegando até a do rio da Prata. Há o desenho de também usar a navegabilidade da bacia amazônica. (HAGE, 2007, p.7).
Ainda que com certas dificuldades de implantação definitivas dos biocombustíveis como principais fontes de energia, Hage (2008, p.170) afirma que “Padrões de energia e de crescimento econômico que sejam convergentes com o equilíbrio ambiental bastante afetado pela poluição dos combustíveis fósseis são urgentes. Não restam dúvidas de que há grande necessidade de se pesquisar novos combustíveis alternativos”.
“Estudiosos afirmam que reproduzir esse modelo mundial de dependência energética dos combustíveis fósseis é tido como um grande retrocesso e desperdício de um imenso potencial para os países localizados em clima tropical”. (MUÑOZ, 2007, p.18)
Há, no entanto, um problema bastante evidente relacionado ao etanol, por exemplo: o dualismo existente entre a fome a produção deste combustível.
Na lama, sob a perspectiva sócio-ambiental, o bioetanol made in Brazil já fez crescer a fome. Provocou o encarecimento de praticamente todos os gêneros de primeira necessidade, à exceção do açúcar. O latifúndio canavieiro na Amazônia, notadamente no estado do Pará, revigorou até práticas de trabalho forçado. (PROCÓPIO, 2007, p.11)
Masiero (2011, p.98) apresenta um dado interessante: “De acordo com a Agência Nacional de Petróleo brasileira, em 2007, 492 toneladas de cana foram produzidas, e uma porção desta matéria-prima foi utilizada para produzir 8.400 milhões de litros de etanol puro e 13,9 bilhões de litros de etanol hidratado”. (Retirado do texto original e traduzido pelo autor desse projeto).
Outro problema enfrentado são as barreiras técnicas impostas pelos países no âmbito internacional, o que dificulta a exportação, a propagação e o próprio comércio de biocombustíveis. Assim afirma Maisonnett (2011, p.122),
[...] acordos, que hoje são limitados pelas restrições decorrentes dos compromissos assumidos no âmbito multilateral global (GATT e OMC), podem assumir formas de integração econômica profunda, como é o caso da UE e do MERCOSUL. Entretanto, muitas vezes, essas “parcerias” e, consequentemente o comércio internacional, sofrem certos entraves devido à imposição de barreiras-técnicas com caráter protecionista, o que dificulta não só o fluxo de mercadorias, bens e valores [...].
Para finalizar, um relatório técnico produzido pelo ANP juntamente com o INMETRO, apresenta um estudo experimental sobre a homogeneidade do etanol em biodiesel, observe na tabela abaixo os resultados obtidos:
Tabela 1 – Resultados de ANOVA no estudo da homogeneidade do etanol em biodiesel
[pic 3]
Fonte: RIO DE JANEIRO. Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas. Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia. Relatório Final da Comparação Interlaboratorial de Biodiesel. Duque de Caxias, 2011.
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Metodologia
Neste projeto de pesquisa foi realizada uma pesquisa bibliográfica com a utilização de livros e artigos de periódicos científicos, ou seja, fontes puramente teóricas, visto que não foram realizados experimentos práticos. Primeiramente, houve uma pesquisa mais abrangente a fim de escolher o tema que seria abordado. Após isso, foi necessário identificar o problema, dentro do assunto escolhido, que seria o objeto de interesse a ser discutido ao longo do trabalho.
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