A PUBLICIDADE INFANTIL COMO ALVO DE CRÍTICAS
Por: Lidieisa • 20/4/2018 • 5.431 Palavras (22 Páginas) • 359 Visualizações
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sendo cuidadosamente lançada ao público infantil, dentro das normas e padrões exigidos pela CONAR, ainda sim, a publicidade infantil tem sido alvo de demasiadas críticas nos últimos anos.
Em março p.p., o Conar decidiu restringir um pouco mais as normas para a Publicidade. Esta mudança gerou polêmica entre os anunciantes.
De acordo com a reportagem publicada na Revista Carta Capital, em dezembro de 2014, a empresa Maurício de Sousa Produções (MSP), previu desordem econômica se restrições sobre a publicidade infantil fossem impostas.
Uma pesquisa solicitada pela MSP previu desastre para a economia e questiona a resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que entende a Publicidade Infantil como abusiva. De acordo com a pesquisa, a produção destinada ao público infantil gera 51,4 bilhões de reais em produção na economia nacional, 1,17 bilhão em empregos e mais de 10 bilhões em tributos. De acordo com a pesquisa, as mudanças propostas pelo Conanda em prática, a qual proíbe o uso de linguagem infantil, personagens e ambientes que lembram a infância, as perdas seriam de 33,3 bilhões em produção, aproximadamente 728.000,00 empregos e 6,4 bilhões em salários.
A Publicidade, assim como as demais profissões, é passível de críticas, porém, buscaremos compreender o motivo de demasiadas críticas negativas voltadas para a Publicidade Infantil e, identificar a possibilidade de esta profissão estar sendo alvo e preconceitos e pré-julgamento.
2. Objetivos
Geral:
O objetivo desta monografia é estudar os efeitos da Publicidade Infantil em uma criança, entender os mecanismos utilizados para estimular o interesse do público em questão e identificar o motivo que tem feito a Publicidade infantil ser alvo de críticas negativas nos últimos anos.
Específico:
• Identificar o perímetro de ação do Marketing Infantil com o público;
• Direcionar os mecanismos da comunicação ao público infantil de forma saudável, sem prejuízo ao desenvolvimento psíquico e físico dos jovens.
3. Hipóteses da Pesquisa
• A Publicidade proporciona às crianças não só venda de produtos, mas também, a propagação de ideias positivas e boas ações;
• A Publicidade infantil tem sido alvo de julgamentos preconceituosos.
4. Metodologia
Para uma análise mais aprofundada, será aplicada a pesquisa qualitativa exploratória, pois há a necessidade de identificação da realidade, baseando-se em experiências adquiridas pelos entrevistados, tendo como variáveis, crenças, valores e significados pessoais. Porém, possui um fator de que não se ocupa com dados quantitativos, como estatísticas, gráficos e tabulações, levando em conta os efeitos vivenciados com a Propaganda Infantil. Desta forma, temos uma pesquisa mais humanizada, pois trata diretamente com as emoções e sentidos sensoriais das crianças, o que possibilitará adquirir informações mais concisas quanto à qualidade do serviço/produto estudado, não o encarando apenas como dados calculáveis.
5. Referencial Teórico
Para o embasamento da monografia, serão analisados dados com abordagens positivas e negativas sobre o tema relacionado, conforme indicações abaixo:
• Livro: A Infância e a Publicidade: Proteção dos direitos fundamentais da criança na sociedade de consumo (Autor: Igor Rodrigues Britto)
• Normativas para a Publicidade Infantil (site CONAR)
• Livro: História Social da Criança e da Família (Autor: Philippe Ariès)
Os textos indicados acima serão utilizados para compreender os limites da Publicidade no que tange ao público infantil e identificaro motivo de demasiadas críticas negativas direcionadas à Publicidade, com relação a este tema.
5.1 Definição de Gênero no Plano Social e Linguístico
Os estudos serão feitos com o público infantil, de gênero masculino e feminino, de 02 a 09 anos de idade, que tenham sofrido recentemente alguma influencia do Marketing Infantil e desenvolva algum papel no ato da decisão da compra. Seja como influenciador, decisor ou consumidor final.
6. O Desenvolvimento Social da Criança
A concepção de infância, constantemente ligada a ideia de fragilidade e dependência, gerou na política social a remoção da ideia de autonomia e responsabilidade da criança e do adolescente, fazendo predominar suas necessidades às suas capacidades.
De acordo com P. Aries, a importância familiar da criança foi sendo desenvolvida com o passar dos anos. No século XV a passagem da criança pela família e pela sociedade era muito célere. Muitas crianças faleciam ainda pequenas por conta de doenças, etc.
A “paparicação” era reservada às criancinhas em seus primeiros anos de vida, enquanto ela ainda era engraçadinha. Caso a crainça morresse, algo que acontecia com frequência, a regra geral era não se abalar, pois logo, outra criança a substituiria.
No final do Séc XVI e início do século XVII a infância ainda era ignorada. Não se acreditava na inocência das crianças, que eram tratadas com liberdades rugosas e brincadeiras indecentes. A pedofilia fazia parte do contexto social daquela época.
As crianças eram tratadas como adultos. Não acreditava-se que atitudes como estas teriam alguma consequência, uma vez que as crianças eram muito pequeninas e logo tudo seria esquecido.
No final do século XVI, católicos e protestantes da França e Inglaterra iniciam uma preocupação sobre o respeito da infância. Começa-se uma preocupação maior com o tipo de linguagem em livros,
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