Fichamento Discurso sobre a desigualdade
Por: Juliana2017 • 6/8/2018 • 2.277 Palavras (10 Páginas) • 358 Visualizações
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Rousseau então discorre sobre a linguagem, e como ela seria um grande passo para que o homem abandonasse seu estado de natureza. Para analizar como a linguagem é importante numa sociedada, principalmente para se criar um vínculo entre os indivíduos, o autor fala sobre as relações familiares do homem selvagem. Não se possue nenhuma estrutura familiar tal qual a que conhecemos hoje, pois os laços entre os homens no seu estado natural, são vazios, ocazionados pelo acaso, pela necessidade ou pelo desejo.
Ainda discorrendo sobre a linguagem, o autor examina as origens da mesma. P.70”A primeira língua do homem, a lingua mais universal, a mais enérgica e a única de que se necessitou antes de precisar-se persuadir homens reunidos, é o grito da natureza”, partindo-se disso, Rousseau vai revelando aos poucos o aprimoramento que a linguagem dos homens selvagens foi tomando, começão pelo grito da natureza, passando por sinais, inflexões de voz e jestos.
O autor entra então numa reflexão sobre a teoria da bondade ou da maldade dos homens selvagens. P.75”Parece, a princípio, que os homens nesse estado de natureza, não havendo entre eles espécie alguma de relação moral ou de deveres comuns, não poderiam ser nem bons nem maus, ou possuir vícios e virtudes”, sendo assim, Rousseau nega a versão de Hobbes que o homem é naturalmente mal, e ainda conclue que não se pode afirmar que os selvagens são mals pelo simples fato de que ele não sabem o que é ser bom.
Rousseau então fala um pouco sobre a piedade aplicada aos homens, que representa um sentimendo natural, P.79”ela nos faz, sem reflexão, socorrer aqueles que vemos sofrer;ela, no estado de natureza, ocupa o lugar das leis, dos costumes e da virtude, com a vantagem de ninguém sentir-se tentado a desobedecer à sua doce voz”, ou seja, é como se a piedade “controlasse”, “medisse” certos atos dos homens selvagens, o que os impedisse de cometer algum ato ruim para com outro indíviduo da mesma espécie.
Por fim, o autor discorre um pouco sobre as relações entre os gêneros e como são pautadas na necessidade e não há muita noção de sentimentos. Rousseau também refleete finalmente sobre as diferenças que diferem os homens, onde P.82”as diferenças que distinguem os homens, inúmeras, consideradas naturais, são unicamente obra do hábito e dos vários gêneros de vida que os homens adotam em sociedade” portanto as diferenças estão nos hábitos da convivência, nas relações entre indivíduos mesmo que brevemente superficiais.
Segunda Parte
Nessa segunda parte do livro, o autor explora a formação do homem civilizado. Inicialmente Rousseau fala que a primeira noção de sociedade civil nasceu com a ideia de propriedade, o simples fato de um home dizer que tal coisa “era dele”, a noção de posse, mas essa análise só se tornará mais clara quando se entender o processo de civilização do homem.
Rousseau discorre sobre o que ele chamou de “condição do homem nascente”, que é basicamente o seu estado de natureza sendo movido apenas por necessidades básicas, mas logo surgem as dificuldades e homem se vê obrigado a encontrar uma forma de superá-las. O homem civilizado percebe a necessidade de se adaptar as circunstâncias, ao clima, ao ambiente e resolver simples problemas do dia a dia como a altura de uma árvore que lhe impede de pegar os frutos e o frio da noite por exemplo, portanto o homem começa a de adequar.
P.88”Essa adequação reiterada dos vários seres a si mesmo e de uns a outros levou, naturalmente, o espírito do homem a perceber certas relações.” A partir dessa frase, o autor conta como o homem começa a ter noção espacial, dimensional e emocional das coisas, animas e outros seres humanos, vendo então necessidade de tomar certas precauções para garantir sua segurança. Logo, o homem também nota a sua superioridade sobre os demais animais, e não muito depois começou a ter noção sobre si mesmo em relação a outros homens também e como ambos eram parecidos em incontáveis aspectos, surgindo então espécies vagas de relacionamento.
Rousseau é bem auto explicativo sobre as relações inciciais entre os homens quando diz: P.89”No primeiro caso, unia-se a eles em bandos, ou, quando muito, em qualquer tipo de associação livre, que não obrigava ninguém, e só durava quanto a necessidade passageira que a reunira.” ou seja, unia-se esporadicamente a outros indivíduos de acordo com a necessidade.
O autor fala então sobre as primeiras relações que foram se estabelecendo entre homens e mulheres, pais e filhos, compartilhando habitações e sentimentos. Vivendo em conjunto, logo comoçaram a surgir as primeiras diferenças do modo de viver dos dois sexos, que anteriormente compartilhavam os mesmos comportamentos. Rousseu diz que essa diferenciação entre os dois sexos fez com que elez pedessem algo de sua ferocidade, logo também, ambos adiquiriram certas comodidades que enfraqueceram o corpo e o espírito. Entretanto, a vida conjunta fez com que o uso da palavra se estabelecesse e aprimorasse no interior de cada família.
Agora com a formação de famílias, atudo começa a mudar e lentamente formam-se espécies de nações particulares que compartilham costumes não regulamentados por leis, mas que se tornam válidos devido as condições de vida que são comuns a todos. Cada vez mais os homens passam a viver nesses grupos tendo assim um desenvolvimento constante de ideias e a fortificação do laços já existentes. Aos poucos os homens passam a ter cada vez mais conciência dos demais e assim passam a surgir os primeiros sentimentos de inveja e vaidade, como Rousseau fala em seu livro P.92”o primeiro passo para a desigualdade quanto para o vício”, assim também os homens se tornam vingativos e cruéis.
O homem passa então a se dedicar a criação de ofícios que produzissem coisas que supririam a necessidade, surgem então à metalurgia e a agricultura, como surge também à propriedade, as primeiras regras de justiça e também a escravidão e a miséria. Surgem então os primeiros efeitos da propriedade, a concorrência, a rivalidade, o desejo de lucrar e como Rousseau cita P.98”abafando a piedade natural e a voz ainda fraca da justiça, tornaram os homens avaros, ambiciosos e maus”.
Percebendo essa maldade que o homem havia adquirido, viu-se necessário criar regulamentos de justiça e paz para que pudessem proteger tanto a si mesmos, quanto aos outros, como Rousseau explica em P.100”compreenderam a necessidade de resolver-se a sacrificar parte de sua liberdade para conservar a do outro, como um ferido manda cortar um braço para salvar o resto do corpo”,
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