Contraste entre hegel e hobbes
Por: eduardamaia17 • 13/3/2018 • 1.939 Palavras (8 Páginas) • 349 Visualizações
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para que seja mais difícil a sua destruição por outrem.
A discórdia da condição natural se dá em razão da competição, da
desconfiança e da gloria. A paz, resultante do contrato social, não se origina, por tanto
de um pendor para vida social, mas sim por conta do medo.
Associação entre os homens, assim, leva a uma renúncia em seus plenos
poderes em favor da paz. Com isso, não se reserva, e portanto se transfere, um direito
de todos a todas as coisas. Tal transferência acarreta o dever de se buscar,
firmemente, a paz social. Ocorrem que as pessoas não agem com constância ou
suficiência para alcançarem uma paz duradoura. Há discórdia, e, por isso, é
necessário mais que um pacto: é preciso transferir todo poder a um homem ou uma
assembleia, de tal modo que seja feita então uma só vontade e ela seja a vontade
única, levando a paz e a segurança.
Sendo assim, um pacto social, apenas resguardado na vontade comum dos
contratantes, não teria, para Hobbes o condão de unificar as vontades nem de
fornecer paz e segurança. É preciso transferir as vontades subjetivas ao estado, que,
com vontade única, age em todos os casos como se seus atos fossem os atos dos
indivíduos.
2.2 Direito Natural Hobbesiano.
Do mesmo modo que Hobbes é muito insólito e original no que se refere sua
filosofia política – é absolutista e contratualista, é o também no que se diz respeito ao
direito natural. Para Hobbes, a mais alta expressão da justiça está no cumprimento
das determinações do soberano, na medida em que os homens alienaram seus
interesses pessoais àquele que lhes dá em troca a segurança e a paz. Mas, ao mesmo
tempo, essa submissão ao poder estatal não nega o fato de que haja uma lei da
natureza que se expressa pela razão, e que, justamente pelas insuficiência dos
homens em concretiza-la em estado de natureza, é suplantada pela lei civil do
soberano.
Afirmando a existência de leis naturais, passiveis de extração pela reta razão,
Hobbes também situara o eixo das tais leis do direito à autopreservação. Ao contrário
da tradição filosófica anterior e posterior, que, por mais variável sempre enxerga um
substrato de dignidade e honradez ao chamados direitos naturais, Hobbes opera no
sentido de fundar o direito natural apenas no interesse imediato do homem à sua
preservação.
Há, no entanto, no pensamento de Hobbes, uma grande exceção à submissão
total ao soberano: o direito de se valer dos meios necessários para preservar a própria
vida. O direito de autodefesa constitui a possibilidade de desobediência civil no
pensamento hobbesiano. O indivíduo, mesmo que proibido pelo estado de se valer
dos meios necessários à preservação da sua vida, não seguiria tais determinações.
Ao alienar o seu poder individual soberano no contrato social, o indivíduo jamais
renuncia ao direito de autodefesa.
3.0 Introdução a Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Hegel nasceu no dia 27 de agosto de 1770 na Alemanha, durante a juventude
estudou no seminário de Tubingen. Ele adquiriu conhecimento perfeito da filologia
clássica, sobretudo da língua grega
Ele sempre se preocupou com todas as questões políticas, sempre queria estar
informado. Ele dizia que "a leitura dos jornais é uma espécie de oração da manhã
realista".
No ano de 1802, escreveu um trabalho sobre a constituição da Alemanha. A
última obra que publicou em vida, Princípios da filosofia do direito, sistematiza suas
ideias a respeito da sociedade e do Estado.
E foi em 1807 a 1808 que Hegel mostrou mais um dom e passou a ser um
diretor de um jornal em Bamberg, e de 1808 a 1816, diretor do ginásio em Nuremberg.
E assim se tornou um professor da universidade de Heidelberg e, em 1818, foi
chamado para Berlim, ocupando a cátedra de filosofia, vaga desde a morte de Fichte.
Ele faleceu em 14 de novembro de 1831 na cidade de Berlim na Alemanha, por
uma grande epidemia de cólera, ele tentou fugir e foi a outra cidade mas voltou a
Berlim antes do tempo, achou que a epidemia já havia passado então voltou a Berlim
acabando sendo contaminado, morreu com 61 anos e foi sepultado cemitério
Dorotheenstadt.
4.0 A dialética hegeliana
A mudança das coisas, a história, a transformação constituem grande parte do
fundamento filosófico do pensamento hegeliano. O modo dessa alteração, o sentido
da própria história, tudo isso constitui a dialética hegeliana.
Para Hegel, a dialética não é, como era antes dele, um procedimento adotado
pelo intelecto humano como forma de desvendar um conflito que estava aparente em
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