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Hegel - Para compreender a ciência (livro)

Por:   •  11/1/2018  •  1.079 Palavras (5 Páginas)  •  341 Visualizações

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Tal processo de transformação expressa-se num movimento constante e contraditório que constitui, essencialmente, a dialética. Hegel caracterizou esse movimento em três fases: em si (tese), para si (síntese) e em-para-si (síntese). O movimento da realidade expressa-se, portanto, por meio de um movimento tríadico, na qual cada ser em si ( em si/tese) está limitado às qualidades que possui [...] e se nega. Todas as transformações do mundo ocorrem conforme esse processo. [...]. A negatividade é, portanto, a matiz do processo e transformação contínua de toda a realidade” (Savioli p. 364)

Com Hegel, se rompe a concepção de que algo só poderia ser ele mesmo e que ao transformar-se, perderia a sua identidade para sempre.

“O sistema filosófico hegeliano sustenta-se em grande parte, no conceito de ser nele proposto, exatamente porque tudo o que existe é ser. Conforme o concebeu Hegel, o conceito de ser veio romper a ideia de um mundo composto por coisas [ou seres] cuja a identidade se mantém até que aquele ser deixe de existir.” (Savioli p. 364)

Segundo Hegel, as coisas dependiam do pensamento e da ideia para existirem e não ao contrário, pois para ele o mundo real provinha das ideias pensadas pelo homem. O sistema filosófico de Hegel ficou marcado por esse caráter idealista que não se fez presente só no pensamento alemão daquele século, mas também em outras correntes filosóficas que se desenvolveram depois causando um rompimento. A marca desse foi rompimento da unidade do hegelianismo em duas correntes distintas que se opunham entre si que são a “direita” e a “esquerda” (Tendo Feurbach como exemplo) hegelianas.

Influenciou com suas ideias formação do pensamento de vários autores entre eles Engels e Marx, podendo ser observada a riqueza de seu sistema filosófico, pois esse sistema gerou muitas polêmicas que contribuíram para a divulgação das suas ideias por meio de outros autores alemães e do pensamento alemão em si, pensamento esse que foi divulgado para o restante da Europa.

Essa difusão do pensamento hegeliano não buscou sempre fidelidade às suas ideias originais e com isso muitas críticas foram geradas, levando o hegelianismo a um tipo de abandono.

Hoje em dia, no século em que vivemos, a doutrina filosófica de Hegel, ganha um novo espaço por causa do “existencialismo”, que procurou nas primeiras obras de Hegel aspectos que apoiassem a essa doutrina existencialista, em razão das correntes teológicas, que se dedicam a esses estudos das idéias de Hegel e de sua propagação e, por fim, ao “reconhecimento da dimensão precisa da influência do pensamento dialético de Hegel sobre o pensamento de Marx”

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