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MARX e HOBBES

Por:   •  21/4/2018  •  2.001 Palavras (9 Páginas)  •  277 Visualizações

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- Karl Marx

Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo e sociólogo alemão no contexto dos estudos políticos e econômicos do século XIX. Suas principais obras são O Capital que explora o funcionamento do capitalismo e seus desdobramentos na sociedade e Manifesto Comunista a qual aborda a posição da burguesia como opressora em relação ao proletariado e propaga os ideais comunistas. Estas obras geram desdobramentos nos mais diversos campos das ciências sociais e podemos destacar algumas premissas que seguirão nos próximos parágrafos.

O marxismo pensa a sociedade na sua totalidade, na qual os diversos aspectos da vida social, como o aspecto político ou econômico, estão intrinsecamente relacionados e que a realidade deve ser apreendida como práxis, sendo a realidade, produto social, construída pelo próprio homem.

Para Marx, o sistema capitalista é desigual em sua base, uma vez que é dividido em proprietários dos meios de produção e não proprietários.

Marx não possui uma definição precisa quanto ao conceito de Estado. No entanto, podemos compreender que Marx considera que o Estado é o resultado dos interesses das classes dominantes, particularmente os da nobreza e da burguesia, para impor sua dominação. Ao assumir a representação da nação, a burguesia legitima a sua dominação mediante o controle político e ideológico do Estado. Os Estados ao proclamarem a igualdade formal entre si omitem as verdadeiras relações de dependência e dominação, determinadas por fatores econômicos e sociais.

Para a teoria marxista, os modos de produção e as condições materiais são a base a partir da qual as relações sociais, políticas, jurídicas e culturais se desenvolvem. Essa abordagem é chamada de materialismo histórico.

Nas Relações Internacionais, o marxismo tem duas funções principais e que a faz ter uma interpretação diferente das Teorias Clássicas. Tais funções são a conjugação dos níveis de análise, político e econômico e a preocupação em incluir as dimensões histórica e sociológica.

As teorias da Dependência, do Sistema Mundo e a Teoria Crítica são as teorias de Relações Internacionais que se fundamentam à luz dos postulados de Karl Marx.

Estas teorias refutam a postura positivista adotada pelas escolas realista e liberal, tecendo crítica as leis gerais e a instrumentalização da história.

As classes são considerados os principais atores a serem analisados nas relações internacionais, em substituição aos Estados Nacionais e que o Estado não é considerado como a fonte principal do poder.

Acima de tudo o Marxismo busca ser um instrumento de desconstrução das hegemonias existentes tendo como objetivo principal a emancipação da classe trabalhadora, diferenciando-se assim das teorias clássicas de Relações Internacionais, nas quais o objetivo principal é evitar-se a guerra. Na concepção de Marx a única condição para a paz permanente entre os povos é a superação do capitalismo.

Para Marx a economia se divide em duas classes, o proletariado e a burguesia, portanto a produção econômica é a base de todas as outras atividades humanas, inclusive a política.

Os estados são movidos e orientados pela classe dominante e detentora do poder do capital, logo as guerras deveriam ser avaliadas economicamente e no momento em que um Estado declara guerra a outro, estão apenas servindo de instrumento das classes dominantes.

Assim, concluímos que, segundo Marx, a função básica do estado capitalista é manter a proteção do sistema capitalista e que a política é determinada pelo contexto socioeconômico, onde a classe que domina a economia é a mesma que detém o controle político.

Segundo a teoria marxista o desenvolvimento do capitalismo é desigual produzindo, inevitavelmente novas crises entre estados. Assim, o poder do sistema internacional varia de acordo com o Estado que domina economicamente. Podemos citar como exemplos no decorrer da própria História mundial, em que os países europeus colonizadores dominavam o sistema mundial na época do mercantilismo, pois detinham a riqueza do mundo. Já no período pós - Guerra Fria, o domínio passou a ser norte-americano, que também era a potência que controlava a economia.

- Linha do Tempo

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- COMPARAÇÃO ENTRE OS AUTORES HOBBES E MARX

O desenvolvimento das civilizações mostrou a necessidade de os indivíduos organizarem estruturas capazes de garantir a convivência pacífica entre os homens, visando ao bem comum, essas estruturas consubstanciam um Estado.

Ao longo da história da humanidade, diversas formas de Estado podem ser observadas, desde as organizações tribais, quando se pode falar em Estado, apenas em sua forma ‘embrionária’, tem-se também o Estado teocrático, até o Estado Moderno, que se desvinculando da Igreja, torna-se um Estado laico.

A evolução dos modelos de Estado passa pela evolução do pensamento humano, bem como das circunstâncias econômicas e culturais, que a própria sociedade humana cria e por elas sofre transformações.

Observando a finalidade do Estado e a configuração do mesmo para atender ao fim a que se propõe concluímos com pontos importantes apontados por Hobbes e Marx.

Para Hobbes, os indivíduos não são naturalmente seres sociais ou políticos, mas tornam-se sociais e políticos em virtude de seus interesses e de suas necessidades, enquanto Marx acredita que a realidade, produto social, é construída pelo próprio homem e este é um ser histórico, não havendo como desvinculá-lo do contexto no qual está inserido.

Na visão de Hobbes, o homem não é um ser gregário, é o que se infere da ideia do estado de natureza o qual os homens viviam em guerra uns contra os outros. (HOBBES, 2009). No estado de natureza os homens estavam em conflitos constantes porque cada um, no uso de seu direito a todas as coisas, empreendia guerra contra os outros, buscando apropriar-se dos bens alheios, ferindo o direito que o outro também teria a todas as coisas.

Já segundo a teoria marxista, o poder do Sistema Internacional depende do Estado que domina economicamente. Podemos citar como exemplos na própria história do mundo, em que os países europeus colonizadores dominavam o sistema mundial na época do mercantilismo pois eles dominavam a riqueza do mundo. Já após a guerra fria o domínio passou a ser

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