Constitucional 3
Por: Lidieisa • 30/11/2017 • 2.899 Palavras (12 Páginas) • 443 Visualizações
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Charcot acreditava que a histeria resultava de um sistema neurológico fraco e era uma doença hereditária. Podia se instalar após a pessoa sofrer um acidente, era progressiva e irreversível. Um professor de extraordinária competência, ele atraiu estudantes de todas as partes do mundo. Um de seus estudantes, Freud, em 1885, aceitou o emprego da hipnose feito por Charcot na tentativa de descobrir a origem orgânica da histeria que estimulou o interesse de Freud pela origem psicológica das neuroses.
Gordon Willard Allport
Allport acreditava que a personalidade é determinada biologicamente quando nascemos e moldada de acordo com as experiências do ambiente em que vivemos. Sua teoria afirma que aquilo que o indivíduo está tentando fazer (sua intenção de futuro) é a chave mais importante para como a pessoa vai se comportar no presente, e não o passado como muitos teóricos acreditam. (Neste aspecto, ideias parecidas com as de Adler e Jung). Allport diz que a história do indivíduo torna-se uma questão de relativa indiferença, se ele no presente está impulsionado por desejos e intenções independentes daqueles que o motivaram em períodos anteriores. Comportamento O comportamento é visto como, inteiramente consistente e determinado por fatores contemporâneos. Para Allport a personalidade é a organização dinâmica, dentro do indivíduo, enfatiza que a personalidade está constantemente se desenvolvendo e mudando.
Allport é um desses teóricos que era tão certo sobre muitas coisas que suas ideias têm simplesmente repassados para o espírito dos tempos. Sua teoria é uma das primeiras teorias humanísticas, e influenciaria muitos outros, incluindo Kelly, Maslow e Rogers. Um aspecto infeliz de sua teoria é o seu uso original da palavra característica, que trouxe a ira de uma série de behavioristas orientados que teria sido muito mais aberto a sua teoria se dera ao trabalho de compreendê-lo.
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
O Bebê
É quase que inteiramente constituído por hereditariedade, pulsão primitiva e existência reflexa, não acreditava que tivesse uma personalidade. Um modelo biológico do comportamento ou uma teoria baseada na importância da recompensa, na lei do efeito ou o princípio do prazer é perfeitamente aceitável como orientação para os primeiros anos de vida, acreditava que já nos primeiros anos de vida possuía qualidades distintivas que tendem a persistir e fundir-se em modos mais maduros de ajustamento. A Transformação do Bebê Discutiu mecanismos ou princípios apropriados para descrever as mudanças de bebê a fase adulta. (Diferenciação, integração, maturação, imitação, aprendizagem, autonomia funcional e extensão do Self.
O Adulto
“O que impulsiona o comportamento, impulsiona agora”, e não precisamos saber a história da pulsão para compreender sua operação. “Na maioria dos casos, saberemos mais sobre aquilo que uma pessoa vai fazer se conhecermos seus planos conscientes do que suas memórias reprimidas. “À medida que evitam motivações inconscientes e o grau em que seus traços são independentes das origens infantis representam medidas de sua normalidade e maturidade. A personalidade madura precisa possuir, antes de tudo, uma extensão do Self (sua vida não deve estar limitada às suas necessidades e seus deveres imediatos. As satisfações e frustrações devem ser muitas e diversas). Precisa ser capaz de relacionar-se, possuir uma segurança emocional e uma aceitação do Self. Deve ser, realisticamente, orientado tanto em relação a si mesmo como à realidade externa; e possuir uma filosofia de vida unificadora.
Raymond Cattell
Nasceu na Inglaterra, em 1905. Teve muito destaque na escola, o que lhe garantiu uma bolsa de estudos em Londres, onde estudou Química. Cattell se interessou pela pesquisa científica com o objetivo de reforma social. Ele aceitou realizar um treinamento acadêmico formal em Psicologia após participar de algumas experiências práticas na escola progressiva de Dartington Hall. Obteve seu PhD em Psicologia na University College, em Londres, no ano de 1929.
- CONTRIBUIÇÕES DE CATTELL
Em sua teoria, Cattell retomou a teoria de Allport sobre a personalidade, definindo-a como uma estrutura de traços. Fez uma distinção entre três tipos de traços: Habilidades; Atributos de temperamento, que envolvem a maior parte de respostas específicas; Traços dinâmicos, que envolvem os motivos. Para ele, os traços dinâmicos tendem a reagir a situações e às pessoas, e vêm e vão de acordo com a modificação que elas fazem dos motivos. De acordo com ele, “um tipo psicológico não passa de uma coleção de traços relativamente permanentes. Ele insistia que a clareza só poderia ser obtida ao se prestar atenção aos detalhes, ou seja, aos traços, às características que são resumidas quando se expressam sobre os tipos”.
- DIMENSÕES BÁSICAS DA PERSONALIDADE
Para construir sua teoria sobre os traços da personalidade, Cattell e seus colaboradores reuniram aproximadamente 18.000 palavras inglesas que eram utilizadas como forma de descrever as pessoas. Após omitir expressões raras e repetidas, eles conseguiram reduzir para 200 palavras. Para que a lista ficasse ainda mais compacta, os pesquisadores da equipe pediam para grupos variados de pessoas que usassem essas 200 palavras para descreverem a si mesmas e a seus amigos. Através de uma análise fatorial, as expressões foram analisadas, chegando a 16 grupos de traços, que foram então identificados e rotulados e chamados de dimensões básicas da personalidade; Cattell identificou 16 fatores, também designados traços profundos, que determinariam a personalidade. Elaborou um teste, designado por 16 PF (Personality Factors), que tem por objetivo avaliar e distinguir os indivíduos segundo os fatores de personalidade. A seguinte lista de traço de personalidade descreve alguns dos termos descritivos usados para cada uma das 16 dimensões da personalidade descritos por Cattell:
- Abstração: imaginativa contra prática
- Apreensão: Preocupado contra confiante
- Domínio: Enérgica contra submisso
- Estabilidade emocional: Calma contra tenso
- Vivacidade: espontâneo contra contido
- Abertura à mudança: Flexível contra anexado ao familiar
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