PAPEL DA UNIVERSIDADE CORPORATIVA
Por: Sara • 29/10/2017 • 6.238 Palavras (25 Páginas) • 579 Visualizações
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university; innovation; Knowledge management, organizational learning.
1. INTRODUÇÃO
O papel da Universidade corporativa no ambiente de inovação torna-se um fator relevante ao passo que as grandes corporações competem entre si, seja no cenário nacional ou internacional. No que tange a correlação entre inovação e educação segundo (Nelson, 2006) o entrelaçamento entre ciência e tecnologia começou a um século atrás nas industrias químicas e elétricas, no qual levou ao surgimento de laboratórios de pesquisa industrial como principal local da inovação tecnológica e segundo o mesmo autor os estudos universitários estão mais ligados a tecnologias particulares e ramos específicos e sendo que parte dos esforços de inovação precisam ser feitos pelas próprias empresas no qual esses esforços e habilidades internas à empresa são necessárias para complementar e implementar esses avanços e o autor frisa também que uma característica que distingue os países que apoiam as empresas competitivas e inovadoras, reside no sistema de educação e treinamento que fornecem a estas empresas um fluxo de pessoas com conhecimento e habilidades.
Tendo como premissa o conhecimento que passa a ser elemento fundamental em sua sobrevivência e a habilidade das empresas em termos de sua produção e uso exerce papel central na competitividade (CASSIOLATO; LASTRES, 2011; NEUMANN; TOMÉ, 2011). Os principais recursos das organizações deixam de ser apenas os ativos tangíveis e o foco passa a ser nos ativos intangíveis. Nesse sentido, nenhuma empresa pode sobreviver e ter sucesso sem estar à altura dos padrões dos líderes em seu campo, sendo assim as empresas não podem considerar apenas seus ativos ou capital material, em ambientes cada vez mais competitivos. Os ativos intangíveis tais como o conhecimento corporativo e a capacidade de gerar inovação torna-se um fator relevante e considerado neste cenário que se apresenta
De acordo com Drucker (1999) as empresas buscam a inovação constantemente, pois esta é a única forma de manter-se competitivo diante da forte disputa de mercado. As organizações se veem pressionadas a criar mecanismos que as levam a desenvolver novos produtos, processos, mercados e práticas organizacionais com o propósito de manter sua competitividade, é neste cenário que vamos a campo pesquisar as contribuições da Universidade corporativa no ambiente de inovação, considerando a importância e papel crucial do conhecimento e sua gestão nas organizações para gerar inovação, esse tema está cada vez mais ligado à estratégia do negócio, exigindo uma avaliação contínua do conhecimento existente e uma comparação com as necessidades futuras (DRAGHICI; PETCU, 2011; ORSI, 2004; FIGUEIREDO, 2009).
Partindo de premissa que os responsáveis pela implantação de uma estratégia é o primeiro passo para o sucesso (KAPLAN; NORTON, 1997) então o desenvolvimento de habilidades e competências pelo corpo funcional, em espaços de tempo cada vez menores e recursos cada vez mais escassos, tem sido visto como fator decisivo no sucesso das estratégias e item de grande importância na Gestão do conhecimento, onde a informação e o conhecimento tornaram-se parte do capital empresarial. As Universidades Corporativas surgem como possibilidade para geração e retenção de aprendizado específico, contínuo e de qualidade, não ofertados pelas instituições de ensino tradicionais. As UCs representam hoje um importante elo que conecta a empresa com seus colaboradores (funcionários, fornecedores, comunidade, etc.) permitindo a troca de dados e informações essenciais à gestão e ao desenvolvimento da empresa, aproveitando esse tripé que poderá ser aliado à capacidade inovativa que poderá ser implantada nos treinamentos da UC e consequentemente na cultura desse grupo empresarial.
2. OBJETIVO GERAL
Como a Universidade corporativa da CEMIG pode contribuir para o crescimento do patrimônio intelectual do negócio em um contexto de inovação segundo a percepção das lideranças?
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Identificar como o papel da UC contribui para o crescimento do patrimônio intelectual do negócio e qual a relação entre o seu papel e o conceito de inovação.
2. Mapear os indicadores que atestam o modelo de inovação implementado pela universidade coorporativa CEMIG.
3. Identificar quais as práticas educacionais em que a informação e o conhecimento são considerados fatores estratégicos e diferenciais competitivos dentro da UC.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Druker (1999), afirma que os resultados oriundos do conhecimento, serão os ativos mais valiosos do século XXI. Assim sendo, o grande desafio das organizações será, cada vez mais, o entendimento, o aprimoramento e o desenvolvimento do capital humano, potencial detentor desta fonte de recurso inesgotável.
Tarapanoff (2006, p.1218) defende que, “em longo prazo, a única fonte permanente de vantagem competitiva da organização é a capacidade de aprender mais depressa do que os concorrentes, e que nenhuma força externa pode lhe subtrair o ímpeto dessa vantagem”. Argumento este que dá suporte a implantação de uma UC.
Segundo Freire (2003), ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção. No ambiente empresarial, ensinar é disponibilizar práticas educacionais de fácil uso e acesso, intensificar a comunicação e a interação, ampliar e qualificar a rede de relacionamentos entre os públicos interno e externo; descobrir meios de estimular e qualificar a aprendizagem, colocando em prática ações gerenciais que motivem as pessoas a gerar, assimilar, comunicar e aplicar os conhecimentos adquiridos (EBOLI, 2004).
De acordo com Mundim & Ricardo (2004), a educação corporativa é a chave para reter o capital intelectual de organização, de modo a qualificar, especializar, atualizar e até formar os colaboradores da organização de maneira a garantir vantagem competitiva de mercado. Para Eboli (2004), este conceito represente “um sistema em desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de competências, sendo incorporado e assimilado como um princípio organizacional”.
Segundo Carvalho (2001), muitas empresas testemunharam uma redução radical
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