APS - O PAPEL DA MÍDIA NA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
Por: Jose.Nascimento • 9/4/2018 • 3.747 Palavras (15 Páginas) • 359 Visualizações
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A comunicação é ferramenta eficaz e necessária para a construção da imagem institucional e segundo Rego (1986, p.17), como técnica, a comunicação direciona naturalmente seus estudos para a procura de mensagens adequadas, corretas, oportunas, precisas, que possam ser assimiladas sem ruídos pelos participantes organizacionais, se é preciso vencer no mercado, a comunicação corporativa surge como uma ferramenta de ajuda na criação e consolidação de uma imagem favorável da organização.
- CONCEITOS DA COMUNICAÇÃO
O conceito de comunicação organizacional ou empresarial, segundo Cahen (1990, p. 29):
Comunicação Empresarial é uma atividade sistêmica, de caráter estratégico, ligada aos mais altos escalões da empresa e que tem por objetivos: criar onde ainda não existir ou for neutra – manter – onde já existir – ou, ainda, mudar para favorável – onde for negativa – a imagem da empresa junto a seus públicos prioritários.
De acordo com este conceito, cabe aos comunicadores a árdua tarefa de construir, manter ou melhorar, utilizando as mais diversas ferramentas existentes, a imagem da empresa frente a todos os seus públicos. Para que entendamos melhor o conceito de comunicação organizacional, precisamos compreender o que é imagem e de acordo com Cahen (1990, p. 57), a imagem é o conceito que as pessoas têm e/ou formam sobre as coisas. Queiramos ou não, gostemos ou não, tudo e todos têm imagem, inclusive a respeito de si próprios. Sendo assim, a preocupação que cabe aos comunicadores é com a formação de uma imagem favorável e positiva para a empresa.
Farias cita um conceito de imagem de Costa (1995, p. 45) que é mais completo, mais dirigido à imagem empresarial especificamente:
A imagem é a resultante da identidade organizacional, expressa nos feitos e nas mensagens. Para a empresa a imagem é um instrumento estratégico, um conjunto de técnicas mentais e materiais, que têm por objetivo criar e fixar na memória do público, os ‘valores’ positivos, motivadores e duradouros. Estes valores são reforçados ao longo do tempo (reimpregnação da mente) por meio dos serviços, as atuações e comunicações. A imagem é um valor que sempre se deseja positivo –isto é, crescente e acumulativo – e cujos resultados são o suporte favorável aos êxitos presentes e sucessivos da organização.
A mídia insere-se neste contexto uma vez que é um dos construtores da imagem empresarial, funcionando como interlocutora da empresa, pois é principalmente através dos meios de comunicação que a empresa consegue atingir o público com o qual ela deseja comunicar-se.
- COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
A boa comunicação é de suma importância para uma empresa e existem muitas formas de fazer comunicação como falar, escrever e ouvir, mas com único objetivo: a transmissão de uma mensagem a um receptor.
Comunicação organizacional é a comunicação praticada nas empresas para conduzir as ações e alcançar os resultados desejados, faz parte integrante da natureza e da realização da maioria das atividades empresariais. Segundo Octaviano Neto (2003), o padrão de eficácia de uma empresa pode ser fortemente impactado pelo modo como o processo de comunicação organizacional é administrado, pois ele é fundamental para que se alcancem as metas e objetivos. Ressalta-se que não há ação sem comunicação, portanto, todos os relacionamentos e ações estão permeados pela comunicação eficaz (comunicação verbal e não verbal).
De acordo com Martins (2005), a comunicação estimula e reforça a identidade das organizações, pois é através dela que nos relacionamos com os colaboradores, clientes e fornecedores em geral. No entendimento de Torquato (1992), ele defende que a função básica da comunicação na empresa é promover consentimento e aceitação, para tanto, é necessária uma estrutura bem definida e coordenação centralizada, essa coordenação seria responsável pelas pesquisas, táticas, estratégias, normas, canais, fluxos e planos de comunicação. Ainda conforme Torquato (1992), o poder da comunicação pode ser designado como poder expressivo. Conforme o autor, a comunicação é capaz de alterar estados de comportamento e, dependendo das formas como é utilizada, poderá ser decisiva para o tipo de participação do funcionário e para a eficácia global dos programas empresariais.
- COMUNICAÇÃO INTERNA
A comunicação interna trata-se de interações, processos de trocas, relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição, que também é chamada de Endocomunicação e é responsável por fazer circular as informações, o conhecimento, de forma verticalmente, ou seja, da direção para os níveis subordinados, e horizontalmente, entre os empregados de mesmo nível de subordinação
Para a doutora em Ciências da Comunicação, Marlene Marchiori, que também é membro do corpo de palestrantes da Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, a busca da valorização na comunicação interna deve ser entendida como estratégia básica dos empresários que desejam a efetividade de sua organização.
Chega a ser irônico pensar que neste novo mundo, altamente tecnológico, com tantas transformações, o sucesso de um empreendimento continua a estar centrado nas pessoas. É por meio da comunicação que uma organização recebe, oferece, canaliza informação e constrói conhecimento, tomando decisões mais acertadas.
Segundo o professor, pesquisador e consultor de empresas na área de Comunicação Empresarial, Wilson da Costa Bueno, a comunicação interna é de suma importância numa organização porque cada pessoa de uma organização tem um papel a desempenhar na comunicação interna e não só o "staff" profissional de comunicação.
No entendimento de Bueno (2003):
A Comunicação Interna é o esforço de comunicação desenvolvido por uma empresa, órgão ou entidade para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, da direção com o público interno e entre os próprios elementos que integram este público (sabe-se que existem vários públicos internos em uma organização).
Conforme a citação, pluralizar a palavra “público” pressupõe que não é razoável acreditar na união de todos os funcionários de uma organização dentro de um único grupo, pois as diferenças entre os públicos internos devem permear todo o planejamento
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