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BEM ESTAR SUBJETIVO E PSICOLOGIA POSITIVA

Por:   •  12/3/2018  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  513 Visualizações

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Em geral a psicologia focou muito no estudo e tratamento dos distúrbios como a depressão e ansiedade, um papel sem dúvida importante, mas o novo campo da psicologia positiva propõe estudos com enfoque nos fatores positivos, buscando promover mais as qualidades do viver do que reparar o que vai mal. trata-se de uma abordagem científica sobre o que torna a vida plena e feliz. Uma característica central da psicologia positiva é que todas suas aplicações são empiricamente testadas e informadas. Ela busca compreender a ciência e a anatomia da felicidade, das experiências positivas, do otimismo e do altruísmo, ela aponta para uma visão de que a saúde psicológica é muito mais do que a ausência de sintomas. Nesta visão, uma vida plena inclui:

Satisfação: viver com alegria, felicidade e prazer. Ter emoções positivas.

Engajamento: viver o melhor de si. Usar as próprias forças e virtudes do caráter.

Sentido: encontrar um sentido na vida. (Missão, visão e valores).

Relacionamentos: ter relacionamentos saudáveis, com vínculo e apoio mútuo.

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Bem-Estar no Trabalho

Bem-estar e saúde são abordados de forma interdependente, especialmente quando os pesquisadores apontam fatores que possam comprometer ambos, tais como perigos do ambiente de trabalho, fatores de personalidade e estresse ocupacional ou, ainda, segurança no trabalho, horas trabalhadas, controle do trabalho e estilo gerencial.

Para o propósito deste relatório, bem-estar no trabalho é concebido como um conceito integrado por três componentes: satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Esses três conceitos, já consolidados no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho, representam vínculos positivos com o trabalho (satisfação e envolvimento) e com a organização (comprometimento afetivo) conforme relatam Siqueira e Gomide Jr. (2004).

Os autores defendem que bem-estar subjetivo reflete uma avaliação geral da vida e que pesquisadores interessados em investigá-lo deveriam avaliar diversos componentes de níveis inferiores na hierarquia. No topo da hierarquia, quatro grandes componentes representam bem-estar subjetivo: (emoções) afetos positivos, afetos negativos, (cognição)satisfação geral com a vida e satisfação com domínios específicos.

A estrutura proposta pelos autores (Snyder e Lopez 2009) para o conceito de bem-estar no trabalho aglutina três conceitos com significados positivos: Satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo.

Atualmente, a satisfação no trabalho tem sido apontada como um vínculo afetivo positivo com o trabalho, e têm sido definidas como aspectos específicos deste vínculo as satisfações que se obtêm nos relacionamentos com as chefias e com os colegas de trabalho, as satisfações advindas do salário pago pela empresa, das oportunidades de promoção ofertadas pela política de gestão da empresa e, finalmente, das satisfações com as tarefas realizadas.

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Emprego gratificante

Freud já afirmava que vida saudável é aquela na qual a pessoa consegue amar e trabalhar, destacando-se pela psicologia a necessidade dos relacionamentos interpessoais.

O emprego gratificante possui oito benefícios (Snyder, Lopez 2009):

- Variedade de tarefas realizadas.

- Ambiente de trabalho seguro.

- Renda para a família e para a própria pessoa.

- Propósito derivado do fato de fornecer um produto ou prestar um serviço.

- Felicidade e satisfação.

- Engajamento e envolvimento positivos.

- Sensação de estar desempenhando bem e atingindo objetivos.

- Companheirismo e lealdade de colegas de trabalho, chefes e empresas.

Analisa-se que os benefícios não são recíprocos ou totalmente dependentes um com o outro e que, um deles sendo atendido, automaticamente, um outro aumenta o potencial e gera maior satisfação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dois autores entendem que uma ciência preocupada com a experiência subjetiva positiva, com traços individuais positivos e com instituições positivas possa contribuir mais para melhorar a qualidade de vida das pessoas e prevenir patologias. Acreditam e apregoam que por esse esforço seria possível levar cientistas e profissionais a compreender e propor alternativas que levariam indivíduos, comunidades e sociedades a florescer.

Para viabilizar a proposta imbricada nos pressupostos da psicologia positiva, seria necessário que pesquisadores tentassem compreender os processos que fortalecem os indivíduos diante de adversidades, doenças e infortúnios; que tentassem identificar nas instituições sociais quais fatores contribuem para desenvolver e fortalecer características pessoais positivas e estratégias psicológicas que tornam as pessoas fortes, mesmo diante de infortúnios; traduzir em procedimentos preventivos institucionais as práticas sociais que contribuem para o fortalecimento individual; alertar a comunidade, os grupos sociais, as famílias, os dirigentes institucionais e empresariais sobre o vasto leque de potenciais positivos que indivíduos, grupos, famílias e instituições podem compartilhar e desfrutar na construção de uma existência mais feliz, saudável e plena de realizações.

O bem-estar no trabalho vem balizar os princípios da psicologia positiva mas deve-se levar em conta que uma vasta lista de outros conceitos positivos existem na literatura psicossocial.

Pode-se apontar por exemplo as características pessoais positivas como otimismo, esperança, auto-estima, inteligência emocional, valores pessoais como auto-transcedência e abertura. É nesse âmbito que deverão despontar as virtudes cívicas dos cidadãos, que os defensores da psicologia positiva ressaltam como atributos sociais a serem trabalhados.

Sendo assim as organizações deveriam entrelaçar, sempre que possível, outros conceitos psicossociais positivos para que se possa construir um relacionamento com seu colaborador, tornando

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