A MUSICOTERAPIA CONTRIBUINDO NA PREVENÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: Carolina234 • 20/4/2018 • 9.339 Palavras (38 Páginas) • 463 Visualizações
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Percebe-se que quando absorvemos a música, já nos causa boas sensações e quando utilizada de maneira construtiva e como terapia ela pode e muito contribuir para um melhor desenvolvimento cognitivo, emocional, psíquico e social.
Partindo desse pressuposto observa-se o quanto é preciso respeitar a saúde mental e seus limites, proporcionando preparo e outras alternativas para lidar com as mais diversas realidades situações e enfrentamentos cotidianos, podendo então nos preparar para os desafios que surgirão ao longo de nossa carreira.
A Musicoterapia pode nos ajudar a entender nossos receios, a nos conhecer e saber onde é o nosso limite e de como poderemos resolver ou ao menos minimizar tal situação de diversidade com cautela e um bom preparo físico e mental, utilizando a Musicoterapia como um instrumento igualitário e de melhoria da vida social e pessoal do indivíduo como um todo.
Nesse caso, a Musicoterapia, contribui para o direcionamento de algo ainda mais profundo e consegue atingir e até prevenir doenças relacionadas ao cansaço extremo, estresse, doenças ocupacionais, promovendo uma saúde melhor.
Mesmo a Musicoterapia Organizacional sendo um campo ainda em desenvolvimento, podemos identificar [...] sua aplicabilidade altamente positiva [...] como um meio para liberar pulsões, ajudando na diminuição do estresse [...] (RODRIGUES, 2007 p. 10).
Para a elaboração desta pesquisa fizemos um estudo exploratório e descritivo caracterizado pelo método de abordagem empírica, abrangendo pesquisa bibliográfica, pesquisa através de questionário aberto e fechado, entrevista, realização de pesquisa a artigos acadêmicos a fim de reunir autores que contribuíssem para um entendimento do assunto, assim também a pesquisas em livros e revistas da área inclusive como pesquisa.
Procurou-se responder a cada um dos objetivos específicos, com base em teóricos, deixando claro o interesse em nossa contribuição com o objetivo geral proposto, partindo de uma reflexão que também contribua para a gestores, professores e a sociedade como um todo, fazendo levantamento de hipóteses e questionamentos para uma pesquisa continuada.
Pode-se concluir a parte final que é dedicada à exposição da pesquisa empírica propriamente dita. Descrevendo-se o delineamento da investigação e considerando seus instrumentais, resultados e discussão, é que reafirmamos o resultado positivo e a relevância deste projeto.
2. A SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES DA ATUALIDADE E CONCEITUAR SÍNDROME DE BURNOUT
Nesse primeiro momento, discorreremos sobre a atual situação de alguns profissionais da área de educação, nesse caso professores do Ensino Fundamental, onde a não prevenção do estresse tem levado ao desgaste físico, mental e emocional, deixando esses professores incapazes de enfrentar as mais diversas situações do seu dia a dia e a não realização de atividades cotidianas em seu ambiente profissional escolar.
O estresse está amplamente popularizado e por isso é frequentemente utilizado como sinônimo de cansaço, ansiedade, tensão nervosa entres outros sintomas. [...]os estudos têm demonstrado que o estresse acarreta sérias consequências físicas e biológicas, independente da raça, idade ou classe social, e se não tratado corretamente pode levar à morte. (BITTENCOURT,2010, p.03)
Ainda segundo Bittencourt (2010), percebe-se que hoje em dia o estresse parece sem importância, de que é “frescura”, mas na verdade já é um sintoma de que algo em nosso corpo já não está correspondendo corretamente, ocasionando a uma série de complicações futuras.
A preocupação em levantar essa pesquisa, foi no intuito da prevenção de síndromes de um elevado grau de estresse, pois quando não diagnosticado de imediato, pode consequentemente levar a doenças crônicas como a síndrome de Burnout.
No capítulo posterior, baseado em teóricos, abordaremos o estresse dos professores do Ensino Fundamental na intenção de tentar esclarecer um pouco mais, sobre o que pode gerar a falta de prevenção do auto nível de estresse.
2.1. ESTRESSE DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
A atual vida corrida, moderna, o “acumular riquezas”, sem tempo para descanso e nem mesmo para a família, tem afetado fortemente a saúde dos profissionais da área da educação no Ensino Fundamental. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas por teóricos, apontando justamente o grau de estresse desses profissionais, apontando também a dificuldade que os professores têm com a falta de apoio da família.
Segundo Lipp (2003), um excesso de tensão causa um desiquilíbrio interno do corpo e mente e que são muitos os fatores causadores desse estresse, influenciando diretamente na vida dos professores.
Limongi, França e Rodrigues (1999), revelam que esse estado de estresse, contribui para o mal desenvolvimento do trabalho em geral, fazendo com que esse profissional não consiga lidar com a pressão, o que impede na realização das simples tarefas do seu dia a dia no seu ambiente profissional.
Ainda segundo os autores, a Síndrome de Burnout desenvolvido por Maslach e Freudenberger nos anos 1970, afirmam que: “[...] profissionais que apresentam grandes expectativas em relação ao seu desenvolvimento profissional e dedicação a profissão, no entanto, em função de diferentes obstáculos, não alcançaram o retorno esperado”. (LIMONGI et al,1999, p.48).
Segundo Reinhold (1996), referente as pesquisas realizadas com 72 Professores, ele conclui que apenas 4%, dizem que não se sentem estressados, o autor afirma que esse quadro leva para um estado mais grave, a Síndrome de Burnout.
O estresse do Professor não ocorre de repente, é um processo gradativo que inicia com alguns sinais de alerta e por não ser imediatamente percebido, conduzem o Professor à estágios mais elevados dos sintomas. (REINHOLD apud BITTENCOURT, et al.,2010, p.6).
Segundo Reinhold (1996), ao realizar pesquisas e avaliações sobre o estresse dos Professores, em um levantamento de mais de 20 fontes de sintomas, afirma que o principal causador do estresse, é o número excessivo de alunos em sala de aula.
Em investigação sobre a opinião de 564 professores primários do Estado de São Paulo a respeito dos aspectos insatisfatórios em seu trabalho, Mello (1992) constata que em primeiro lugar estão a insatisfação e o salário inadequado, em seguida os aspectos técnicos da função; em relação ao trabalho docente ficou evidente as situações pedagógicas adversas, como a falta e/ou
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