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A função do Professor no processo de ensino e aprendizagem do 1ª ao 5ª ano do ensino fundamental

Por:   •  12/3/2018  •  2.325 Palavras (10 Páginas)  •  518 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO

O termo Autismo foi criado em 1911, pelo psiquiatra Paul Eugen Bleuler, Porém, esse transtorno (Autismo) foi descrito pela primeira vez, em 1943, pelo médico Leo Kanner , através de seu estudo sobre “[...] um grupo de crianças gravemente lesadas que tinham certas características comuns. A mais notável era a incapacidade de se relacionar com pessoas” (GAUDERER, 1993, p. 09). Desde então muitos estudos foram desenvolvidos com o objetivo de buscar informações variadas sobre esse distúrbio do desenvolvimento humano.

Os autistas são crianças que apresentam atrasos na linguagem ou ausência no desenvolvimento da fala, o que às vezes dificulta a manutenção de um diálogo. Os autistas poderão apresentar ecolalia que é a repetição do que alguém acabou de dizer, incluindo palavras, expressões ou diálogos (FONSECA, 2009, p.16).

Uma criança típica aprende, por mio de brincadeiras, com os pais, os colegas, e os professores na escola. Faz amizades e adquire habilidades motoras e cognitivas. Simplesmente vivendo, ela aprende. As impressões na criança penetram em sua mente pelos seus sentidos e a formam. (MARIA MONTESSORI) diz que a criança cria a própria “carne mental”, usando as coisas que estão no seu ambiente. Ela chama a mente da criança de “mente absorvente”. Para uma criança autista, as coisas não são bem assim. Há uma relação diferente entre cérebro e os sentidos, e as informações nem sempre se tornam um conhecimento.

Os objetos não exercem atração em razão da sua função, mais em razão do estimulo que promove. Assim, uma tesoura passa a ser apenas um objeto de contato sensorial. A criança precisa aprender a função de cada objeto e o seu manuseio adequado. Quando ela ver uma bola, por exemplo, nem sempre deseja chutá-la ou jogá-la com a mão, como as crianças normalmente aprendem, mais cria estereotipias e formas incomuns de manuseio. As estereotipias causam atraso no desenvolvimento motor, principalmente nos movimentos finos. Diante disso, tudo passa a ter valor pedagógico: os usos, as habilidades e as atividades mais elementares da vida diária devem exercitadas, buscando conhecimento funcional e mais destreza motriz.

O padrão de comportamento autístico impõe rigidez ao uma serie de aspectos e funcionamento diários tanto em atividades novas como em hábitos e brincadeiras. Isso atende a ser uma dificuldade para o ensino. Um mundo repleto de responsabilidades e surpresas pode ser desafiante e confuso para o autista, por isso ele sente segurança em sua rotina. Entre tanto, a rotina pode ser transformada em uma ferramenta, criando uma possibilidade de aprendizagem. Este principio pode nortear, também, a pratica educativa do professor. Estimulo para uma saudável vida diária traz confiança e pode abrir oportunidades para o ensino de nova habilidades.

Complementando Piaget (1996) diz que o desenvolvimento do conhecimento parte de um processo espontâneo, ligado ao processo geral da Embriogenese , que se refere ao desenvolvimento do corpo, do sistema nervoso e das funções mentais. Enquanto, a aprendizagem situa-se do lado oposto do desenvolvimento, pois geralmente é provocada por situações criadas pelo educador. Esse autor afirma que a aprendizagem é colocada como aquisição em função do desenvolvimento, pois os indivíduos adquirem o conhecimento de acordo com o seu estágio de desenvolvimento: sensório-motor, operações pré-operatórias, concretas, formais.

Cada estágio define uma etapa do desenvolvimento, que se diferencia dos anteriores pelas mudanças qualitativas evidenciadas no comportamento, marcando um início de outro estágio do desenvolvimento intelectual. A trajetória percorrida pelas crianças são sempre as mesmas, o que se diferencia é o ritmo com que cada uma adquire as novas habilidades. Sendo assim, as faixas etárias discriminadas em cada período não podem ser tomadas como parâmetros rígidos, em função das diferenças individuais e do meio ambiente. (MAFRA, 2008)

Conforme Piaget (1996) enfatiza que a partir das diversas formas de aquisição do conhecimento é que ocorre a aprendizagem. Destaca ainda o lúdico como essencial ao desenvolvimento infantil harmonioso, por proporcionar a expressão do imaginário, a aquisição de regras e a apropriação do conhecimento. “Para o autor, ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos” (KISHIMOTO, 2008, p.32).

Ao utilizar a ludicidade no desenvolvimento da prática pedagógica, é preciso segundo Freire, colocar como absolutamente necessário o rigor metódico e intelectual e ainda que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica. Para ele "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino" (FREIRE, 1996, p. 32).

O fato é que o lúdico facilita o desenvolvimento de aprendizagem. O caminho está em aberto, o fato de aprender é que vai definir aonde o desenvolvimento vai dá. VYGOTSKY (1989) acredita que o sujeito se desenvolve porque aprende. Desse modo, a brincadeira, os jogos simbólicos, o faz de conta são momentos de desenvolvimento muito importantes

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao pensar numa criança autista e no modo com ela vê e constrói seu universo, revela inúmeros questionamentos que perpassa pela limitação que as pessoas têm de compreendê-lo. Assim, esta pesquisa deu origem a uma vasta discussão sobre as possibilidades que concretizam a educação do autista.

Percebeu-se que os métodos e técnicas utilizadas no processo de aprendizagem do autista devem acontecer com adaptações. O autismo traz alguns obstáculos para a inclusão escolar, bem como, para a inclusão social. Por isso, é necessário um trabalho sistematizado em que a ludicidade deva ser aplicada constantemente ajudando os alunos autistas a reconhecerem o mundo ao seu redor, interagindo com outros colegas, tornando-os ativos, participativos, que perceba suas potencialidades, apesar de suas limitações, como um ser biopsico- social.

A interação entre pais e professores é muito importante para o processo de aprendizagem da criança com autismo, pois juntas irão achar formas de atuação a fim de favorecer o processo educativo eficaz e significativo, na superação das dificuldades de uma criança com TGD (autismo). Uma via importante para alcançar novos patamares na aprendizagem destas crianças autistas é a utilização adequada dos jogos, desenvolvendo uma atividade lúdica prazerosa e eficiente que motive e ative a aprendizagem.

Muitos

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