ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A DEFESA DE LUTERO HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I
Por: Salezio.Francisco • 5/7/2018 • 1.431 Palavras (6 Páginas) • 432 Visualizações
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Isso mostra que Lutero nunca teve intensões de dividir a Igreja, pois ele mesmo se casou e formou a sua própria família. Pelo contrário, ele foi excomungado da Igreja Católica.
“Quando a bula de excomunhão, enviada pelo papa, cegou em Wittenberg, Lutero respondeu com um tratado dirigido ao papa Leão X, exortando-o, no nome do Seor, a que se arrependesse. A bula do papa foi queimada fora do muro da cidade de Wittenberg, perante grande ajuntamento do povo” (BOYER, ibid, p. 23).
A influencia de Lutero transpassou as fronteiras do Sacro Império Romano Germanico, pois em outros países da Europa os escritos luteranos trouxeram uma esperança, pois: “O célebre Eramos, da Holanda, assim escreveu a Lutero: ‘Seus livros estão despertando todo o país... Os mais eminentes da Inglaterra gostam de seus escritos” (Op. cit, p. 23).
Mesmo recebendo apoio de Erasmo de Rotterdam, Lutero se opos a doutrina do livre-arbítrio, pregada pelo clérigo holandes, pois em resposta escreveu o livro Nascido Escravo.
LUTERO LUTOU CONTRA A DOUTRINA DO LIVRE-ARBÍTRIO
A doutrina do livre-arbítrio era praticamente um ensinamento do humanismo dentro da Igreja, e Lutero lutou contra isso.
Utilizando o texto bíblico, ele expõe que essa doutrina não é válida, pois:
“Os argumentos usados por Paulo são tão claros que é de admirar que alguém possa compreede-los mal. Diz ele: ‘...todos se extraviaram, À uma se fizeram inúteis, não há quem faça o bem, não há nem um sequer...’ Estou admirado do fato que certas pessoas afirmam: ‘Algumas pessoas se extraviaram, não se fizeram inúteis, não são más e nem pecadoras. Há alguma coisa no homem que o inclina para o bem’” grifos do autor (LUTERO, 2014, p. 31).
Os ensinamentos do livre-arbítrio mostram que o homem não nasce totalmente mal, e que tem alguns méritos que possam ser alcançados para a Salvação. E o homem sendo centralizado na doutrina da Salvação.
O conceito de livre-arbítrio é diferente do que é ensinado. Ele é conceituado da seguinte forma:
“Portanto, Deus proveu a alma do homem com a mente, mediante a qual pudesse distinguir o bem do mal, o justo do injusto, e, assistindo-a a luz da razão, percebesse o que se deve seguir ou evitar. Razão por que os filósofos chamaram a esta parte diretiva to hgemonikon [to hçgemonikon – o dirigente]. A esta mente Deus associa a vontade, em cuja alçada está a escolha” (CALVINO, s/d, p 195).
Por este conceito de livre-arbítrio, pode-se perceber que o mesmo só se empreendeu a Adão antes da queda, e que não existe livre-arbítrio, porém, livre-escolha.
LUTERO SEMPRE LUTOU PELO POVO
Alguns estudiosos acusam Lutero de que ele se colocou contra o povo, que ele só pensava em si mesmo, esquecendo o seu próximo. Isso não é verdade, pois observa-se que:
“Lutero não somente pregava a virtude, mas praticava-a, amando verdadeiramente o próximo. Nesse tempo, a peste vinda do Oriente visitou Wittenberg. Calcula-se que a quarta parte do povo da Europa, inclusive metade da população alemã, foi ceifada pela morte. Quando professores e estudantes fugiram da cidade, instaram que Lutero fugisse também, porém ele respodeu: ‘Para onde hei de fugir? O meu lugar é aqui: o dever não me permite ausentar-me do meu posto até aquEle que me mandou para aqui me chame. Não que eu deixe de temer a morte, mas espero que o Senhor me de animo’. Assim, ele ministrava À alma e ao corpo do próximo durante esse tempo de aflição e angústia” (BOYER, ibid, p. 22).
Isso mostra que Lutero sempre amou o seu próprio povo, diferente das acusações feitas pelos seus inimigos. Ele sempre zelou pelo povo alemão. O que lhe é acusado de que se colocou contra os camponeses alemães devido aos confrontos com os príncipes alemães foi um fato ocasional e não foi instigado por Lutero e nem por seus seguidores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do que foi exposto sobre a defesa de Lutero, percebemosque as acusações feitas contra esse servo de Deus e herói da Fé Cristã não justificam que Lutero tenha sido um homem excentrico e egocentrico, que defendia os interesses políticos e economicos do Sacro Império Romano Germanico. As acusações também feitas pela Igreja de Roma não são válidas. Lutero sempre defendeu, em primeiro lugar, a Bíblia Sagrada, e em sequencia o povo que tato amou.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYER, Orlando. Heróis da Fé: vinte homes extraordinários que incendiaram o mudo. Editora CPAD. 49ª reimpressão. 2013. Rio de Janeiro. 248 p.
LUTERO, Martinho. Do Cativeiro Babilonico da Igreja. Editora Martin Claret. 2007. São Paulo.
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