A Historia do Islamismo

...

Essa mudança marcou uma virada radical na vida Do profeta. Seus ensinamentos foram colocados em prática comunitária. A data da Hégira também marca o início do calendário islâmico que é baseado nos ciclos da lua.

Uma vez já estabelecido, o profeta voltou sua atenção ao exterior, sobretudo aos seus antigos inimigos de Meca. Através de uma série de alianças e intervenções militares ele ganhou influência sobre as tribos das regiões perto de Medina. Então ele começou a interceptar as caravanas que iam para Meca, que eram o sangue vital para a cidade.

O poder de Maomé cresceu até ele conseguir tomar a sua cidade natal de Meca em 630 sem luta. Ele tratou a cidade e seus habitantes com bondade. Do grande santuário de Meca foram retirados os deuses e as associações politeístas e ela se tornou centro da devoção religiosa mulçumana. Com a conquista de Meca, Maomé se tornou o homem com mais prestígio e poder da Arábia. Mas em 632 Maomé morreu, aos 62 anos depois de uma doença.

A comunidade islâmica imediatamente mergulhou em uma controvérsia na questão da liderança. Ela foi salva da desintegração quando um grupo de companheiros próximos do profeta decidiu aclamar o ancião Abubaque como líder da comunidade. Assim ele foi o primeiro Califa, ou seja, o sucessor do profeta.

Maomé tinha reunido toda península arábica sobre seu domínio algo jamais feito antes. Sua gestão estabelecera as bases de um império brilhante, cuja a glória completa se daria ao longo dos quatro séculos seguintes.

Mas a maior contribuição de Maomé foi o ensinamento religioso que esta na base de todo o resto. Ele trouxe uma visão de mundo totalmente nova de onde surgiu uma das tradições espirituais mais ricas e dinâmicas da história. Para os mulçumanos profecia é um meio para qual deus comunicou sua vontade e orientação á humanidade ao longo das eras.

A tradição islâmica diz de modo diverso que mais de 240 mil profetas apareceram na história. O Islam reconhece alguns profetas mencionados na bíblia, como Moises, Davi, Jesus e Abraão.

Os mulçumanos acreditam que deus enviou muitos livros no passado, alguns conhecidos outros não. Esses incluem a Taurat (refere-se a Moisés), Saubur (salmos de Davi) e Injil (evangelho de jesus). A esses profetas e seus livros os mulçumanos acrescentaram o nome de Maomé e o livre enviado por ele, o Alcorão.

O Islam é uma religião do livro. No seu cerne está o alcorão, o conjunto de revelações que Maomé recebeu iniciado com seu chamado a profecia e durando até o final de sua vida. O alcorão é aproximadamente do mesmo tamanho que o novo testamento. Está dividido em 114 suras (capítulos). Pouco se sabe da situação ou condição do alcorão quando o profeta morreu. Maomé providenciara para que ao menos parte dele tivessem escritas e organizadas em capítulos. Mas a comunidade islâmica concorda que o grande trabalho de coletar e publicar o alcorão foi feita na época dos três califos (sucessores do profeta).

Acredita-se que foi nesse tempo que o alcorão foi compilado a partir de escritos em pedra, papiros, pedaços de couro e em omoplatas de animais. O alcorão também foi compilado a partir do coração dos homens, ou seja, de suas memórias.

Os mulçumanos em geral concordam que o alcorão como o conhecemos foi compilado sobre o patrocínio do terceiro califa. Os mulçumanos ortodoxos acreditam que desde o dia em que foi compilado, o alcorão osmanico foi preservado de mudanças, distorções ou erros até o ultimo sinal de pontuação.

Já que os mulçumanos acreditam vivamente de que o alcorão foi a própria palavra de deus eles resistem a traduzi-lo. Quando o alcorão é traduzido, sobre tudo para as línguas do mundo mulçumano como o persa e o turco, é comum imprimir o teto em árabe junto com a tradução.

Os mulçumanos tratam o alcorão com estremo zelo e referência. Ele nunca é posto no chão e nunca pode tocar uma substancia suja. A referência ao alcorão também levou ao embelezamento do texto, através de uma linda e refinada caligrafia, uma forma de arte que exalta a escritura de um modo direito.

O alcorão descreve deus como possuidor de inúmeros atributos, incluindo conhecimento, poder, vida, visão, vontade etc... Em uma lista dessas 99 qualidades, chamada de os mais belos nomes foi compilada a partir do alcorão. Eles tiveram um papel importante no pensamento místico islâmico e também na teologia islâmica.

Os mulçumanos afirmam que o alcorão terreno veio de um livro celeste que sempre esteve com deus e que contem a fala de deus. Este livro celeste é mencionado em trechos do próprio alcorão, onde é chamado de mãe do livro.

Todas as revelações enviadas aos profetas anteriores como as que foram enviados ao profeta Maomé teriam origem nesse livro celeste.

Como o alcorão é considerado a fala de deus, todo aspecto dele é considerado sagrado, isso inclui não só o que ele diz, mas até mesmo o som das palavras.

A palavra Alcorão significa algo para ser lido ou recitado. Ninguém deveria tocar o alcorão ou recitar seus versos exceto em estado de pureza espiritual e com sérias intenções. Pegar, ler ou recitar o alcorão ou ouvi-lo ser recitado é prostrar-se na presença do divino.

Também se dá grande atenção e importância a recitação do alcorão da forma correta. Nas revelações, o profeta foi comandado a recita-lo de uma forma extremamente bela e convincente.

A veneração ao alcorão também se mostra de outras maneiras. Em todo mundo islâmico os mulçumanos tentam decorar todo o alcorão mesmo sendo um livro com 6200 versos e cerca de 120 mil palavras. Saber o alcorão de cor é um ato de devoção de grande mérito. Com efeito é absorver o alcorão em si mesmo, fazendo da palavra divina uma parte de si mesmo. Por essas razões á escolas corânicas em todo mundo islâmico para ensinar o texto do alcorão as crianças.

O alcorão é a autoridade fundamental para os mulçumanos em todas as questões da religião e da lei. Ele aborda todos os aspectos da vida islâmica.

Os mulçumanos procuram combinar seus ideais religiosos com a gestão política. Em certos países islâmicos o próprio alcorão é considerado constituição do estado.

Os mulçumanos estão interessados em saber exatamente como deveriam se comportar nas várias circunstancias da vida. A lei islâmica é anda menos que o esforço de estabelecer a vontade de Alá para a conduta humana. O padrão divinamente ordenado para uma vida humana correta foi chamado de Charia, palavra que significa