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A Arte e a Bíblia

Por:   •  1/2/2018  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  445 Visualizações

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Música. Por que será que a Bíblia faz tanta alusão à música e por que são exigidos tantos músicos em determinadas situações? Se fosse só para adorar, creio que bastaria apenas uma ou duas vozes. Vale ressaltar que Deus não precisa de nós para ser adorado, pois os anjos já o adoram. E nem precisa de ser adorado para ser Deus, pois Ele precede aos seus adoradores.

O que é interessante é que a música na bíblia geralmente está acompanhada com instrumentos musicais, que eram verdadeiras obras de arte. O salmista convoca o povo a adorar a Deus com trombeta, saltério, harpa, tamborim, instrumentos de cordas, órgãos, címbalos sonoros e címbalos altissonantes (Sl 150).

Quando a música era entoada por de Deus em conjunto com os instrumentos musicais, formava uma verdadeira orquestra em harmonia. Era de fato uma obra de arte. E tudo contribuía para o louvor e adoração a Deus (2 Cr 29.25-28)

Hoje temos o desafio de descobrir o tipo de louvor que realmente engrandece a Deus expressando a Sua natureza, a Sua relação com a Sua criação e Seus atributos transferíveis e intransferíveis.

Teatro. Vemos que por várias vezes uma mensagem espiritual foi entregue ao povo por meio de uma demonstração teatral.

“Jeremias. Cinto de linho escondido no Eufrates (13.1-11); O oleiro e o barro (18.1-8); A botija quebrada (19.1-13); Um jugo no pescoço (27.1-8); Compra do campo do parente (32.6-15); A obediência dos recabitas (35.1-19); As pedras escondidas (43.8-13); Livro jogado no Eufrates (51.63,64);

Ezequiel. Ele representou o cerco de Jerusalém com um tijolo (4.1-3); A fome no cativeiro cozendo pão com excrementos (4.9-17); A destruição pela espada cortando seus cabelos com navalha e os atirando ao vento (5.1-7); A ida do povo ao cativeiro fazendo um buraco na parede para partir com suas mobílias como um deportado.(12.1-11); Com uma espada afiada e polida retratou o juízo iminente sobre Jerusalém (21.1-17); A vitória da Babilônia é retratada pela espada de Nabucodonosor (21.18-23); A queda de Jerusalém é simbolizada pela morte da esposa (24.15-27); A união de Judá e Israel pela escrita do nome de Judá e de Israel em dois bastões (37.15-28).

Não se pode deixar de mencionar o próprio Jesus. As parábolas evocam cenas do dia a dia e a visualização delas na mente à medida que são lidas ou ouvidas. Embora não encenadas, são visualizadas na imaginação. Para ilustrar a esterilidade de uma falsa aparência ele amaldiçoa a figueira sem frutos que seca imediatamente tornando-se um símbolo vívido (Mateus 21.19-21). Há que se falar também do lava-pés: para mostrar como devemos servir uns aos outros Jesus se caracteriza como um escravo e faz um serviço que só escravos faziam (João 13.1-17). Não bastou a Jesus falar; ele teve que teatralizar seu ensino.

Muitos gestos simbólicos são registrados na Bíblia: mãos erguidas (Êxodo 17.8-16), virar o rosto em direção ao objeto da profecia (Ezequiel 6.1-3), marchar em círculos (Josué 6.1-20), dentre outros, concluindo-se assim a Bíblia registra que a mensagem divina e as realidades espirituais foram dramatizadas de várias formas até hoje usadas”. (https://www.facebook.com/MinisterioDeTeatroFrutoDoEspirito/posts/325640670845704).

Dança. Em momentos de grande alegria ocasionada por vitórias e realizações, o povo se apresentava diante de Deus com danças. Era uma forma artística de se adorar a Deus (2 Sm 6.14-16; Sl 149.3; Sl 150.4,5). Ao ler apocalipse 15.2,3 vemos que a arte também estará presente céu.

- Algumas perspectivas sobre arte

O mundo é uma verdadeira obra de arte. Enquanto aqui estamos vivemos cercados de toda sorte de expressões artísticas. O nosso desafio então é saber como avaliar a arte? Como podemos compreender o que estamos apreciando como uma boa obra de arte?

- Devemos aprender a valorizar uma obra de arte por si mesma, pois ela revela a capacidade dada por Deus ao homem de produzir tamanha beleza e criatividade. A arte demonstra que o homem à semelhança de Deus também pode criar, ainda que seja do que já existe.

- Uma obra de arte, independentemente de ser ela verdadeira ou falsa, ela contribui para que se entenda melhor uma cosmovisão.

- Uma obra de arte é compreendida pela linguagem padronizada que está sendo usada.

- Uma obra de arte por si mesma não é considerada sagrada. Podemos apreciar uma obra de arte pela sua beleza e perfeição e ao mesmo tempo discordar do que ela pretende transmitir

- A obra de arte para ser vista como uma obra de excelência, deve passar pelo crivo dos “quatro padrões básicos: Excelência técnica; Validade; Conteúdo intelectual, a cosmovisão que está sendo comunicada; Integração entre o conteúdo e o veículo”.

- Através da arte podemos transmitir todo tipo de mensagem: bíblica, teológica, histórica, contemporânea, etc.

- Não podemos evitar uma obra artística simplesmente por ser diferente de um estilo com o qual nos identificamos. Temos que nos adequar às mudanças de estilos e vocabulários.

Três observações quanto a arte cristã: Uma arte cristã contemporânea deve comunicar ao homem da atualidade, deverá se contextualizar ao país no qual está sendo produzida e sobretudo deve ser de natureza cristã.

- Ao apresentar uma arte musical cristã, por exemplo, deve-se ter o cuidado para que tanto o estilo quanto a letra, possam transmitir a real mensagem cristã. Os ouvintes deverão ter compreendido o que o músico quis transmitir. Não deve haver apenas barulho e movimentos, mas a comunicação da mensagem cristã.

- A boa arte ao transmitir a mensagem cristã, também terá o cuidado de mostrar toda a cosmovisão cristã, apresentando os dois lados da realidade da vida no tempo presente. O lado ruim, que mostra o homem caído e sofrendo as consequências do pecado e o lado bom, que apresenta o Deus Eterno se relacionando com o homem, levando-o a desfrutar das bênçãos destinadas

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