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REFLEXÕES SOBRE ENSINO DE ARTE: RECORTES HISTÓRICOS SOBRE POLÍTICAS E CONCEPÇÕES

Por:   •  11/11/2017  •  5.541 Palavras (23 Páginas)  •  531 Visualizações

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O mesmo autor ( VASQUEZ), 1986 estabelece uma relação inelutável entre arte e práxis ao dizer que, a práxis artística eleva à potencialidade máxima a capacidade produtiva e criadora do homem. Ele utiliza todos os sentidos, não só o pensamento e nesse processo de humanização engloba a necessidade de auto realizar-se:

(...) o homem faz-se de modo dialético – ao construir o mundo e a história, e ao ser por eles construído – no embate com a natureza para a obtenção e construção dos meios de subsistência; é na ação sobre a natureza que o homem processa a objetivação de sua subjetividade nos objetos que cria – constrói, ao mesmo tempo em que promove a subjetivação do mundo objetivo, imprimindo-lhe a marca do humano, quer dizer, humanizando-o. (PEIXOTO, 2003, p.42).

O desafio da re-humanização é colocado à todos trabalhadores da educação e aos artista que na práxis trabalha diretamente com a sensibilidade humana. No processo produtivo é importante para a superação e a determinação de um homem desumanizado. A autora afirma que a necessidade de autoconstrução na e pela práxis, sendo mais e mais humano, espelhando-se com a natureza, com as pessoas e consigo mesmo, mergulhado assim no dialético da criação-construção-superação-social-histórica (PEIXOTO), 2003,p.49).

(MARX; ENGELS, 1986,p.49). “(...) os sentidos ‘ditos espirituais’, os sentidos práticos”, em síntese, afirma-se que a necessidade da atividade artística é fundamental aos limites da sensibilidade e sobrevivência humana. A práxis criadora da imaginação, no processo de afirmação artística como trabalho consciente da humanização, sendo o principal e o muito importante no papel da inclusão social e cultural, podendo ser mais facilmente compreendida como uma satisfação do que foi produzido.

A arte na educação, deu-se através dos jesuítas para evangelizar, conforme Mignone (1980), sabendo-se que a forma mais fácil, de se adaptar os moldes do que queriam passar através da sensibilidade que a arte possui de prender a atenção do ser humano, como a música, dramatização, poesia, desenho apropriado ao assunto e outros. Os jesuítas assustados com as formas dos indígenas se expressarem apresentaram outras músicas e instrumentos para conseguirem aliena-los aos seus cantos religiosos (1980, p.4), com isso conseguiram destruir com os ricos elementos culturais dos indígenas, (BARBOSA, 2002). Sabendo-se que a arte era rejeitada nas escolas dos homens livres e só eram permitidas no meio os escravos e missões religiosas aplicadas aos indígenas, isto marcou muito a arte no Brasil. Isto perdurou por um bom tempo, mesmo com a expulsão dos jesuítas em 1759, pois dificultando qualquer avanço que se relacionasse a educação pela arte.

E em 1800 om a reforma de Pombal foi fundado as episcopal de Olinda, onde Azevedo Coutinho, sendo nessa época foi ciada uma aula de Desenhos e figuras com metodologia de códigos neoclassicista de obediência ao conjunto de regras ditadas pelos ideais de belza Greco-romanos. (BARBOSA 2002, p23-24) Houve uma mudança no panorama cultural brasileiro com a vinda do D. Joao VI que implantou algumas tendências da arte europeia do estilo barroco para o neoclássico.

Segundo, LAVELVERG,(1993), “O barroco no Brasil é considerado “menor” e popular; e o neoclássico visto só para a burguesia, onde era visto de carater o “maior” e erudito à arte. A primeira medida da Missão foi a criação da Academia Real de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Cívil, onde depois da proclamação passou a se chamar Escola Nacional de Belas Artes. Conforme Barbosa, (2002, p.19-20)

As nossas manifestações neoclássicas, implantadas como ‘ por decreto’, iriam encontrar eco apenas na pequena burguesia : camada intermediária entre a classe dominante e a popular e que via na aliança com um grupo de artistas da importância dos franceses operando por força do aparelho oficial de transmissão sistemática da cultura, uma forma de ascensão, de classificação.

Mas segundo Werneck(1972, apud BARBOSA, 2002, p.20), mesmo assim, a repercussão da academia na comunidade foi pouco expressiva. Os discípulos eram poucos e recrutados com dificuldade. Eram dóceis acompanhantes dos modelos externos, completavam seus estudos na Europa e seus traços reforçados de alienação, “fundido e confundidos”.

Na distância acentuada entre uma arte própria e nativa e de modelos impostos e importados foi profundamente marcado o panorama artístico nacional, influenciando em todos os segmentos de arquitetura, pintura, escultura e música. A autora fala que a inculcação foi no ensino da arte, tanto nas academias como nas escolas. Sendo no século XIX e início do século XX, prevaleceu o ensino de desenho com objetivos pragmáticos. Sendo seus conhecimentos mais funcionais (Barbosa(2002). – aplicação imediata e qualificação para o trabalho, do que experiência de arte, com o objetivo do desenvolvimento das profissões técnicas e científicas em uma manifestação ostensiva contra a instrução colonial, ”deixando a sociedade desarmada de quadros, com os fundamentos econômicos foi feita a sua reconstrução” (AZEVEDO, 1944, p.55 apud BARBOSA, 2002, p.25)

No começo do século XX...lavelberg (1993, p.11) entre 1930 1970 eram coocados como ensino de arte: o desenho decorativo (faixas, letras, ornatos); desenho geométrico (morfologia e estudo das construções geométricas); desenho do natural 9observação, representação e cópia de objetos) e desenho pedagógico (nas escolas normais usavam-se esquemas de desenho para ilustrar as aulas – bonecos – palitos). Para a sociedade mais ampla em 1922 a Arte Moderna significou renovação cultural e da vanguarda.

O envolvimento de várias modalidades artísticas foi muito marcante: artes plásticas, música, pintura, poesia e dança, que por reações conservadoras de setores, houve mudanas no panorama da cultura brasileira nos anos 20 e 30. (MAIA, 2000). Houve contestações práticas artísticas de seus valores. Não acontecendo por acaso e resultando da busca de renovação da arte brasileira, entre outros..., nesse caminho a educação sofreu influências das pesquisas psicológicas, que desiaram o foco da transmissão para o aprender, o do saber. A psicologia apresentava a criança como um ser único e que o ensino devia partir da auto afirmação, como um sujeito singular. Na pedagogia renovada foi substituída a cópia pela livre expressão de reproduçãoonde em 1980ª escola nova tornou-se um dos pilaresda educação para cranças. Etendu-se como metodologia sustentada, pela estética modernista, (PARANÁ, 1988ª) Quanto a música foi colocada como ideologia nacionalista

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