Um Toque de Clássico - Karl Marx
Por: eduardamaia17 • 18/12/2017 • 1.290 Palavras (6 Páginas) • 568 Visualizações
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A burguesia teve grande influência para a sociedade capitalista, uma vez que, ela destruiu, por exemplo, os modos de organização do trabalho, as formas da propriedade no campo e na cidade; debilitou as antigas classes dominantes como a aristocracia feudal e o clero, substituiu a legislação feudal, e eliminou os impostos e obrigações feudais, etc. criando um mundo à sua imagem e semelhança. Segundo Marx, o modo de produção capitalista estende-se a todas as nações, constrangidas a abraçar o que a burguesia chama de “civilização”.
O trabalho, que é uma atividade humana prática, é para Marx o fundamento da alienação, descrevendo-a em 3 aspectos: o primeiro descreve a relação entre o trabalhador com o produto do seu trabalho que é algo alheio a ele, que o domina e faz com que os objetos naturais do mundo externo sejam vistos da mesma forma; o segundo é que a atividade por ele exercida não esta sob seu domínio, ele a percebe como estranha, como algo que não o pertence, assim como sua energia física e espiritual; e a terceira é que o trabalho torna-se um meio de sobrevivência para o trabalhador, sendo apenas um meio de vida e que deixa de ser livre.
Isto faz com que o trabalhador e suas propriedades humanas só existam para o capitalismo. Se não há trabalho, não há salário, não há existência, e só existirá quando houver relacionamento com o capital, o que faz com que mendigos, miseráveis, famintos, entre outros, sejam tratados como “fantasmas” para a economia política. Coisas como estas causam certas convergências entre a sociedade, fazendo com que haja uma época revolucionária, de eclosão dos conflitos sociais amadurecidos, pois há um choque entre a necessidade de expansão das forças produtivas de uma formação social e as estruturas econômicas, sociais e políticas vigentes.
O modo de produção capitalista já representou um passo evolutivo em relação ao feudalismo, dado que a maneira como passa a ser extraído o trabalho excedente e as condições em que isso se dá “são mais favoráveis para o desenvolvimento das forças produtivas, das relações sociais de produção e para a criação de uma estrutura nova e superior” que resultará de um processo revolucionário (como descrito no parágrafo anterior). Karl Marx então surge com a ideia do comunismo, que tem reflexões orientadas por princípios como a liberdade e não-alienação.
Marx afirma que “o comunismo é a forma necessária e o princípio dinâmico do futuro imediato, mas o comunismo em si não é a finalidade do desenvolvimento humano, a forma da sociedade humana. Ele quer que não exista a divisão das classes sociais, que a necessidade de todas as pessoas sejam supridas, de forma que os indivíduos sejam livres, sem a necessidade de haver um Estado. Resultando em uma sociedade reconstruída conscientemente, colocando fim a “pré-história da humanidade” e criando-se uma nova vida social, a sociedade comunista.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. de O.; OLIVEIRA, M. G. M. de. Um Toque de Clássicos. 2. ed. rev. e amp. Belo Horizonte: UFMG, 2002. p. 25-59.
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