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Karl Marx - Filosofia

Por:   •  19/1/2018  •  1.935 Palavras (8 Páginas)  •  501 Visualizações

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prejudicando as condições do proletariado e provocando a transição de alguns setores da burguesia para a classe contrária.

O proletariado, para lutar pela melhoria das suas condições, organiza-se em coligações e movimentos contra os burgueses. Para Marx e Engels, estas coligações e movimentos devem ser incluídos nos movimentos políticos, já que todas as lutas de classes são lutas políticas. Como o proletariado é simultaneamente o produto e o produtor da grande indústria, só este terá capacidade de lutar e de criar revolução contra ela e contra a burguesia em prol dos seus direitos.

Podemos assim concluir que o progresso industrial contribui apenas para a ascensão da burguesia e para o declínio cada vez mais acentuado do proletariado, o que leva Marx a concluir que a classe dominante é impotente para assegurar e regular as condições de vida daqueles que oprime de um modo constante e estável.

Na carta que Marx escreve a Joseph Weydemeyer, afirma que a existência e a luta de classes já haviam sido discutidas anteriormente e, por isso, não foi essa a sua inovação. Esta se traduz em três pontos:

• Demonstrar que a existência das classes sociais está intimamente ligada a determinadas fases de desenvolvimento histórico da produção;

• A luta de classes conduz necessariamente à ditadura do proletariado;

• Esta ditadura constitui-se como um estado de transição para a superação de todas as classes e para a ascensão de uma sociedade sem classes.

Marx começou por fazer uma revisão crítica à Filosofia do Direito de Hegel, concluindo que as relações jurídicas enraízam-se nas relações materiais da vida, o que será o mesmo que dizer “sociedade civil”. Concluiu também que a base da sociedade civil é a economia política. Desta forma, o autor focalizou a sua atenção para este aspecto, afirmando que os homens estabelecem determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, as relações de produção.

Estas são uma etapa do desenvolvimento das forças produtivas materiais, sendo o conjunto total dessas relações de produção a base sobre a qual se edifica toda a estrutura jurídica e política. Vai ser esta estrutura o elemento determinante da forma da consciência social, estabelecendo, assim, uma relação indireta, na qual a produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual. Isto será o mesmo que dizer que é o ser social que determina, influencia e origina a consciência dos homens. Contudo, estas ligações nem sempre são estáveis, sendo que por vezes surge um período de revolução social que começa quando as forças produtivas entram em contradição com as relações de produção.

Marx faz a distinção entre “revolucionamento material nas condições econômicas da produção” que pode ser constatável de forma objetiva, e entre as condições ideológicas (políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas). É neste segundo plano que os homens ganham consciência da necessidade de mudança e partem para a sua resolução. Desta forma, teremos de partir do contexto e dos conflitos sociais existentes para compreender a consciência dessa época.

Todos estes conflitos são necessários para a evolução e desenvolvimento da produção, já que só surgem novas e superiores formas de produção depois das anteriores terem sido postas em causa, isto é, terem entrado em conflito. O autor refere também que, da mesma forma que isto acontece, os problemas só surgem em realidades onde seja possível solucioná-los. Deste modo, será o contexto de antagonismo das relações de produção, relativamente às “condições sociais de vida dos indivíduos”, que vai permitir dar resposta a esse mesmo antagonismo, uma vez que é nele que são ativadas as condições materiais necessárias à sua resolução.

Na carta que Engels escreve a Joseph Bloch é referido que a situação econômica é à base da história. Contudo, os diversos momentos da superestrutura (ideologias, Estado) são também reconhecidos como influencias ativas sobre o curso das lutas históricas. Através de todo o conjunto de causalidades, o movimento econômico vem ao de cima como necessário. Os pressupostos económicos são os mais decisivos quando fazemos a nossa história. Os pressupostos políticos, as tradições também contam, mas não são decisivos.

Por outro lado, o resultado final da história provém também de conflitos de muitas vontades individuais, por isso, há forças que se entrecruzam. Daí surge o resultado histórico. A história está, portanto submetida às leis do movimento. O autor refere também o materialismo histórico, visão segundo a qual a história avança como resultado de confrontos de grupos que têm na sua origem diferentes posições econômicas; e em que as relações de produção estão por detrás do evoluir da história.

O autor admite que ele próprio e Marx foram responsáveis pelo materialismo dos jovens e pela exacerbada importância dada à economia. Isto foi resultado de uma tentativa direcionada de incluir nas considerações históricas o plano econômico, o que acabou por retirar espaço para outros momentos participantes no desenvolvimento da história e na interação recíproca dos acontecimentos. Apesar de não ser esta a intenção dos autores, foi o que acabou por acontecer.

Conclusão

Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu em 1818 e foi um dos seguidores das ideias de Hegel.

Sua ligação com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele erguesse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Segundo Marx, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.

Grande revolucionário

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