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Karl Marx

Por:   •  30/6/2017  •  Artigo  •  1.816 Palavras (8 Páginas)  •  485 Visualizações

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Karl Marx

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Karl Marx

Karl Heinrich Marx foi o filósofo revolucionário alemão que criou as bases da doutrina comunista, como crítica ao capitalismo. Nasceu em Trèves, cidade ao Sul da Prússia Renana - cidade fronteiriça com a França - em 05 de maio de 1818, e foi finado em 14 de março de 1883, em Londres, Reino Unido.

Marx era um pensador muito colocado ao seu contexto histórico, muito se diz que ele era possuidor de uma devassidão pelos estudos e por bibliotecas. É também conhecido pela interdisciplinaridade em suas composições e em sua elaboração teórica marxiana, tendo sempre uma forma de conhecimento conectada a outras.

Iniciando acerca de sua teoria econômica, a sistemática teórica que o autor elaborou, e que incumbia também a maneira de produção capitalista, acabou por formular um modo de pensar acadêmico e cientifico próprio, nomeado Materialismo Histórico - ou as vezes, Materialismo Dialético -, que veio a ser a base para a interpretação de todos os fenômenos sociais para Marx. O posicionamento interpretativo desta maneira de pensar deu-se através da dialética, que explicada da maneira menos sofisticada, é uma forma metódica que implica o surgimento de algo novo através de um conflito entre duas polaridades.

No abrangente ao capitalismo, viveu com sagacidade as suas consequências tanto no plano econômico, quanto social, ainda que seu país estivesse um pouco atrasado, tendo em vista as revolucionadas Inglaterra e França. Ainda na Alemanha, Marx teve seu desenvolvimento intelectual em uma época onde a circulação de conhecimentos e materiais acadêmicos já era amplo, o que o possibilitou beber na fonte de grandes pensadores da época. Foi desta maneira que, percebendo as mudanças nas situações societais que sucediam, refletiu sobre o novo modo de produção inaugurado e que para ele, refletia em todas as relações sociais e em todas as arenas da atividade humana.

Este novo modo de produção calhou após o sistema de servidão mediévico e visava veementemente o lucro, palavra chave para seu entendimento. Ele era caracterizado por uma afinidade de troca (onde as pessoas que caracterizavam a classe dos proletariados, os operários, vendiam as suas forças de trabalho, e outras pessoas eram as possuidoras das propriedades privadas dos meios de produção, os burgueses), o que por sua vez formava uma relação de assalariamento. É nesta divisão que podemos nos deparar com o enceto da polarização da já citada percepção dialética.

E por mais que o autor tenha tecido elogios ao princípio capitalista, pois foi este que retirou o modelo humano da dependência pura e arriscada da natureza, ele percebeu o abstruso modo de vida no qual os operários existiam, pela necessidade básica de viver. De acordo o maior parceiro de Marx, Engels (1986, p.114),

O proletariado tem falta de tudo; entregue a si próprio, não pode viver nem um único dia. A burguesia arrogou-se o monopólio de todos os meios de existência no sentido mais lato do termo. Aquilo de que o proletário tem necessidade, só o pode obter através desta burguesia cujo monopólio é protegido pelo poder de Estado. Por isso, o proletariado é, de fato e de direito, escravo da burguesia; esta pode dispor da sua vida e da sua morte. Oferece-lhe os meios para viver, mas só mediante um equivalente, em troca do seu trabalho. Chega ao ponto de lhe dar a ilusão de que age por sua própria vontade, de que estabelece contrato com ela livremente, sem constrangimento, como um ser maior. Bela liberdade, que deixa ao operário como única escolha subscrever as condições que lhe impõe a burguesia, ou morrer de fome, de frio, deitar-se completamente nu e dormir com os animais da floresta. Belo equivalente cujo montante é deixado ao arbítrio da burguesia! E se o operário for suficientemente louco para preferir morrer de fome, em vez de se submeter as justas propostas dos burgueses, sens superiores naturals? Pois bem! Em breve se encontrara outro que as aceite; há muitos proletários no mundo e nem todos são suficientemente insensatos para preferirem a morte à vida.

É nesta questão que Karl Marx entende que, em sua polarização, esse novo modo de produção submerge seu próprio aniquilamento, pois os polos só tendiam, em tal ponto, a tornarem-se mais distantes.

A ambição por mais lucros perseguido pelos burgueses foi, no começo, abastecido pelo princípio da mais valia absoluta, em que o operário era forçado a trabalhar mais horas por dia, o que por consequência aumentava sua produção total, mas sem receber nada em troca. Com o surgimento do movimento operário - e consequentemente das leis trabalhistas -, este primeiro modo de mais valia foi abandonado. Mas com o anseio fulgente por ganhos cada vez maiores, não demorou para que a classe detentora dos meios privados de produção obtivesse um outro modo de aumento de produção. Este meio deu-se através do desdobramento tecnológico das fabricas, que implicava, na desvalorização da força de trabalho humana. Segundo Marx (2003 [1867], p.465),

A aplicação capitalista da maquinaria cria motivos novos e poderosos para efetivar a tendência de prolongar sem medida o dia de trabalho e revoluciona os métodos de trabalho e o caráter do organismo de trabalho coletivo de tal forma que quebra a oposição contra aquela tendência.

A desvalorização da força de trabalho humana se deu através da super produção com manutenção do salário, pois um artífice com o suprimentos tecnológicos produzia em escalas muito maiores. Esta última maneira ilustrada e auxiliada pela tecnologia, é o caracteriza a mais valia relativa. E é desta maneira que as classes do proletariado e da burguesia se afastam cada vez mais.

Este modo de produção resulta em duas omissões. A primeira, é a dissipação da cadeia e do histórico produtivo e social de um produto. Em tal ponto, não se era mais possível ter este controle. O segundo, é o encobrimento das relações de dominação acaloradas na época. Marx chama isto de "O fetiche da mercadoria".

Naquele ponto, somente uma revolução poderia socorrer

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