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Resumo "O Capital" - Maquinaria e grande indústria (Karl Marx)

Por:   •  28/4/2018  •  1.911 Palavras (8 Páginas)  •  554 Visualizações

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A maquinaria descarta o velho sistema de divisão do trabalho, o capital passa a subordinar o trabalho de forma mais repugnante. Nesse processo são as condições de trabalho que usam o trabalhador. Com a introdução da maquinaria o trabalhador passa a disputar com o meio de trabalho (como exemplo, ludismo). A disputa permanente entre capitalista e trabalhador não era mais a única presente nesse meio.

É interessante observar que alguns diziam que as máquinas não deixam o indivíduo sem trabalho, apenas o deixa disponível para exercer outra função. A máquina barateia o produto e aumenta a mais valia. A força produtiva elevada das grandes indústrias acompanhada com a exploração da força de trabalho reproduz os antigos escravos domésticos agora sob o nome de empregados.

A teoria da compensação

O capitalista investe cada vez mais em capitais constantes e diminui o capital variável, obtendo mais lucros ao investir o capital em maquinarias e obter a mais valia dos trabalhadores. Com a utilização de maquinas aumenta-se a produção e diminui-se trabalho, porém com o modo capitalista com que as máquinas são inseridas, faz com que o desemprego aumente, e que o trabalhador trabalhe mais por um menor preço.

Assim, o capital variável (salário do trabalhador) torna-se capital constante (maquinaria) não havendo a liberação do capital. Os trabalhadores da fabricação de máquinas, são menores que a quantia de trabalhadores deslocados pela utilização das maquinas, e a cada aperfeiçoamento das maquinas diminui-se a quantidade de trabalhadores. Se houvesse um novo e investimento do capital na força de trabalho, o trabalhador demitido pela introdução a maquinaria poderia encontrar uma nova ocupação.

O revolucionamento da manufatura, artesanato e trabalho domiciliário pela grande indústria

Marx nos faz perceber como a maquinaria suprime a cooperação que repousa no artesanato e a manufatura que repousa na divisão do trabalho artesanal. Na medida em que uma única máquina de trabalho toma o lugar da cooperação ou da manufatura pode tornar-se ela própria, de novo, base de um funcionamento artesanal. No entanto, esta reprodução do funcionamento artesanal repousando em maquinaria forma apenas a transição para o funcionamento fabril, o qual se verifica em regra logo que força motriz mecânica, vapor ou água, substituem músculos humanos no movimento da máquina.

Em oposição ao período manufatureiro, o plano da divisão do trabalho funda-se agora no emprego do trabalho feminino, do trabalho de crianças de todos os estados etários, de operários não especializados sempre que possível, em suma, de “cheap-labour”, trabalho barato, como os ingleses caracteristicamente lhe chamam. Isto vale não só para toda a produção combinada em grande escala, quer empregue ou não maquinaria, como também para a chamada indústria domiciliária, quer seja exercida nas residências privadas dos operários quer em pequenas oficinas.

Com o desenvolvimento do sistema fabril e o revolucionamento da agricultura que o acompanha, a escala de produção em todos os outros ramos de indústria não só se estende como altera também o seu carácter. O princípio do funcionamento com máquinas torna-se por toda a parte determinante, a maquinaria penetra, portanto, nas manufaturas. Em oposição ao período manufatureiro, o plano da divisão do trabalho funda-se agora no emprego do trabalho feminino, do trabalho de crianças, de operários não especializados sempre que possível. Isto vale não só para toda a produção combinada em grande escala, como também para a chamada indústria domiciliária, quer seja exercida nas residências privadas dos operários quer em pequenas oficinas.

Esta chamada indústria domiciliária transformou-se num departamento externo da fábrica, da manufatura ou do armazém de mercadorias. Além dos operários fabris, dos operários da manufatura e dos artesãos, que ele em grandes massas espacialmente concentra e diretamente comanda, o capital movimenta, por meio de fios invisíveis, outro exército de operários domiciliários dispersos pelas grandes cidades e campos. O local de trabalho faz parte da sua residência privada. Recebem encomendas de fabricantes, possuidores de armazéns, etc., e empregam mulheres, raparigas e crianças pequenas de acordo com o tamanho das suas salas e a flutuante procura do negócio.

Com a transição da manufatura domiciliar para a grande indústria, viu se necessário o incremento da maquinaria nas plantas de produção, dessas indústrias inglesas. Logo se tornou quase que desnecessário o trabalho braçal masculino, mas não o reduzindo totalmente. Mulheres e crianças, em perfeita saúde e idade para trabalhar, foram mantidas nessas fabricas. E passaram a ocupar cargos, que antes eram tão somente masculinos, como mecânico de maquinas gerentes fabris e outros.

Com uma alta taxa de demissão, começaram se criar algumas oficinas têxteis, em sótãos e pequenos galpões com aglomerações de ate 50 trabalhadores e diretamente ligadas as grandes indústrias e com maquinas de colo, que exigiam muita força e grande resistência, pela alta jornada de trabalho. As matérias primas, produtos semiacabados, que eram fornecidos pelas grandes indústrias, era o que dava vida a essas oficinas. Mas o que se via ainda, era que a mega exploração da força de trabalho, em busca da mais valia do patrão, se intensificava. Viu se então a necessidade da criação de leis que regulassem o trabalho dentro dessas fabricas, como o tempo de trabalho a pausa na jornada de trabalho, a segurança do trabalho, melhorias na estrutura predial e da maquinaria, como por exemplo, nas indústrias cerâmicas e fabricas de fósforos, onde a insalubridade era muito alta. Onde devido à força das leis, se viu necessário à criação de novos tipos de fornos, alguns produtos como um composto de fósforo quente, não se podia mais ter contato com seu vapor, criando uma maquina pra imergir esses palitos nesta mistura.

Com o advento das leis fabris, criadas pelo parlamento inglês, chegou à conclusão de que uma lei coercitiva, pode simplesmente remover todas assim chamas barreiras naturais, contrarias a limitação e regulamentação da jornada de trabalho, e se estipulou de 6 a 18 meses para a indústria se adequar. Entretanto, o capital, como ele mesmo reiteradamente declara pela boca de seus representantes, só consente tal revolução perante coerção de alguma lei parlamentar, que regule, como por exemplo, a jornada de trabalho.

Legislação fabril

É possível perceber que a legislação

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