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Teorias da comunicação

Por:   •  10/4/2018  •  1.040 Palavras (5 Páginas)  •  324 Visualizações

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HUGH DUNCAN

Para Herbert Blumer, “[...] a interação humana é mediada pelo uso de símbolos, mediante interpretação ou asserção do sentido das ações alheias [...]”, ou seja, a comunicação é mais do que a reação a simples estímulos, mas sim a interpretações de símbolos, atos e palavras. Hugh Duncan vai ainda um pouco além: para ele, o homem encontrou na comunicação algo que vai além do nosso desenvolvimento como pessoas, cooperação ou entendimento da verdadeira natureza humana. Ela proporciona a possibilidade de “[...] consciente ou inconscientemente conservar ou modificar a estrutura simbólica vigente a sociedade.”, ou seja, é através dela que podemos atuar no mundo, podendo persuadir outrem a adotar ideias que achamos convenientes, por exemplo.

É sob esse prisma que entramos numa discussão sobre a gênese de uma sociedade. Para os interacionistas a sociedade é fruto de um processo de comunicação, sendo este simbólico ou comunicativo. Na natureza simbólica, a sociedade é “uma estrutura vertical, baseada em uma complexa escala de valores que classifica em hierarquias as coisas, os gestos e os homens.”. Por outro lado, o ponto de vista comunicativo vê a sociedade como um plano horizontal, onde o contato e a interação ganham a vez e todos encontram-se num mesmo patamar. Perceptivelmente essas duas perspectivas entram em conflito, e é baseada nesse impasse que a sociedade funciona, uma vez que cada perspectiva alimenta a outra. Juntas, formam uma intrínseca relação entre comunicação e poder.

HARRY PROSS

Para os pensadores da Escola de Chicago, a comunicação social foi revolucionada com o advento da tecnologia. Robert Park disse que a partir de certo ponto, passou a caber aos meios de comunicação a tarefa de disseminar conhecimentos, ideias e experiências. Blumer concordou com essa ideia, mas afirmou que, apesar de ser o principal meio de difusão intelectual, os meios de comunicação não são nem comunicativos por si mesmos, nem meros canais de transmissão de mensagens. Eles são “mediações tecnológicas da estrutura simbólica vigente na sociedade”.

Harry Pross desenvolveu um estudo sobre esses meios de comunicação, dividindo-os em primários, secundários e terciários. Os primários são aqueles em que não se fazem necessários quaisquer instrumentos, ou seja, a comunicação se dá com suas mediações fundamentais (a linguagem, a voz, etc). Os secundários surgem depois e são aqueles que já requisitam tecnologias na elaboração de mensagens, sobretudo a de impressos. Por fim, os terciários, que surgem por último, consistem nas tecnologias, cuja presença faz-se necessária tanto no ambiente do emissor como do receptor (televisão, rádio, etc).

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