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TDAH, O Papel do Professor na Inclusão

Por:   •  27/3/2018  •  5.925 Palavras (24 Páginas)  •  375 Visualizações

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É de conhecimento de todos que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um dos mais freqüentes distúrbios que ocorrem em crianças. Porém ainda muito difícil de identificar, uma vez que os profissionais de educação não são preparados para reconhecer as características. Quando falamos de Hiperatividade, logo imaginamos uma criança que apresenta movimentos bruscos e inadequados, mudanças de humor e instabilidade afetiva, isso provém de uma deficiência neurobiológica de origem genética é um descontrole motor acentuado. São várias as formas de TDAH que com o tempo sofrem alterações difíceis de prever, elas afetam o comportamento das crianças na escola, em casa e em vários outros lugares, em alguns momentos acaba por prejudicar seu relacionamento com outras pessoas.

Ao longo deste projeto pretende-se revelar através de discussões, e outros que é possível à inclusão de crianças com TDAH no ensino regular, e que quando o professor esta preparada ele consegue já de inicio avaliar as necessidades da criança e assim buscar maneiras diferentes e mais eficazes de ensinar aquele aluno e auxiliar na socialização com os colegas. É necessária uma reconstrução educacional que visa melhorias no processo educativo que reveja conceitos e modelos com o propósito de reorganizar o sistema educacional.

Busca-se, com este projeto, identificar algumas atividades que podem auxiliar no desenvolvimento do esquema corporal e até mental das crianças com TDAH.

Trabalhar com alunos de TDAH é um grande desafio para o nosso sistema de ensino. Baseando-se nisso, a pesquisa deste projeto pretende mostrar que cooperar com o fortalecimento das ações sociais voltadas para educação comum inclusiva, representa novas perspectivas no acesso e permanência da pessoa com necessidades especiais no âmbito escolar, proporcionando condições para que haja uma educação de qualidade para todos.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 INCLUSÃO

A Convenção sobre os Direitos da Criança, em seu artigo 1º define a criança como todo o ser humano com menos de dezoito anos, exceto se a lei nacional confere a maioridade mais cedo. Em seu artigo 23 menciona que a criança deficiente tem direito a cuidados especiais, educação e formação que sejam adequados, que lhe permitam ter uma vida plena e decente, em condições de dignidade, e atingir o maior grau de autonomia e integração social possível.

E no artigo 28 salienta que a criança tem direito à educação e o Estado tem a obrigação de tornar o ensino primário obrigatório e gratuito, encorajar a organização de diferentes sistemas de ensino secundário acessíveis a todas as crianças e tornar o ensino superior acessível a todos, em função das capacidades de cada um. A disciplina escolar deve respeitar os direitos e a dignidade da criança. Para garantir o respeito por este direito, os Estados devem promover e encorajar a cooperação internacional.

A Educação Inclusiva tem sua história influenciada por dois marcos importantes. O primeiro se deu em março de 1990, quando foi realizada em Jomtien, na Tailândia, a Conferência Mundial de Educação para Todos, com a proposta da CEPAL/UNESCO: educação e conhecimento, em que o objetivo foi examinar o encaminhamento e enfrentamento da exclusão escolar. O segundo com a declaração de Salamanca que é resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada entre 7 e 10 de junho de 1994, em Salamanca na Espanha, considerada um dos principais documentos mundiais que visam à inclusão social, seu objetivo é fornecer diretrizes básicas para a formulação e reforma do sistema educacional de acordo com o movimento de inclusão social de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino. Ela proporcionou colocar a educação especial dentro da estrutura de educação para todos, ou seja, dentro do ensino regular.

A Declaração de Salamanca (2002) ampliou o conceito de necessidades educacionais especiais incluindo todas as crianças que não estejam sento beneficiadas com a escola independente de sua necessidade. Com isso a idéia de “Necessidades Educacionais Especiais” passou a incluir todas as crianças portadoras de deficiências temporárias ou permanentes, aparentes ou não na escola regular. De acordo com o documento de Salamanca o principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças deveriam aprender juntas independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder as necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos, como ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos e parcerias com a comunidade.

Assim dentro das escolas inclusivas as acrianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio extra que possam precisar, para que se lhes assegure uma educação efetiva. A inclusão escolar não se limita apenas á população dos portadores de necessidades educacionais especiais, mas, também, as famílias, os professores e a comunidade, na medida em que visa construir uma sociedade mais justa e conseqüentemente mais humana.

O princípio da inclusão é um processo educacional que busca atender a criança portadora de deficiência na escola ou na classe de ensino regular. Para que isso aconteça, é fundamental o suporte dos serviços da área de Educação Especial por meio de seus profissionais. A inclusão é um processo inacabado que ainda precisa ser freqüentemente revisado.

A teoria em relação à inclusão é maravilhosa, porém, na realidade na maioria das escolas podemos observar que a inclusão não acontece como deveria. É importante entender o que é TDAH e quem são os portadores deste transtorno, e a responsabilidade do trabalho a ser desenvolvido com essas pessoas, quanto das dificuldades implicadas nos processos de sua aprendizagem e desenvolvimento. “Os problemas de aprendizagem dos alunos são determinados, em grande medida, por seu ambiente familiar e social e pelas características da própria escola”. (MARCHESI, 2004, p. 20).

Há 85 anos um grande precursor da educação com sua visão ampla e até o momento atual produziu uma obra a qual iluminava a compreensão dos problemas relativos à educação especial e para a busca de uma intervenção inovadora. Vygotsky (1989) contribuiu

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