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A interferência na aprendizagem, no ensino e no papel do professor

Por:   •  21/5/2018  •  1.666 Palavras (7 Páginas)  •  425 Visualizações

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4 JUSTIFICATIVA

Vivemos um momento peculiar do ponto de vista do ensinar e aprender. Dada a grande quantidade disponível de informação e a facilidade para adquiri-la a qualquer tempo parece ineficiente as forma com que a educação superior é aplicada hoje e ainda as ferramentas que são utilizadas para o processo educacional. É sabido que podemos aprender de várias formas, em redes, sozinhos, por intercâmbios, em grupos, em sala de aula e fora dela. Para ele, essa liberdade de tempo e de espaço em processos de aprendizagem configura um novo cenário educacional onde várias situações de aprendizagem são possíveis com a ajuda das Metodologias Ativas. Neste sentido desenha-se um potencial destas metodologias mesmo quando o professor utiliza metodologias comuns com o suporte tecnológico de vídeos, hipertextos, textos, blogs, redes sociais ou aplicativos de celular. Mas conhecendo a evolução didática e as tentativas em aproximar a realidade dos acadêmicos com a cátedra acadêmica parece que ainda falta muito para que o professor, em especial, compreenda e utilize adequadamente os desafios de inovar na sua ação docente. O objetivo do ensino é fazer aprender e o professor nesta nova modalidade metodológica é de mediador do aprendizado através da interação entre ele, o aluno e o conhecimento e este processo implica numa construção conjunta de conhecimento e ainda , diante deste objetivo o professor é chamado a se atualizar, a aprender, a rever seu conhecimento e sua atuação frente às mudanças sociais e educacionais. Este aprender não é apenas sobre o conteúdo, mas de aprender sobre quais ferramentas os acadêmicos hoje utilizam para se informarem e fazer destas suas ferramentas no processo de ensino, de aprender como usar estas ferramentas, aprender a conhecer os seus estudantes e a perceber o que faz sentido para que eles próprios possam construir um conhecimento significativo apoiados pelo que o professor fornece de conteúdo e experiência. Desta forma o processo de aprendizagem e 'ensinagem' em uma via de muitas mãos onde o conhecimento não chega por um lado só e sim agrega muitas experiências para formular um conceito. Nesta apreciação de construção conjunta de conhecimento já não há espaço para as antigas práticas de transmissão de conteúdos formais por meio de cartilhas ou repetição de livros, não cabe mais um professor detentor de um saber pronto e acabado já que não existe mais este saber acabado.

5 REFERENCIAL TEÓRICO

O enfoque deste trabalho é nos processos que ocorrem na sala de aula e nas relações professor-aluno, partindo de reflexões sobre as metodologias que têm sido aplicadas e em como as metodologias ativas podem contribuir para elevar a efetivação da aprendizagem. Percebe-se que esta preocupação não é recente Paulo Freire (1996) defende as metodologias ativas, afirmando que, para que haja educação de adultos, a superação de desafios, a resolução de problemas e a construção de novos conhecimentos a partir de experiências prévias, são necessárias para impulsionar as aprendizagens. Avaliando as dificuldade dos alunos em se reconhecerem naquilo que aprendem, Araújo (2011) revela a necessidade de reinventar a educação, tendo em vista que o modelo tradicional de escola, solidificado no século XIX, “tem agora, também, de dar conta das demandas e necessidades de uma sociedade democrática, inclusiva, permeada pelas diferenças e pautada no conhecimento inter, multi e transdisciplinar, com a que vivemos neste início de século 21” (ARAÚJO, 2011, p. 39). Cabe ai a reinvenção também do lugar do professor onde Moran salienta que o professor precisa se apropriar dos conceitos embutidos nessa proposta, para compreender o seu verdadeiro significado, de modo a distinguir os estágios que a compõe - do acesso prévio ao conteúdo e do confronto pessoal entre professor e aluno. Ambos são ricos em suas propostas, o primeiro abrindo espaço para a autonomia dos alunos na busca de outras fontes de conteúdos associados, na busca de informações divergentes, na busca de outros contrapontos ao desafio proposto na atividade de aprendizagem; o segundo considerado por alguns especialistas o momento do confronto presencial, do aprofundamento sobre o conteúdo feito pelo professor (MORAN, 2014). Análises mostram que a aprendizagem ativa é uma estratégia de ensino muito eficaz, independentemente do assunto, quando comparada com os métodos de ensino tradicionais. Com métodos ativos, os alunos assimilam maior volume de conteúdo, retêm a informação por mais tempo e aproveitam as aulas com mais satisfação e prazer (SILBERMAN, 1996). A experiência indica que a aprendizagem é mais significativa com as metodologias ativas de aprendizagem. Além disso, os alunos que vivenciam esse método adquirem mais confiança em suas decisões e na aplicação do conhecimento em situações práticas; melhoram o relacionamento com os colegas, aprendem a se expressar melhor oralmente e por escrito, adquirem gosto para resolver problemas e vivenciam situações que requerem tomar decisões por conta própria, reforçando a autonomia no pensar e no atuar (RIBEIRO, 2005). Diante destes pilares conceituais descreve-se o aporte referencial já evidenciado deste tema e a aparente significância de uma pesquisa elaborada sobre as metodologias ativas no ensino superior e a interferência na aprendizagem, no ensino e no papel do professor.

6 REFERENCIAS

ARAÚJO, Ulisses F. Aprendizagem baseada em problemas no ensino superior. São Paulo: Summus, 2009.

ARAÚJO, Ulisses F. A quarta revolução educacional: a mudança de tempos, espaços e relações na escola a partir do uso de tecnologias e da inclusão social. ETD: educação temática digital, Campinas, v. 12, 2011. Número especial. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2015.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo, Editora Paz e Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo, Editora Paz e Terra, 2007.

FREIRE, Madalena. O que é um grupo? In: Paixão de Aprender, ano I. nº.1, dez 2000

MORAN, J.M. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação na EAD - uma leitura crítica dos meios. Disponível em: . Acesso em: 12 out. 2015.

MORAN, J.M. Metodologias Inovadoras com Tecnologias. Entrevista a João Matar. Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2015.

RIBEIRO, R. de C. A aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma implementação na educação em engenharia. Tese (Doutorado)

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