O PAPEL DO PROFESSOR NO ATO DE ENSINAR

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Tendo assumido o papel de educar, o professor constitui a função de transmitir conhecimento, não o sentido de apenas transmitir, mas de dar oportunidade de transformar, de pensar, de pesquisar, Freire ao declarar que “saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção” enfatiza a necessidade que nós educadores temos em conduzir esse conhecimento de forma a criar pensadores destinados a produzir alguma mudança efetiva na sociedade, além de percebermos que sentido ela tem no mundo.

É esse pensar que nos mostra o ato de educar como algo inerente ao ser humano, condicionado as nossas especificidades. E é nessa exclusividade que vem também os desastrosos vícios do educador, ao julgar-se correto em suas propriedades cognitivas, e, muitos deles, passam do limite considerado ponderável para uma situação educacional harmoniosa. Quando Freire concorda que “a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor” fica claro para todos que o profissional que possui propriedade não discute sobre nenhum contexto, o que acontece com boa parte de educadores que não aceitam uma discussão saudável. Também ao sustentar que “a autoridade docente mandonista, rígida, não conta com nenhuma criatividade do educando. Não faz parte de sua forma de ser, esperar, sequer, que o educando revele o gosto de aventurar-se” Freire nos mostra a negatividade dessas ações. É necessária que aos educandos seja fornecida motivação suficiente para sua participação, a não acomodação e o estímulo a atitudes ativas. Isto nos remete ao que já vem sendo dito, dar autonomia para os alunos criarem seu próprio conhecimento, o que é de grande valor.

Ao professor, resta compreender sua atuação nessa peça, seu comprometimento com o conhecimento transmitido, reconhecendo seus erros, erros estes que não devem ser negados, mas sim, assumidos como estímulos do alcance de respostas. Aos educandos, fica a esperança de estarem atentos ao que lhes é oferecido por aqueles que assumiram a função de lhes acompanhar nesse processo de aquisição de saberes essenciais à vida.

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura).