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Resolução de Problemas - Cultura na Zona Leste

Por:   •  10/3/2018  •  5.030 Palavras (21 Páginas)  •  320 Visualizações

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- De acordo com pesquisas divulgadas no nossasaopaulo.org.br o índice de livros por pessoas adultas, em 2011, era 0,11. Esse índice é classificado como “Abaixo da Média”

- Ainda em 2011, a porcentagem de centros, espaços de cultura, municipais, estaduais, federais ou particulares era igual a ZERO.

- A Zona Leste apresenta os piores índices culturais, conforme pode ser observado no mapa abaixo.

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O levantamento de dados nessa área é bem escasso e tivemos muita dificuldade em encontrar informações atuais. Com isso em mente, decidimos que a melhor forma de esclarecer a real situação seria ir até as bibliotecas da região, conhecer a estrutura e aqueles que a frequentam e a partir disso, tirar as conclusões. Também vimos a necessidade de entrar em contato direto com a população local para a aplicação de um questionário que esclarecesse melhor qual é a real dificuldade dessas pessoas, para que a partir disto tomássemos as devidas providências.

Ainda no mês de fevereiro, entramos em contato com algumas bibliotecas, como a Jovina, no bairro de Arthur Alvim, e a biblioteca do Centro Educacional Unificado (CEU) Quinta do Sol. Tivemos dificuldade nesta parte, pois os funcionários se sentem envergonhados e se recusam a participar da pesquisa e a conversar conosco. O contato da biblioteca Jovina, por exemplo, se mostrou relutante em ajudar no projeto, alegando que não tinham autorização de divulgar informações do local. Já no CEU, fomos melhor atendidos e a bibliotecária Cláudia se disponibilizou a auxiliar-nos com a pesquisa. Dias depois, decidimos fazer uma visita informal nos lugares, e nossas primeiras observações foram que o público é predominantemente jovem, mas a parcela de adultos não deixa a desejar. Trata-se de um público variado.

Seguindo o conselho da professora, visitamos também a Biblioteca de São Paulo (Parque da Juventude) e a Biblioteca Mário de Andrade (BMA), que são referência de qualidade na cidade de São Paulo. Após a apresentação do pré-projeto, nosso foco foi desenvolver um questionário para que avaliássemos o público da biblioteca do CEU Quinta do Sol e descobríssemos quais eram suas maiores dificuldades.

Decidido o local de aplicação e o objetivo da pesquisa, formulamos um questionário (Anexo 1) com o intuito de levantar informações sobre o que o público acha sobre a qualidade dos serviços, e quais são os principais problemas apontados. Após a professora aprová-lo iremos aplicá-lo aos visitantes da biblioteca na próxima semana e também faremos um levantamento via internet, selecionando usuários que curtem a página da biblioteca e lhes enviando o questionário. Assim que obtivermos uma quantidade satisfatória de respostas, analisaremos os resultados e buscaremos a solução mais cabível.

1.2 NOVAS PESQUISAS

Ao decorrer do trabalho, surgiram novos dados e pesquisas acerca do hábito de leitura no país. Segundo a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro, entidade mantida pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), 44% da população não lê e 30% dos brasileiros nunca comprou um livro em sua vida. A pesquisa revela também que de 2011 para 2015, o número de leitores cresceu 6%, saltando de 50% para 56%.

Todavia, esse crescimento é pouco, levando-se em consideração que o índice de leitura do brasileiro é de 4,96 livros por ano (0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos por vontade própria). Do total, 2,53 livros foram lidos em partes e apenas 2,43 foram terminados.

Para a realização da pesquisa foram entrevistadas 5.012 pessoas, entre alfabetizadas e não alfabetizadas. Segundo o Ibope, esse número representa 93% da população brasileira. São considerados leitores pessoas que leram 1 livro inteiro nos últimos 3 meses. Entre as mulheres entrevistadas, 59% são leitoras e entre os homens, 52% foram considerados leitores. A pesquisa também mostrou que o livro mais lido, em qualquer nível de escolaridade, é a Bíblia Sagrada.

Um dado que nos chamou muito a atenção foi que para 67% dos entrevistados não houve uma pessoa que os incentivasse à leitura. Dos 33% que foram influenciados, a mãe ou alguma outra pessoa do sexo feminino foi a incentivadora (11%), sendo seguida pelo professor (7%). Os não leitores também foram questionados sobre os motivos que os levaram a não ler nenhum livro nos últimos 3 meses, os quais 32% responderam que era por falta de tempo; 28% alegaram não gostar de ler; 13% não tem paciência; 10% prefere outras atividades; 9% tem dificuldades para ler; 4% sente-se muito cansado para ler; 2% alegaram não haver bibliotecas por perto; 2% acha o preço de livro caro; 2% não tem dinheiro para comprar; 1% não tem local onde comprar onde mora; 1% não tem um lugar apropriado para ler; 1% não tem acesso permanente à internet; 20% não sabe ler; e 1% não sabe ou não respondeu.

O levantamento também revelou que o número de jovens leitores entre 18 e 24 anos aumentou de 53% em 2011 para 67% em 2015 e que as pessoas leem em casa a maior parte das vezes (81%). A leitura ficou em 10º lugar no quesito de passatempos, enquanto assistir televisão ficou em primeiro lugar (73%), seguido por ouvir música (60%), usar a internet (47%), reunir-se com amigos ou família ou sair com amigos (45%), assistir vídeos ou filmes em casa (44%), usar WhatsApp (43%), escrever (40%), usar Facebook, Twitter ou Instagram (35%), ler jornais, revistas ou notícias (24%), ler livros em papel ou livros digitais (24%) - que empatou com praticar esportes (24%) -, desenhar, pintar, fazer artesanato ou trabalhos manuais (15%), ir a bares, restaurantes ou shows (14%), jogar games ou videogames (12%), ir ao cinema, teatro, concertos, museus ou exposições (6%), não fazer nada, descansar ou dormir (15%).

Nos deparamos também com a pesquisa “Públicos de Cultura”, que foi realizada em 2013 e teve como objetivo produzir ampla investigação sobre os hábitos e práticas culturais do público brasileiro. Realizada em parceria do Serviço Social do Comércio (Sesc) com a Fundação Perseu Abramo, a pesquisa abrangeu 25 estados e entrevistou 2.400 em 139 municípios, das cinco regiões que compõem o país, estratificada por localização do domicílio (capitais, regiões metropolitanas e interior) e pelo porte dos municípios (pequenos, médios e grandes).

A pesquisa revelou que 69% das pessoas já leram um livro por prazer

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