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POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA: O quanto o problema sonoro ou a utilização de equipamentos sonoros afetam o processo educativo

Por:   •  2/5/2018  •  2.522 Palavras (11 Páginas)  •  415 Visualizações

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A poluição sonora que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1980) é a terceira mais grave forma de poluição, só perdendo para a poluição do ar e da água, vem se agravando,reduzindo cada vez mais a qualidade de vida, sendo um problema não só das grandes cidades, mas de pequenas aglomerações urbanas.

À advertência lançada por Schafer (op. cit, p. 148) representa um convite não só aos seus alunos, mas também aos cidadãos do mundo preocupados com a degradação sonora que o meio ambiente vem sofrendo:

Caros Alunos: É hora de se familiarizarem com uma nova disciplina: Acústica Forense, o estudo do crescente número de casos de perdas por ruído e danos auditivos que são levados aos tribunais. Seu velho mestre espera que vocês possam também interessar-se em aprender sobre o trabalho de sua sociedade local para a redução do ruído, ou, se sua comunidade ainda não possui uma, que vocês mesmos possam formar tal sociedade.

Acreditamos que o nosso trabalho “A Poluição Sonora: Efeitos sobre o professor e o aluno” representa uma resposta ao convite formulado por Schafer e através dele queremos não só oferecer a nossa parcela de contribuição, por mínima que seja, mas também mobilizar outros profissionais além dos educadores a se engajarem em atividades que venham colaborar na superação dos problemas causados pelo excesso de ruído, apesar de reconhecermos que este já esta sendo alvo de preocupação por parte das autoridades públicas nacionais merecendo uma extensa legislação a respeito, destacando-se:

- Constituição Federal:

- Artigo 23, inciso VI;

- Artigo 30, inciso VIII;

- Artigo 37, "caput";

- Artigo 170, incisos III, V e VI;

- Artigo 225, caput e seus parágrafos, em especial o 1º, nsº IV e V e 3º;

No Brasil as demandas oriundas de conflitos por uso de equipamentos sonoros vêm crescendo assustadoramente e o Poder Judiciário tem efetivado a prestação jurisdicional para restabelecer o equilíbrio rompido. Porém, essa prestação jurisdicional atinge parcela pequena dos problemas existentes, as demandas são maiores, os conflitos aumentam e às vezes descambam para as agressões físicas, engrossando as estatísticas da violência no País.

A primeira observação diz respeito a responsabilidade penal da perturbação do sossego alheio. A Lei das Contravenções Penais no art. 42 tipifica a conduta de atentar contra o sossego de outrem. Então inicialmente fica esclarecida que existe no ordenamento penal brasileiro uma repressão a conduta de perturbar o descanso alheio. Levando de imediato o observador a entender que o abuso com equipamentos reprodutores de som também é um caso de polícia.

Por último, é preciso registrar, que o abuso no uso de equipamentos sonoros é uma falta de educação, aumentando dessa forma a responsabilidade dos pais na educação de seus filhos para a convivência social. Viver em sociedade significa compartilhar, cada cidadão contribui para o bem coletivo, ninguém impõe a outrem uma forma de viver, todos devem repartir o mesmo espaço, de maneira harmoniosa e civilizada.[b]

Conforme afirma Carlos Minc (apud Rocco, 2003), "a grande cidade é um organismo vivo muito doente".

As sereias das fábricas, os sinos das igrejas, as buzinas e o escape dos

automóveis, os silvos dos fiscais do tráfego, os gritos dos vendedores ambulantes e os alto-falantes dos aparelhos de rádio produzem uma barafunda insuportável no centro das grandes cidades quando não são reprimidos ou controlados pelas autoridades. Este excesso de ruídos não só produz incômodos às pessoas nervosas, mas termina por enfermar as sãs. (GRECA, apud CARNEIRO, op. cit., p. 3).

É essa a orquestra, sem nenhuma harmonia, que toca a estridente trilha sonora do cotidiano nas grandes cidades brasileiras, formando o "esgoto sonoro", degradando assim o nosso ambiente contemporâneo. Em decorrência dessa orquestra desarmoniosa que provoca permanentemente agressão aos ouvidos as pessoas estão se tornando cada vez mais surdas, basta observar a frequência com que é preciso elevar o tom de voz para se fazer entender em uma simples conversação. Como se isso não bastasse, elas também estão se tornando insensíveis aos sons da natureza.

A escola por sua vez não se encontra imune à degradação[c]

Muito dos educadores defendem a necessidade, de aperfeiçoar a acústica nas salas de aula, tal medida beneficiaria a todos os alunos, sobretudo crianças com problemas de audição, pois a reverberação e ruído em excesso interferem com a inteligibilidade da fala, resultando na redução do entendimento, portanto, na redução do aprendizado.

A inteligibilidade da fala vai depender do nível da voz do falante, da distância do falante ao ouvinte, da familiaridade do ouvinte com as palavras que o falante usa. A compreensão do que se escuta depende, além da atenção à mensagem, do processamento auditivo, que compreende a memória, as associações que se faz e síntese (DREOSSI, p 39, 2004).

Estudos têm demonstrado que uma sala de aula de boas condições acústicas assegura a compreensão perfeita do que o professor diz e evita que o mesmo se submeta a um esforço vocal para ser compreendido.

3 METODOLOGIA

A metodologia aplicada foi a pesquisa-ação que busca solucionar um problema junto com o grupo pesquisado, sendo o problema um objeto de estudo.

Segundo Thiollent (2005, p.16) uma das definições dessa pesquisa é:

A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

Sendo esta metodologia aplicada dentro do ambiente onde ocorre o problema, onde se objetiva que pesquisados e pesquisadores sintam-se comprometidos com o problema em questão na busca de práticas e na tomada de decisões.

Na metodologia em estudo foi aplicado um questionário com todos os integrantes da comunidade escolar, pais, alunos, professores.

A justificativa para a escolha do

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