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Construção de um instrumento de intervenção pedagógica considerando um caso de problemas comportamentais e aprendizagem de um aluno surdo na escola.

Por:   •  29/8/2018  •  2.403 Palavras (10 Páginas)  •  390 Visualizações

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A verdadeira inclusão do aluno surdo mostra-se como desafio para a escola, ressaltando que para que inclusão realmente aconteça deve se desenvolver um trabalho de capacitação de professores, além de propiciar um ambiente agradável e disponibilizar materiais didáticos adequados para trabalhar com esse tipo de limitação, fazendo com que se cumpra a Lei nº 9394/96, que delega à família, à escola e à sociedade o compromisso para a efetivação de uma proposta de escola para todos.

Para que o processo de inclusão ocorra é necessário que a escola seja modificada, sendo capaz de acolher esses alunos, considerando a diversidade como própria da condição humana tornando o surdo integrante dessa sociedade, concedendo-lhes o direito às mesmas oportunidades e dando lhes espaço para desenvolver suas potencialidades.

A contribuição dessas reflexões possibilitará reelaborar questões sobre a inclusão que se pretende para o deficiente auditivo procurando mostrar a importância da escola na construção da identidade dos surdos.

Na educação inclusiva baseiam-se numa concepção de educação de qualidade para todos e no respeito à diversidade dos educadores uma participação mais qualificada pra o avanço desta importante reforma educacional.

E um grande desafio, fazer com que a inclusão ocorra, sem perder de vista que além das oportunidades, é preciso garantir o avanço na aprendizagem, bem como integral do individuo. A escola de ser um espaço sociocultural onde as diferenças coexistem, nem sempre reconheceu sua existência ou considerou-a na sua complexidade, em todos os elementos do processo pedagógico. Possibilitar essas diferentes presenças de forma harmoniosa e produtiva na escola, sempre foi um desafio, visto que, esta sempre buscou desenvolver um trabalho baseado na homogeneização, baseado e justificado na premissa de que turmas homogêneas facilitam o trabalho do professor e facilitam a aprendizagem.

Assim, a escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a escolaridade como privilegio de alguns grupos. No ensino regular, o currículo a ser desenvolvido com alunos com transtorno globais de desenvolvimento deve ser o mesmo estabelecimento para os demais alunos. E necessário que se tenha cuidado e preocupação em se associar ao trabalho acadêmico a questão nas áreas sócias emocional, que muitas vezes esses alunos requerem. Assim além das capacidades cognitivas e linguísticas há que se proporem ações pedagógicas que estabeleçam o desenvolvimento da capacidade relacionado à interação e integração, social, bem como ao equilíbrio emocional.

No modo geral, a atuação do professor deve visar a potencializaram do desenvolvimento cognitivo, emocional, social e psicomotor, nas relações sociais, nas adaptações organizativas e no desenvolvimento emocional.

Importante que o professor estabeleça claramente, com os alunos, os limites necessários para a convivência no coletivo.

- E fundamental que seja identificada a forma mais adequada de comunicação, para cada aluno, de forma a permitir que ele trabalhe com compreensão, com prazer e com a maior autonomia possível:

- E importante que o ensino seja individualizado, quando necessário, norteado por um plano de ensino que reconheça as necessidades educacionais especial do aluno e a elas responda pedagogicamente.

- E importante que o aluno possa, sempre que possível, relacionar o que esta aprendendo na escola, com as situações de sua própria vida:

Deve-se ter claro, portanto, que o processo de ensino de língua portuguesa escrita será caracterizado por uma realidade diferente para alunos surdos, para os quais o português será uma segunda língua, sem referências linguísticas auditivas. Para estes aprender a escrita da língua portuguesa significa aprender a própria língua e, na maioria das vezes, o primeiro contato com a língua portuguesa ocorrerá nas práticas escolares, nas quais a referência concreta se materializará na escrita. O meio gráfico de representação da escrita privilegia essencialmente os processos visuais para os quais não há impedimento para a apropriação pelos surdos. Dessa forma, é perfeitamente possível que pessoas surdas aprendam uma língua sem nunca ter ouvido ou pronunciado sequer uma de suas palavras, como asseguram os relatos de muitos surdos adultos, não autorizados, que possuem um bom domínio da escrita.

A inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes.

A inclusão de alunos com deficiência auditiva no ensino regular é um assunto que divide opiniões. Enquanto alguns especialistas defendem a matrícula desses estudantes em escolas exclusivamente especializadas até o final do Ensino Fundamental, para que sejam plenamente alfabetizados em Libras e em Língua Portuguesa, outros afirmam que esses alunos devem estar matriculados em turmas de escolas regulares, junto dos ouvintes.

Desde cedo à criança ouvinte tem a oportunidade de conviver com a língua utilizada por sua família. O interlocutor adulto colabora para que a linguagem da criança flua, oportunizando atitudes discursivas que favoreçam a aprendizagem e a identificação de aspectos importantes da língua na qual ela está sendo imersa, e que irá se apropriar ao longo de seu desenvolvimento. As crianças surdas, em geral, não têm a possibilidade desse aprendizado, já que na maioria das vezes não têm acesso a língua utilizada por seus pais (ouvintes). Tais crianças permanecem no ambiente familiar apreendendo coisas do mundo e da linguagem de forma fragmentada e incompleta justamente por sua dificuldade de acesso à língua a qual esta sendo exposta. Entretanto, a maior parte dos surdos atendidos no Brasil não tem acesso a uma escolarização que atente para suas necessidades linguísticas, metodológicas, curriculares, sociais e culturais.

Os surdos encontra-se em classes ou escolas especiais que atuam em uma perspectiva oralista, as quais pretendem em última análise que o aluno surdo comporte-se como um ouvinte, lendo nos lábios aquilo que não pode escutar, falando, lendo e escrevendo a Língua Portuguesa. Ou em escolas regulares, inseridos em classes de ouvintes nas quais, novamente, espera-se que ele se comporte como um ouvinte acompanhando os conteúdos preparados e pensados para as crianças ouvintes, sem que qualquer condição especial seja propiciada para que tal aprendizagem aconteça.

Muitos estudos indicam que pessoas surdas, nessas condições de escolarização, mesmo após vários anos, apresentam dificuldades em relação à aquisição de conhecimentos

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