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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA PARA REDUÇÃO DE CUSTO

Por:   •  28/3/2018  •  4.097 Palavras (17 Páginas)  •  482 Visualizações

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Segundo Slack (2009), o planejamento e controle podem ser de longo, médio e curto prazo. No planejamento a longo prazo, os planos são estabelecidos como o que se pretende fazer e quais os recursos para atingir os objetivos. A ênfase está direcionada mais para o planejamento do que para o controle. Neste caso, as previsões de demanda serão consideradas sem definir atributos e em relação ao estoque, neste estágio é definido se o tipo de estoque a ser utilizado será do modo puxado ou empurrado.

Ainda segundo o autor, o planejamento a médio prazo se preocupa mais com o detalhe. A preocupação tem como foco os planos de contingências que serão dimensionados de modo que permitam desvios nos planos originais. Essas contingências atuarão como recursos de reservas, tornando o planejamento mais prático de ser executado como, por exemplo, verificar a necessidades de mais um turno na organização para que a produção seja mais eficiente.

Por fim, o planejamento em curto prazo será a fase em que os recursos já estão definidos. Portanto, há um maior grau de dificuldade quanto a alterações de grande porte. Porém, as pequenas alterações são possíveis, já que a demanda será avaliada de forma mais detalhada. Um exemplo de planejamento a curto prazo está relacionado com a organização do estoque fisicamente, visto que já se sabe a necessidade e a prioridade dos materiais (SLACK, 2009).

Segundo Ballou (2010), o planejamento e controle de estoque é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais de uma empresa.

A necessidade de suprir uma demanda inesperada é uma das principais razões que levam as empresas a estocar produtos e matérias-primas. O desequilíbrio entre esta demanda e o fornecimento de materiais em diferentes estágios da operação é o que conduz a diferentes tipos de estoque.

Os estoques agem como amortecedores entre oferta e demanda, possibilitando uma produção mais constante, portanto a previsão da demanda é o ponto de partida de todo planejamento de estoques de acordo com Dias (2005), pois estabelece estimativas futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa. Define quais produtos, quanto desses produtos e quando serão comprados pelos clientes através de hipóteses quantitativas e qualitativas.

Segundo Dias (2005), os principais tipos de estoque encontrados em uma empresa são: matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados, e peças de manutenção.

As matérias-primas são os materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado. O volume real de cada matéria-prima depende do tempo de reposição que a empresa leva para receber seus pedidos, da frequência do uso, do investimento exigido e das características físicas do estoque.

Para Slack (2009), o chamado estoque de produtos em processo baseia-se, essencialmente, em todos os artigos solicitados necessários à fabricação ou montagem do produto final, durante as várias fases de produção.

Os itens que já foram produzidos consistem no estoque de produtos acabados, levando em consideração, principalmente, a variável relativa às flutuações de demandas (SLACK, 2009)

Nessa linha de raciocínio, as empresas que produzem por encomenda mantêm estoque baixo de produtos acabados, ao contrário das que produzem para estoque, com alto índice de armazenamento de produtos acabados.

De acordo com Ballou (2010), o estoque de segurança ou mínimo é de suma importância do ponto de vista administrativo, pois são as quantidades guardadas para garantir o andamento do processo produtivo caso ocorra aumento na demanda do item por parte do processo ou atraso no abastecimento futuro.

Diante disso, a minimização de desperdícios na produção, ocupa um papel importante dentro da empresa, de modo a atingir a uma melhor produtividade, como por exemplo, não desperdiçar capital com peças defeituosas, estocar somente o necessário, ganhar agilidade na produção com mudança de layout e minimizar desperdício de tempo que geram perdas de produtividade. (OHNO, 1997 apud SILVA, 2013).

Ohno (1997) apud Silva (2013) observa que, para uma redução efetiva dos custos da produção, os desperdícios devem ser totalmente analisados e ponderados, uma vez que estão inter-relacionados e são facilmente encobertos pela complexidade de uma grande organização.

Desse modo, as empresas devem buscar a máxima redução possível de seus estoques de forma a proporcionar a produção nos custos, e se atentar às questões de como utilizar ferramentas da qualidade em seus produtos e processos.

Custos

Com o mercado globalizado, mudanças têm ocorrido nas estratégias e nas práticas gerenciais das organizações refletindo na gestão de custos. Com isso, as empresas buscam o aumento da eficiência e eficácia das atividades de planejamento, execução e controle além da redução de custos de diversas formas (MARTINS, 2009).

Na empresa prestadora de serviços os custos para realizar suas atividades operacionais correspondem aos gastos relativos à execução dos serviços. As despesas correspondem aos gastos relacionados à administração da empresa e à geração de receitas incorridas durante o exercício (PARISI; MEGLIORINI, 2011).

De acordo com Parisi e Megliorini (2011), o custo possui duas classificações que permitem determinar o custo de cada produto fabricado e seu comportamento em diferentes volumes de produção em relação aos produtos fabricados, os mesmos são classificados em diretos ou indiretos.

De acordo com Anjos (1995), custo direto é aquele ligado diretamente ao produto ou serviço prestado, não sendo necessária nenhuma metodologia de rateio. É apropriado aos produtos ou serviços por meio de alguma medida de consumo, como por exemplo, mão-de-obra direta, material, medicamentos, dentre outros.

Já o custo indireto, para o autor, é aquele que não está relacionado diretamente a cada tipo de bem ou serviço, ou seja, são referentes à administração como, por exemplo, transporte, alimentação de pessoal, contas de telefone, água, luz, etc.

Para Parisi e Megliorini (2011), uma das classificações de custos diz respeito ao seu comportamento em diferentes volumes de produção, gerando uma classificação qe os distinguem entre custos fixos e custos variáveis.

Segundo os autores, o custo fixo independe do volume de produção, pois está vinculado à estrutura da planta industrial e não ao seu funcionamento. Já o custo variável, conforme ANJOS (1995) é dependente do processo produtivo,

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