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Ligaçoes Preliminares do Direito

Por:   •  15/3/2018  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  260 Visualizações

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A Igreja Católica é considerada a maior detentora de terras nesse período, sendo que o ensino religioso teve um forte poder de persuasão sobre a Europa Ocidental, possibilitando à igreja uma organização similar à de um governo central forte. Comparavelmente aos senhores seculares, os senhores eclesiásticos exploravam o servo, porém proporcionando-o ajuda espiritual ao invés de proteção.

Além dos feudos, havia na Europa medieval diversas cidades de atividade manufatureira, controlada pela guilda, que era associação de artesãos, comerciantes e outros, que vendiam seus produtos ao feudo, que poderia executar transações em comércios distantes. Está relacionada ao processo de renascimento comercial e social, intervindo também nas questões religiosas, estabelecendo regras de conduta aos seus filiados. Embora exercessem o controle sobre as atividades econômicas, preocupavam-se mais com a salvação das almas de seus associados do que com obtenção de lucros, cuidando para que levassem uma vida baseada nos costumes da igreja.

A versão medieval da tradição judeu-cristãfoi a ideologia usada pelos senhores feudais com o objetivo de se fortalecerem no poder. Essa ideologia é chamada pelo autor de “ética paternalista cristã”, que é mais facilmente compreendida quando comparada à uma família, onde os homens de poder são como os pais (chefes de família), enquanto os homens comuns como um filho, que aceita e se submete às condições impostas pelo chefe da família.

Os judeus do antigo testamento já se consideravam uma família, filhos de um só Deus e, logo, irmãos. A lei mosaica pretendia justamente manter esse sentimento de grande família. Os judeus tinham em seu regulamento, dentre os mais importantes, as prescrições para prevenir a pobreza ecuidar do próximo, como por exemplo a ideologia de que cada um era responsável pela manutenção do irmão e que o mais importante de todos os deveres para o rico deveria ser cuidar dos pobres. Nem sempre se cumpria esses deveres, havia ainda extremos entre a riqueza e a pobreza.

No novo testamento, reforçou-se essas tradições mosaicas, visto que Cristo pregava o amor e a preocupação com o próximo, mostrando a importância da caridade e da esmola, parecendoaté condenar os ricos por assim o serem, porém, mais adiante conclui-se que essa forma de pensamento é oriunda do evangelista Lucas, não de Cristo.

No início do período feudal, a Ética Paternalista estava fortemente inserida na cultura europeia, acreditava-se que o homem ganancioso não era um bom homem, sendo assim a ganância condenada. Tinham a concepção de que a fortuna e o poder era uma dádiva de Deus e que era necessário usá-los da melhor forma para o bem-estar de todos.

A conduta do homem medieval baseava-se bastante nos conceitos citados anteriormente, no qual se derivava da ética paternalista cristã, que tinha como conceito o uso da propriedade privada para dar assistência aos pobres e prestar serviços à sociedade. Essa relação econômica existente passou a ser considerada, então, um sistema de ordenação natural e eterno, no qual os servos deveriam aceitar a posição social na qual ele nasceu e de forma alguma contestar os direitos ou as regalias dos detentores do poder, fundamentado na ideia de que nunca poderia haver mudança em sua vida econômica e social.

O acumulo de bens nessa época era condenado severamente pela ética paternalista, ela se opunha a qualquer forma de se obter lucro sobre o semelhante que necessitava de caridade, por isso o empréstimo de dinheiro com juros era terminantemente proibido, apesar de que algumas vezes o próprio clero desobedecia tal lei. Qualquer forma de acumulo de bens era considerada exploração, um exemplo seria o preço justo no qual obrigava os mercadores a venderem as suas mercadorias por um preço que compensasse os esforços feitos no transporte do produto e na busca de um comprador.

De certa forma, esta característica anticapitalista que os feudais impunham era a de não deixar que, de forma alguma, houvesse o acúmulo de bens, porémao analisarmos a situação observaremos quejá havia acúmulos por parte dos senhores feudais, que eram considerados na cultura paternalista os pais da sociedade, aqueles que dariam ordens, mas que também tinha o dever de zelar pelo bem comum na sociedade, no entanto isso não acontecia na prática, pois o desenvolvimento da ciência era bloqueado pela inquisição e isso prendia a sociedade à dogmas inquisitórios.

E em meio a tantas restrições surge o mercantilismo que traria para a sociedade uma nova forma de pensara respeito do capitalismo e da obtenção de lucro, e aqueles que estavam na ditadura dos dogmas inquisitórios se tornavam os pioneiros desse novo pensamento.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

HUNT, E. K., SHERMAN, Howard J. História do Pensamento Econômico, tradução de Jaime Larry Benchimol, Petrópolis, Editora Vozes.

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