FICHAMENTO - LEITURA E ENSINO - MENEGASSI

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Esta abordagem na avaliação está estreitamente ligada com as mudanças nas abordagens de ensino, pois na concepção tradicional as avaliações de leitura não passavam de mera decodificação do texto. Com a evolução das teorias sentiu-se a necessidade de modificar estas avalições para suprir o que a nova abordagem sócio construtivista requer que é formar um leitor critico, que seja capaz de fazer inferências com o texto de acordo com seu meio social.

A avalição formativa deve ocorrer de várias maneiras, de acordo com a necessidade do professor de acordo com os alunos. Ele tem a obrigação de diversificar seus meios de avaliação, podendo utilizar vários métodos entre eles, questionário, leitura em voz alta, representação com mapas, desenhos, resumos, resenhas, fichamentos etc.

A avaliação formativa não avalia somente o aluno, mas o professor também, pois ele deve ter consciência que se o aluno não atingiu o objetivo ele deve rever suas posturas, modificar seu planejamento para que haja maio aprendizado. O professor através da avaliação pode retirar vários dados como nível de leitura dos alunos, interpretação crítica, habilidade de resumir o texto com suas próprias palavras. Assim o professor observa as maiores dificuldades dos alunos podendo trabalha-las da melhor forma possível.

O autor faz uma análise de qual a forma mais comum de avaliar a leitura e chega a conclusão que é o questionário, ou seja perguntas. Ele afirma que este método tem muita funcionalidade, porem os professores devem tomar cuidado ao elaborar as questões. Elas não podem ser somente de decodificação mas devem ir além do texto, superar as linhas, fazer com que as mesmas sirvam de guia para ler nas entrelinhas do texto.

Outro método de avaliação muito comum é a leitura em voz alta, que não deve ocorrer somente como forma de relação entre o grafema e o fonema. Porem deve superar os limites do aluno fazendo com que ele possa aprender pontuação, entonação através da leitura.

TRANSCRIÇÕES DO TEXTO

- “Não podemos deixar de compreender que os princípios da avalição são os mesmo em qualquer disciplina, ou seja, conhecer o que o aluno aprendeu e saber o que foi efetivamente internalizado pelo ensino oferecido. ” (MENEGASSI, 2010)

No trecho acima o autor destaca a importância da avaliação de leitura nas escolas, que por muitas não é tratada da mesma forma que as demais disciplinas, por ser considerada com menor valor.

- “Atualmente discute-se o que se tem denominado avaliação formativa de leitura. Essa avaliação, definida no seio da concepção sócio interacionista de linguagem, a qual concebe a língua como uma realidade sócio histórica, a partir de bases do sócio construtivismo, propõe não mais uma avaliação de um produto pronto, centrada exclusivamente ao final do processo de leitura, no qual se pode “estabelecer um balanço do que o aluno aprendeu” (SOLÉ, 1998, p. 164), como se fosse averiguação da somatória dos conhecimentos que o aluno guardou na memoria (o que não significa ‘aprender’), uma mensuração do saber declarativo do aluno, que ele pode expor de maneira e declarar o que aprendeu. [...] (MENEGASSI, 2010)

Nesta citação o autor aponta que esta denominação recente da avaliação formativa se liga ás novas concepções de ensino, pois ela se baseia no sócio construtivismo. A qual deve avaliar o processo de aprendizagem como um todo, não somente o produto, pois a avalição deve acontecer de forma gradual, diagnostica e continua.

- [...] o critério básico para avaliação formativa, entendida como o rompimento com o critério principal da avaliação tradicional, é a noção de “diversificação de instrumentos avaliativos”. Desta maneira, não se pensa mais em uma prova única que inclua todos os pontos ensinados aos alunos, que são mensuráveis nesse estilo de instrumento. Pensa-se na construção de instrumentos que avaliem os diferentes componentes e momentos de leitura, que permitam o acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem da leitura tanto pelo professor, quanto pelo aluno. (MENEGASSI 2010)

No trecho acima o autor evidencias a importância do professor trazer diferente avalições para a sala de aula, para que a avalição ocorra em diferente momentos, não somente no final do um bimestre por exemplo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parametros curriculares nacionais: primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC/SEF,1997.

MENEGASSI, R. J. Compreensão e interpretação no processo de leitura: noções básicas ao professor. Unimar, Maringá, v.17, n.1, p. 85-94, 1995.

SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Desenvolvimento de habilidades de estudo. São Paulo: EPU, 1992.