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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL- TEMÁTICAS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA

Por:   •  15/4/2018  •  5.112 Palavras (21 Páginas)  •  437 Visualizações

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Ou seja, a falta e a abundância de voz das crianças se dão muito mais em função das suposições feitas pelos adultos do que das próprias capacidades expressivas das crianças. O que levanta a questão de que a palavra voz pode significar muitas coisas. Desde a oralidade até mesmo ao grafismo, extrapolando o que se diz para o que se comunica. Lee (2010) busca entender essas ambiguidades que o termo “voz” traz para as crianças.

A privação de voz das crianças é produto de um desenvolvimento histórico que a considerou como inferior, submissa, incapaz, entre outros adjetivos pejorativos. A criança era posicionada como um “vir-a-ser humano” em vez de como um “ser humano” (LEE, 2010). Percebemos então, que a criança não é muda, mas foi silenciada pelos mecanismos políticos, a fim de mantê-la na sua posição inferior, e proteger a efetividade da voz dos adultos. Crianças possuem voz sim, e precisamos aprender a ouvi-las, bem como compreender suas mais diversas formas de comunicação.

Dar voz às crianças então, não é apenas permitir que elas falem, mas além disso, é reconhecer que elas falam e que suas vozes possuem extrema importância nos mais diversos contextos. As crianças não são mudas. Elas aprendem a se comunicar desde que nascem, através do choro, de expressões faciais, de balbucios, e mais adiante, de garatujas, e etc. Aprendem a oralidade, como a conhecemos, durante o seu desenvolvimento. E a linguagem oral é fundamental para sua comunicação, pois a partir da compreensão do que é dito e de como se diz, as crianças criam capacidades para falar. Mas a comunicação é algo presente desde cedo e deve ser problematizada nos seus devidos fins.

Jogos educativos e interação com as outras crianças são formas que contribuem para dar voz a criança, contribuem muito para a Educação Infantil porque eles, além de proporcionar brincadeiras que são fundamentais para a socialização e amadurecimentos das crianças, têm um objetivo, uma proposta adequada às diferentes idades e fases do desenvolvimento infantil.

ATIVIDADE 3

O terceiro fundamento da prática no campo da educação infantil é o conhecimento que decorre de pesquisas e teorias científicas formuladas no próprio campo da educação infantil ou em disciplinas correlatas: da Saúde à Psicologia, passando pela Educação, Antropologia, História, Sociologia e, nas últimas décadas, centrando-se cada vez mais na Economia.

O que distingue o conhecimento científico dos demais fundamentos da educação infantil? Com certeza não significa que tal fundamento seja neutro, apolítico ou que não se apoie na intuição. Considero que o que distingue o conhecimento científico é que, além de ultrapassar o aqui e agora do contexto de sua produção (mesmo guardando os atributos de ser sempre histórico), ele oferece uma interpretação da realidade que não é imposta, mas que pode ser provada. "Provar é apresentar razões, fundamentações, evidências, elucidação; impor é afirmar ou aceitar, silenciar os questionamentos ou discordâncias. Provar é tratar o outro como pessoa capaz de ser convencido; impor é tratar o outro como uma pessoa que deve ser submetida" (Thompson, 1995, p. 411).

Neste sentido, o conhecimento científico é público e os argumentos em que baseia suas interpretações devem passar pelo confronto da crítica dos pares. Assim, sustento que um indicador de uma saudável comunidade científica é a disponibilidade para a competição entre diversas perspectivas, o confronto público, o pluralismo. "É provável que, ao contrário de um processo de concentração, tais condições de pluralismo serão adequadas para que a pesquisa desempenhe seu papel de acelerar o processo de aprendizagem na área de elaboração de políticas" (Lauglo, 1997, p. 29). Advogo que o conhecimento científico quando assim conceituado constitui um instrumento auxiliar na formulação e avaliação de políticas sociais. Explicitarei, a seguir, seus limites e possibilidades. Para tanto, é necessário conceituar o que sejam políticas sociais.

ATIVIDADE 4

Essa concepção se fundamenta na diversidade e individualidade, onde cabe ao professor a tarefa de individualizar as situações de aprendizagens oferecidas às crianças, considerando suas capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas assim como os conhecimentos que possuem dos mais diferentes assuntos e suas origens socioculturais diversas. Isso significa que o professor deve planejar e oferecer uma gama variada de experiências que responda, simultaneamente, às demandas do grupo e às individualidades de cada criança.

Considerar que as crianças são diferentes entre si, implica propiciar uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem suas necessidades e ritmos.

Essas interações promovem avanços naquilo que a criança é capaz de realizar com a ajuda dos outros, ou seja, no seu desenvolvimento potencial. A distância entre o nível de desenvolvimento potencial e o real foi conceituada pelo pesquisador russo L. S. Vygotsky (1886-1936), como zona de desenvolvimento proximal. Esta zona é caracterizada pela distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar por meio da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado por meio da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com parceiros mais experientes. Iolanda Huzak individuais, visando a ampliar e a enriquecer as capacidades de cada criança, considerando-as como pessoas singulares e com características próprias. Individualizar a educação infantil, ao contrário do que se poderia supor, não é marcar e estigmatizar as crianças pelo que diferem, mas levar em conta suas singularidades, respeitando-as e valorizando-as como fator de enriquecimento pessoal e cultural.

A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação (BRASIL, 1998, p. 23).

ATIVIDADE 5

Cuidar e educar é impregnar a ação pedagógica de consciência, estabelecendo uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade, peculiares à infância. Desta forma, o educador deve estar em permanente estado de observação e vigilância

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