A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO ENSINO SUPERIOR

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O presente trabalho elencou como objetivos específicos: Identificar o nível de decodificação, compreensão, interpretação e retenção dos alunos acadêmicos entrevistados; Identificar o nível de interesse de leitura dos alunos acadêmicos entrevistados e Apresentar os motivos que conduzem os alunos entrevistados a não praticar a leitura no âmbito acadêmico.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A leitura é um hábito essencial na vida do acadêmico, pois é na graduação que o aluno irá utilizá-la com maior frequência no seu curso.

Este estudo é baseado em uma pesquisa descritiva quantitativa e qualitativa, com base nos critérios psicolinguísticos de Cabral (1986), visando analisar a prática de leitura dos acadêmicos de diversos cursos das universidades de Teresina, observando se os mesmos têm obedecido às etapas de decodificação, compreensão, interpretação e retenção. Os dados desta pesquisa foram obtidos através de questionários. Os questionários foram aplicados a estudantes de cursos superiores de diversas universidades desta capital, constituídos por 12 questões cada, com alternativas para marcar e opções para resposta pessoal por escrito.

Nesta perspectiva, através desta pesquisa obteve-se um breve diagnóstico sobre a prática de leitura dos alunos do Ensino Superior de diversas universidades de Teresina. O objetivo desta pesquisa é avaliar a prática de leitura por parte dos alunos de nível superior com base nos critérios psicolinguísticos de Cabral (1986), identificar como esses alunos têm feito suas leituras, isto é, se a prática desses alunos do ensino superior tem obedecido às etapas de decodificação, compreensão, interpretação e retenção.

Segundo Cabral (1986), na decodificação, há a ligação entre o reconhecimento do material linguístico com o significado que ele fornece; Na compreensão, o aluno deve captar o sentido do texto lido. Deve saber do que se trata o texto, qual a tipologia usada, compreender o que o autor pretendeu passar e ser capaz de resumir em duas ou três frases a essência do texto, a respeito disso, Menegassi; Calciolari (2002) complementa que “nesse caso, a compreensão só ocorre se houver afinidade entre o leitor e o texto; se houver uma intenção de ler, a fim de atingir um determinado objetivo.”; Na interpretação, o aluno deve interpretar uma sequência de ideias ou acontecimentos que estão implícitas no texto; Na retenção, o aluno deve ser capaz de reter as informações trabalhadas nas etapas anteriores e aplicá-las: fazendo analogias, comparações, reconhecendo o sentido de linguagens figuradas ou subtendidas, e o principal, aplicar em outros contextos refletindo sobre a importância do que foi lido fazendo um paralelo com seu cotidiano, aprendendo com isso, a fazer suas próprias análises críticas. A retenção, diz respeito ao armazenamento das informações mais importantes na memória de longo prazo. Essa etapa pode concretizar-se em dois níveis: após a compreensão do texto, com o armazenamento da sua temática e de seus tópicos principais; ou após a interpretação, em um nível mais elaborado.

Os questionários foram distribuídos com o objetivo de traçar o perfil de leitura dos acadêmicos e conforme os dados obtidos identificar o nível de decodificação, compreensão, interpretação e retenção dos alunos participantes da pesquisa. Os questionários continham 10 questões com alternativas para marcar, cada questão com uma opção para respostas pessoais.Vinte questionários foram entregues, uns pessoalmente, outros foram distribuídos via redes sociais.

Quando os alunos foram questionados sobre o tipo de leitura que mais gostavam (Gráfico 1), a maioria respondeu que eram livros não didáticos, correspondendo a 42% das respostas, enquanto 14% escolheram textos técnico-científicos.

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Gráfico 1 - Que tipo de leitura você prefere?

Um dos alunos afirmou em resposta pessoal que não gostava de ler textos impressos, preferia ler e textos virtuais, outro respondeu que não gostava de ler e fazia apenas por obrigação e alguns afirmam não ler por falta de tempo. No entanto, em outras respostas os alunos consideram as leituras técnicas e científicas muito cansativas, talvez por causa da própria dificuldade em entendê-las e interpretá-las.

De acordo com Kleiman (1993):

[...] a leitura só é difícil ou cansativa (e exige esforços) quando não se sabe ler, quando se deve traduzir a escrita para compreendê-la.

Neste segundo gráfico, apresentamos a seguinte pergunta: "Quantos livros técnico-científicos você lê mensalmente?" Cuja resposta forneceu os seguintes dados: 29% responderam que liam um livro por mês, 28% responderam que liam três livros por mês, 20% dos alunos não especificaram o número exato de livros que liam por mês, e 23% não leram livros.

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Gráfico 2 - Quantos livros técnicos você lê mensalmente?

Na questão de número dois que trata-se da quantidade de livros técnicos lidos por mês, encontramos 23% de alunos que não leram livros técnicos alguns por não gostarem de ler livros obrigatórios, ressaltando o desinteresse da leitura por parte do aluno acadêmico.

Na terceira pergunta, sobre a quantidade de livros não obrigatórios lidos mensalmente, 28% afirmaram ler pelo menos um livro não obrigatório por mês, enquanto que 35% de alunos afirmaram não fazer leitura mensal, uns por não gostarem de ler e outros por falta de tempo. O gráfico número três representa a pergunta: "Quantos livros não obrigatórios você lê por mês?" De acordo com o gráfico observa-se o interesse nas leituras não obrigatórias, 45% dizem que lêem um livro por mês, 25% lêem2, 24% não especificaram a quantidade de livros lidos e 6% não lêem livros.

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Gráfico 3 - Quantos livros não obrigatórios você lê por mês?

Na questão de número 4, quando questionados sobre a prática de todas as leituras propostas pelo professor, as respostas foram seguidas por vários comentários. Alguns afirmaram praticar a leitura proposta pelo professor mesmo não sendo interessante, outros diziam ler de forma corrida e outros ainda afirmaram estudar apenas o tema que mais lhes interessavam.

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Gráfico