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Comercialização de figo e goiaba no município de Valinhos: Desafios e desvalorização do produto até a exportação.

Por:   •  25/12/2017  •  2.004 Palavras (9 Páginas)  •  348 Visualizações

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feito de bronze na entrada do Parque Municipal de Feiras e exposições “Monsenhor Bruno Nardini”, local que leva o seu nome e onde é realizada anualmente a Festa do Figo.

Figura 1- Lino Busato, introdudor do figo roxo em Valinhos

Fonte: Revista Figo A flor que projetou Valinhos 2014

Figura 2- Padre Bruno Nardini, Fundador da Festa do Figo

Fonte: Revista Figo A flor que projetou Valinhos 2014

1.2. Goiaba

Família: Myrtaceae

Nome científico: Psidium guajava L.

Nome popular: Goiaba

Origem: América do Sul.

A goiabeira é originária da América do Sul, especialmente do Brasil e das Antilhas. Provavelmente a fruta tenha se expandido pela América do Sul e Central devido à zoocoria (quando as sementes de frutas são ingeridas por pássaros e pequenos animais e são dispersas pelas suas fezes).

A expansão da goiaba no restante do globo foi devido à sua fácil adaptação a diversos climas e solos, então através dos colonizadores europeus foi levada para regiões africanas e asiáticas.

No Brasil a goiaba já era utilizada pelos nativos como remédio para dores de garganta e problemas digestivos. No Peru era usada como antitranspirante pelos índios.

O estado de São Paulo destaca-se pelo cultivo de goiaba, a comercialização da fruta surgiu a partir de 1939 com Sasuko Sawabe. A partir de 1970, através dos japoneses que vieram para o Brasil o cultivo da goiaba teve uma mudança, eles começaram a ensacar as frutas para que as mesmas não fossem atingidas pela mosca da fruta.

A partir dessa época também surgiram novas variedades de goiaba, isso se deu através do cruzamento entre as espécies da fruta, muitas frutas ganharam o nome dos seus criadores, por exemplo, a Kumagai, que é a mais cultivada do estado, se originou do cruzamento da goiaba Australiana com a IAC-4 e foi criada por Haruo Kumagai na cidade de Campinas.

Em Valinhos a principal variedade de goiaba mais cultivada é a Branca de Valinhos, Branca de Kumagai ou Kumagai, essa surgiu do cruzamento da goiaba comum com a Australiana.

O cultivo da fruta veio crescendo paralelamente ao cultivo do figo, em certo momento chegou ultrapassar em área plantada e na produção. Hoje Valinhos é um dos maiores produtores de goiaba do país chegando exportar para países como França e Inglaterra e alem da cidade ser considerada a Capital do Figo Roxo é considerada a maior produtora de goiaba.

1.3. Festa do figo, Expogoiaba e o Circuito das Frutas

Sem dúvida a produção de figo e goiaba foram uns dos fatores que ajudaram no crescimento e desenvolvimento da cidade.

Hoje Valinhos é conhecida nacionalmente como Capital do Figo Roxo e um dos maiores produtores de goiaba de mesa da região, chegando a exportar para países da Europa, como a França.

Tudo começou com a ideia do Padre Bruno Nardini que contou com grande participação da comunidade iniciando a Festa do Figo.

A primeira festa ocorreu em 1940, nessa época o local usado para o festejo era ao lado da velha igreja, na Praça de São Sebastião.

A primeira festa foi bem simples e só tinha figos para exposição, a partir da segunda com a divulgação de jornais da época a cidade começou receber mais visitantes e foram incluídas outras frutas. Com o passar dos anos a festa foi ganhando destaque na região, o que tinha por objetivo arrecadar fundos para construção da matriz, acabou promovendo a fruta e incentivando o consumo. Em 1949 então foi realizada a 1ª Festa Oficial do Figo.

Uma característica da festa era e ainda é a venda das frutas diretamente do produtor para o consumidor, sem passar por intermediários.

Até 1955 Valinhos era um distrito de Campinas. Nesse ano a festa marcou a emancipação da cidade, o padre Bruno Nardini deixou a igreja de São Sebastião para ser vice-reitor do Seminário Imaculado.

A partir de 1968 devido ao grande número de visitantes que a festa recebia a cada ano, faltava espaço para realização do evento que mudou de local para frente da Prefeitura.

Nesse período também as indústrias que iniciavam desenvolvimento na cidade começaram a participar da festa como: a Gessy Lever hoje Unilever e a Rigesa. A organização da festa então fica a cargo da Prefeitura municipal a partir de então se cria a primeira Comissão Organizadora da Festa do Figo.

Em 1969 a festa foi realizada na Praça Washington Luiz e ali permanecendo até o ano de 1976 quando começou ser realizada no Parque Municipal de Feiras e Exposições.

Conjuntamente com as festas a produção de figo e de outras frutas como a maçã e a goiaba foram crescendo e em 1979 após ser escolhida como maior produtora de maçã da variedade Ohio Beauty, pela Associação Brasileira de Produtores de Maçã, Valinhos sediou a Feira Nacional da Maçã, juntamente com a Festa do Figo, que nessa época já estava na sua 30ª edição.

Até a década de 90 o que predominava em Valinhos eram as plantações de figo, foram colhidas cerca de dezenove mil toneladas da fruta e comparativamente mil toneladas de goiaba.

Assim, o cultivo da goiaba foi ganhando destaque e a partir de 1995 começou ser realizada juntamente com a Festa do Figo a Expogoiaba. Segundo dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) desde 97 a produção de goiaba começou ser superior a do figo. Atualmente em Valinhos, de acordo com a Seade a produção de goiaba chega movimentar mais de R$ 28 milhões e a do figo cerca de R$ 2 milhões.

A Festa do Figo e a Expogoiaba, desde seu início até os dias atuais foi a maneira encontrada para desenvolver a economia da cidade, aumentar a geração de renda e o reconhecimento do trabalho dos produtores locais.

Considerando a grande produção de frutas Valinhos faz parte do Circuito das Frutas que é uma região formada por dez municípios onde predomina a cultura europeia, devido ao grande número de imigrantes vindos principalmente da Itália e ainda pela alta produção de frutas do estado de São Paulo.

Essas cidades

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