Ética Politica em Serviço Social
Por: Evandro.2016 • 17/1/2018 • 1.838 Palavras (8 Páginas) • 330 Visualizações
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- Reflexão: Nesse segundo ponto diz quê, toda a forma de proposta traçada para com a sociedade possui uma parte da política envolvida e que se mantém em desenvolvimento mesmo em meio às contradições econômico e políticas das classes sociais. O projeto profissional, que é o projeto coletivo segue ligado também ao projeto político apartado de interesses de classes onde esse requer uma organização dos membros dessa categoria. Onde por meio dessa constrói-se uma rota social resultado das atuações diversas do profissional, sendo esse projeto profissional uni-se a certo projeto societário sendo esse também coletivo, mas com propostas e demandas para atender uma sociedade a ser construída.
2.1 Elementos constitutivos do projeto ético-político do Serviço Social
“Os elementos construtivos do projeto ético-político do Serviço Social e os componentes que o materializam no processo sócio-histórico da profissão. São: a) o primeiro se relaciona com a explicitação de princípios e valores ético-político; b) o segundo se refere à matriz teórico-metodológica em que se ancora; c) o terceiro emana da crítica radical à ordem social vigente – a da sociedade do capital – que produz e reproduz a miséria ao mesmo tempo em que exibe uma produção monumental de riquezas. d) o quarto se manifesta nas lutas e posicionamentos políticos acumulados pela categoria através de suas formas coletivas de organização políticas em aliança com os setores mais progressistas da sociedade brasileira. Todos esses elementos constitutivos têm em sua base os componentes que lhe dão materialidade. Ou seja, eles passam a ganhar visibilidade social – por meio de determinados componentes construídos pelos (as) próprios (as) assistentes sociais. São eles: a) a produção de conhecimentos no interior do Serviço Social, através da qual conhecemos a maneira como são sistematizadas as diversas modalidades práticas da profissão, onde se apresentam os processos reflexivos do fazer profissional e especulativo e prospectivos em relação a ele. b) as instâncias político-organizativas da profissão, que envolvem tanto os fóruns de liberação quanto as entidades da profissão: as associações profissionais, as organizações sindicais e, fundamentalmente, o conjunto CFESS/CRESS, a ABEPSS, além do movimento estudantil representado pelo conjunto de CAs e Das e pela ENESSO. São por meio dos fóruns consultivos e deliberativos dessas entidades que são consagrados coletivamente os traços gerais do projeto profissional, onde são consagrados coletivamente os traços gerais do projeto profissional onde são reafirmados (ou não) compromissos e princípios. c)
- Reflexão: Vejamos, quer dizer que a partir desses componentes os elementos constitutivos do projeto ético-político se materializam, mas não quer dizer que esses itens passem a permitir a ação histórico-concreta dos quatro elementos anteriormente mencionados, logo que esse é o mecanismo que torna viável o projeto profissional na realidade objetiva, acaba tomando o projeto ético-político como, mais uma vez, uma projeção coletiva dos assistentes sociais. E a partir das contradições de classes que determinam a profissão, os assistentes sociais passam a poder escolher caminhos, construir estratégias político-profissional e definir os rumos da atuação desde que seja num espaço de democracia política, com isso projetando ações que demarquem claramente os compromissos (ético-político) profissionais.
- Os desafios ao projeto ético-político na entrada do século XXI
“Desde os anos 1970, o Serviço Social brasileiro vem construindo um projeto profissional comprometido com os interesses das classes trabalhadoras. A chegada dos princípios e idéias do Movimento de Reconceituação deflagrado nos diversos países latino-americanos somada à voga do processo de redemocratização da sociedade brasileira formou o chão histórico para a transição para um Serviço Social renovado, através de um processo de ruptura teórica, política com os quadrantes do tradicionalismo que imperavam entre nós, ai a gênese do projeto ético-político na segunda metade da década de 1970. O avanço do projeto nos anos de 1980 deveu-se à construção de elementos que o matizaram entre nós, entre eles, o Código de Ética de 1986. O processo de consolidação do projeto pode ser circunscrito à década de 1990, que explica a nossa maturidade profissional através de um escopo significativo de centros de formação. A década que se inicia nos mostra dois processos inter-relacionados: a continuidade do processo de consolidação do projeto ético-político e as ameaças que sofre diante das políticas neoliberais que repercutem no seio da categoria sob forma de um neoconservador ismo profissional. A pós-modernidade expressa esse caldo de cultura e pode ser considerada a base ideocultural, ou as “expressões ideoculturais da crise capitalista” sobre a qual a ordem burguesa se apóia para se manter dominante. Mas a ofensiva do capital não se resume ao neoliberalismo e á pós-modernidade. O esgotamento da fase áurea do capitalismo abriu uma crise estrutural que teve como principal desdobramento a queda das taxas médias de lucros dos grupos monopolistas e redução dos padrões de crescimento econômico experimentados naqueles anos. A busca pela “restauração do capital” se dirigiu para todos os setores que passaram a inibir a acumulação do capital: ela se deu tanto no campo estritamente econômico-produtivo, quanto no universo financeiro da burguesia, demandando alterações no mundo da política e da cultura.”
- Reflexão: Como dito, no ano de 1970 houve a ruptura do Movimento de Reconceituação, e esse Movimento surgiu com a necessidade de adequar as práticas profissionais a realidade do País e a ruptura com o Conservadorismo. Os anos seguintes tiveram uma continuação no avanço desse projeto, onde em 1980 ocorreu o desenvolvimento de princípios que matizou o Código de Ética de 1986. Nesta mesma década, avaliaram os avanços em torno do projeto que estava relacionado à produção teórica, essa que engrandece de forma relevante e traz pontos fundamentais ao modo de renovação, tais como questão de metodologia, as políticas sociais e os movimentos sociais. Com o interesse de continuidade em consolidar o projeto ético-politico surge também ameaças logo que o neoliberalismo defendia a não participação do estado na economia e na intervenção do governo no mercado de trabalho. Com a chegada da pós-modernidade, a classe burguesa tentando se manter dominante aproveitando-se da base ideocultural, então ocorreram
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