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Resumo Crítico sobre o Serviço Social

Por:   •  20/12/2018  •  2.752 Palavras (12 Páginas)  •  270 Visualizações

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Foi constatado através de investigações sobre o mercado de trabalho de Serviço Social realizadas em diversas regiões, que no Brasil ainda não tem ocorrido uma redução global de demandas de Assistentes Sociais, encontramos, uma sensível diminuição de postos de trabalho no Estado, (vagas que já não são mais preenchidas) com cortes dos recursos orçamentários para as políticas sociais e um aumento de trabalhadores voluntários e de terceirização dos serviços. Registra-se no atual contexto, mudanças nas atividades que já foram atribuídas ao Assistente Social, atualmente exige-se, cada vez mais, que integre equipes interdisciplinares, que atue no âmbito da formulação e implementação das políticas sociais, impulsadas pelo processo de municipalização, que tenha contato com o mundo da informática e conheça as novas tecnologias e as formas de gestão administrativa, entre outros aspectos.

É importante destacar que apesar do maior empregador ainda ser o Estado, também existe uma tendência de abertura para novas vertentes de trabalho em outras esferas, como nas Organizações Não Governamentais, ampliação das consultorias devido à terceirização dos serviços, e nos serviços privados de saúde entre outros. Atualmente exige-se, cada vez mais, que integre equipes interdisciplinares, que atue no âmbito da formulação e implementação das Políticas Sociais, impulsadas pelo processo de municipalização, que tenha contato com o mundo da informática e conheça as novas tecnologias e as formas de gestão administrativa entre outros aspectos. No bojo das discussões, a preocupação que é merecedora de destaque refere-se ao Serviço Social como profissão, que deve ir de encontro a esta nova realidade, pois existe o perigo latente deste vir a tornar-se uma prática residual.

O desafio profissional consolida em não fechar-se em si mesmo, ampliar os horizontes procurando compreender as mudanças que estão acontecendo no mundo e principalmente na América Latina. Em quanto a este problema, sustentamos que é possível e necessário que a profissão como um todo inicie um debate e participe ativamente na definição de sua base de sustentação ocupacional, pudendo assim os Assistentes Sociais converter-se em atores desse processo. Por tanto, devemos avançar e conquistar um efetivo mercado de trabalho, mas devemos preocupar também por melhorar o nível da formação profissional, estes seguimentos estão estreitamente inter-relacionados, pois existe uma correlação entre as dificuldades da pratica profissional atual, os baixos salários, o aumento da clientela a ser atendida, e o preparo dos outros profissionais que disputam o mesmo espaço ocupacional. Só através da formação profissional que conseguiremos alcançar a novas exigências do mercado de trabalho e o aperfeiçoamento constante de novos conhecimentos, é por uma reflexão critica que poderemos tornarmos competentes , podendo assim competir lado a lado com outras profissões da área humana. O desafio para o Serviço Social como profissão no limiar do próximo século é participar como um agente ativo na formulação de políticas públicas, inserido em equipes interdisciplinares, atuando no mundo da informática, vinculando-se nas redes mundiais, capacitando-se permanentemente e abordando também as novas técnicas e discursos gerenciais .

. A constituição da filantropia como expressão de determinado modo de relação social, teve como cenário a Grécia antiga: berço da democracia ocidental. Este conceito também foi atribuído a Platão que o entendia sob três aspectos: saudação, ajuda e hospitalidade. O homem como ser social por essência justificava a naturalização destas relações, considerando ainda que a igualdade e a democracia fossem devidas àqueles que tinham o status de cidadãos. A vida comunitária nos feudos e pequenas propriedades rurais na Europa requereram de seus habitantes atitudes de ajuda mútua, seja na produção de bens para o atendimento das necessidades materiais de existência, como também nos acontecimentos ligados aos ciclos de vida e defesa desta, contra as intempéries provocadas por catástrofes da natureza, doenças e guerras. A proteção do grupo tinha como lócus a família, cujo pressuposto era a proximidade entre seus membros. Mas, foi no marco do modo de produção capitalista que as relações sociais assentadas no mutualismo dos grupos sociais sofreram uma erosão em suas bases constitutivas. Pois, enquanto sistema gerador de desigualdade como princípio fundante, o antagonismo de interesses entre trabalho e capital estabeleceu novas relações de produção na base infra estrutural societária como também na produção e reprodução da base política–ideológica, constituída pelo Estado, pelo direito e pelas formas de consciência social.

O Assistencialismo, ao praticar a atenção às populações desfavorecidas, oferece a própria atenção como uma "ajuda", vale dizer: insinua, em uma relação pública, os parâmetros de retribuição de favor que caracterizam as relações na esfera privada. É pelo valor da "gratidão" que os assistidos se vinculam ao titular das ações de caráter assistencialista. O que se perde aqui é a noção elementar de que tais populações possuem o direito ao amparo e que, portanto, toda iniciativa pública, voltada ao tema da assistência caracteriza dever do Estado. O que se vislumbra, pelo assistencialismo, é a possibilidade dos assistidos "retribuírem" eleitoralmente a atenção recebida; por isso, os assistidos devem ser submissos e dependentes, não devem se organizar de forma autônoma e, muito menos, expressar demandas políticas como se sujeitos fossem. O assistencialismo é por isso mesmo, uma prática de dominação. Se vitorioso, ele produz objetos dóceis e manipuláveis.

A assistência social surgiu na década de 1930, com o avanço industrial no país, que devido instabilidades entre burguesia e proletariado, buscou intermediar e controlar insatisfações populares. A Lei 8662 de 1993 regulamentou a profissão do Assistente Social com base na formação superior de Serviço Social. Segundo o jornalista e Deputado Marcos Rolim (PT/RS), pela assistência social, procura-se garantir àqueles que se encontram em situação de fragilidade as condições necessárias para que alcancem seus direitos, a começar pelo amparo. A assistência social é um dos três componentes do sistema de Seguridade Social no Brasil, a qual é seguida pela previdência social e saúde pública. Logo sua função é manter uma política social voltada ao atendimento das necessidades básicas dos indivíduos, mais precisamente em prol da família, infância, adolescência e velhice.

Em um contexto societário de transformações nas

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