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Resumo: Capital fetiche, questão social e serviço social

Por:   •  16/10/2018  •  2.460 Palavras (10 Páginas)  •  503 Visualizações

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afetando programas sociais, e interesses da maioria da população, consequentemente, gerando o aumento da pobreza.

A fragmentação da classe trabalhadora acontece devido a rotatividade do mercado, com aumento de contratos de trabalho temporários, desqualificação da mão-de-obra, clandestinidade, empresas de terceirização, trabalhos desprotegidos e sem a proteção dos sindicatos, altas taxas de desemprego, são consequentes desse novo mercado guiado por tributos fiscais, provocando privatizações da empresas públicas.

"O predomínio do capital fetiche conduz coma banalização do humano, á descartabilidade e indiferença perante o outro, o que se encontra na raiz das novas configurações da questão social na era das finanças. Nessa perspectiva, a questão social é mais do que a expressão da pobreza, miséria e "exclusão". Condensa a banalização do humano, que atesta a radicalidade da alienação e a invisibilidade do trabalho social –e dos sujeitos que os realizam- na era do capital fetiche."

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O fetichismo do capital descarta as relações sociais, naturaliza as expressões da questão social, onde o poder se concentra nas mãos de quem tem o maior poder aquisitivo, o humano fica condicionado ao poder das coisas materiais e imateriais do capital financeiro, gerando uma pobreza historicamente estrutural.

2- A questão social no Brasil

As expressões da questão social no Brasil, pode ser observado as marcas de uma herança histórica e agora consequentes também do processo da mundialização econômica, sendo ele um país emergente.Essa articulação entre a historicidade do país e as novas relações sociais com o mundo financeiro, traz particularidades que radicalizam a questão social.

As estruturas sociais do passado brasileiro interfere nas relações de mercado presente, a lentidão histórica no desenvolvimento financeiro do país, mantendo uma relação conservadora, exclusão das classes subalternas nas decisões importantes no País, regressão dos direitos sociais e de trabalho, trabalhos precarizados e clandestinos, uma revolução burguesa antidemocrática que domina as relações sociais movimentando os interesses da classe burguesa perante as classes dominadas.

" A debilidade histórica da democracia no Brasil, que se expressa no fortalecimento do Estado e na subalternidade da sociedade civil, é indissociável do perfil da revolução burguesa no País. O amplo uso de instrumentos coercitivos por parte do Estado restringiu a participação política e o exercício da cidadania para os setores majoritários da população, derivando em uma rede de relações autoritárias que atravessa a própria sociedade civil "incorporada" pelo Estado."

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O monopólio no Brasil, mantém uma dominação imperialista e uma desigualdade no desenvolvimento social da sociedade, mantendo uma relação de austeridade, impondo interesse através do poder, utilizando violência para abranger interesses das classes dominantes.

A acumulação de capital no Brasil acontece através da agricultura, pelo comércio e a indústria, com a urbanização as concepções rurais são levadas para área urbana, carregando valores tradicionais do mercado conservador para o liberal.Diferindo da Europa que teve uma revolução contra a aristocracia e a realeza, no Brasil os princípios liberais vem de uma herança da escravidão, mandonismo, coronelismo e favoritismo político do poderio.

A classe trabalhadora encontra-se então, num estado de exclusão nas decisões políticas e econômicas da civilidade brasileira, mantendo interesses privados. Consequente através de lutas sociais, observa-se um evolução das classes subalternas que passam a reivindicar direitos e melhores condições sociais, mas com o mercado financeiro mundial estamos diante de defasagem das lutas coletivas, pois a fetichismo provocado pelo mercado financeiro da uma falsa sensação de ascensão social, e polarização da classe trabalhadora devido as diversas consequências dessa mundialização, apontando uma política neoliberal e pelo interesse do privado, o que repercute na luta por direito das assistentes sociais.

O capital mundializado traz novas configurações na expressões da questão social no Brasil.

Há uma concentração de renda e aumento da pobreza, uma má distribuição territorial, altos juros e consequente fechamento de empresas nacionais e uma grande inserção do mercado especulativo. O crescimento do financiamento externo, aumento das dívidas internas e externas, ou seja, há um grande endividamento, gerando um déficit comercial, regressão dos direitos sociais, aumento das taxas de desemprego, diferenciações salariais grandes entre o qualificado e não qualificado.

O retrocesso das políticas públicas e sociais, fazendo retroceder também as conquistas trabalhistas, cortes do gastos com programas sociais que são focalizados para o atendimento da pobreza, deteriorando os serviços de atendimento á população, naturalizando, criminalizando e marginalizando a pobreza, com um viés de culpabilização e um discurso meritocrático.

"Esse quadro de radicalização da questão social atravessa o cotidiano do assistente social que se defronta com segmentos de trabalhadores duplamente penalizados. De um lado, ampliam-se as necessidades não atendidas da maioria da população, pressionando as instituições públicas por uma demanda crescente dos serviços sociais. De outro lado, esse quadro choca-se com a restrição de recursos para as políticas sociais governamentais, coerente com os postulados neoliberais para a área social, que provocam o desmonte das políticas públicas de caráter universal, ampliando a seletividade típica dos "programas especiais de combate á pobreza" e a mercantilização dos serviços sociais, favorecendo a capitalização do privado."

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Começa uma grande inserção das privatizações, subordinando as políticas sociais, culpando os gastos sociais de ser um consequente nas crises cíclicas do capital, tornado escasso os recurso sociais, a grande valorização das políticas macroeconômicas e abandono do mercado interno.

No Brasil, a desigualdade de renda, a precariedade da educação e dos serviços públicos de atendimento a população, uma grande rotatividade de empregos, a terceirização dos serviços, um grande número de trabalhos informais e a marginalização da pobreza apresenta no País um quadro de caos social , e um agravamento das expressões da questão social.

3. Sociabilidade Capitalista,

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