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O Desafio Profissional

Por:   •  1/9/2018  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  227 Visualizações

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A Assistente Social Dora e sua equipe fizeram um levantamento da situação da família e verificaram que ela é composta por sete pessoas: o pai, de 49 anos de idade, a mãe, de 46 anos, a avó materna de 65 anos, um adolescente portador de deficiência física e mental, uma menina de 5 anos de idade, uma de 6 anos e um menino de 11 anos. O adolescente de quinze anos não frequenta nenhuma escola de educação infantil (a de cinco anos) e na escola que tem a primeira fase do ensino fundamental. Os adultos têm os seguintes documentos: certidão de casamento, RG, CPF, título de eleitor, cartão do SUS. Os filhos têm registro de nascimento, cartão do SUS e a caderneta de vacinação. A avó materna é analfabeta e já está aposentada porque era trabalhadora rural. O pai e a mãe cursaram apenas a primeira fase (ensino primário) do ensino fundamental, a mãe trabalha fora como faxineira três vezes por semana e ganha meio salário mínimo, o pai faz bicos como ajudante de pedreiro, de carga e descarga, entre outros, quando não há um trabalho certo, recolhe recicláveis no centro e em outros bairros da cidade, ganha entre um salário mínimo e um e meio. Dessa forma, a renda da família é de dois salários mínimos e meio a três.

A família mora no bairro Vila Glória há seis meses em um imóvel próprio, porém muito precário. A casa tem dois quartos pequenos. Em um deles dormem o casal e o adolescente deficiente, no outro a avó e os outros filhos. Um só cômodo serve de sala e cozinha. A casa tem um banheiro precário e não tem área de serviço. Como no bairro não há rede de esgoto, a casa tem uma fossa. A rua é asfaltada, a casa tem energia elétrica e um quintal pequeno cercado por muro de tijolos. Apesar da falta de condições econômicas, é tudo limpo e organizado. A mãe e a avó cuidam de tudo e para manter a casa do jeito que é e o filho deficiente bem cuidado não param um minuto sequer. A condição econômica da família não permite que sejam compradas fraldas para o filho deficiente na quantidade necessária, por isso são usadas também fraldas de pano. A família tem uma geladeira antiga que gasta muita energia elétrica, mas não pode ser dispensada porque é importante para guardar leite e comida. São todos muito econômicos, não se desperdiça nada, mas mesmo assim as contas de energia e água são altas para as condições econômicas da família e, por isso, a alimentação é precária; só o filho deficiente toma leite.

Além da equipe da UBS foram convidadas para participar da reunião uma representante do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) do município, um representante da Polícia Militar, um membro do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, um membro da Secretaria Municipal de Saúde, um representante da empresa de energia elétrica e um da empresa de água tratada.

A preocupação principal quanto a esta família é oferecer-lhe condições para que as crianças não se tornem vítimas de drogas e de álcool. Os adultos não bebem, não fumam e não usam droga, o que é um fato positivo e serve como exemplo, mas o bairro Vila Glória sofre com a droga e a bebida. A família só tem uma televisão velha que não pode ficar muito tempo ligada para não gastar energia, não há equipamentos sociais de lazer e diversão no bairro, o quintal da casa é pequeno, as escolas dos filhos não são de tempo integral. Assim, teme-se que essa situação seja um risco para as crianças e também para os adultos, que se sentem isolados, porque na vizinhança há inúmeros problemas que os levam a não se relacionarem muito com as pessoas.

Nesta reunião intersetorial vai se pleitear ajuda para essa família na forma de cesta básica, fraldas e remédios. As demais requisições vão ajudar a todo bairro e será pedido à Polícia Militar uma presença mais forte no bairro. À Secretaria de Educação a transformação das escolas em escolas de tempo integral e a construção de uma que ofereça a segunda fase do ensino fundamental. Ao Conselho Tutelar serão pedidas medidas educativas e de prevenção ao uso de drogas e de álcool e da violência, contra crianças e adolescentes. Rede de esgoto e melhor abastecimento de água serão os pedidos feitos à empresa de água e esgoto, além de um desconto social na conta da família (e de outros que precisem) por causa do filho deficiente e da idosa. Também será pedido ao representante da empresa de energia um desconto na conta desta família e de outras em situação semelhante.

Uma ata registrará a reunião e será marcada a próxima para fazer um balanço do que foi alcançado e do que não foi, além de se definir quais famílias terão assistência direta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAMASCENO, Aderbal O. D. et al. Desenvolvimento Econômico. 2. ed. Campinas: Átomo/Alínea, 2012.

GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 21. ed. São Paulo: Vozes, 2012.

SANTOS, Claudia Monica dos. Na Prática a Teoria é Outra?: Mitos e Dilemas na

Relação Entre Teoria, Prática, Instrumentos e Técnicas no Serviço Social. 3. ed. São

Paulo: Lumen Juris, 2013.

TOME, Fabiana Del Padre. Contribuições para a Seguridade Social – À Luz da

Constituição Federal. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2012.

YAZBEK, M. C., SILVA, M. O.S.; RAICHELIS, Raquel. COUTO, Berenice R. O Sistema Único de Assistência Social no Brasil – uma realidade em movimento. 3. ed. São Paulo: Cortez. 2012.

ENDEREÇO ELETRÔNICO

BRASIL. Parecer CNE/CES 492/2001 DE 03.04.2001 – Diretrizes Curriculares

Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação

Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Metodologia. Ministério de Educação / Conselho Nacional de Educação. Brasília, 2001. Disponível

em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ceso492.pdf. Acesso em maio de 2016.

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