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SÍNTESE DO LIVRO: O INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LIBRAS

Por:   •  23/12/2018  •  2.275 Palavras (10 Páginas)  •  429 Visualizações

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Por fim, temos o instrutor de Libras que diferentemente dos demais volta-se um pouco mais à comunidade, tendo como responsabilidade proporcioná-los a aquisição e o aprendizado da Libras. Este profissional também deve comprovar fluência por meio do teste de proficiência, e preferencialmente ter formação de nível superior em educação. A ele são atribuídas funções de organizar cursos para pais e funcionários, como também planejar suas atividades pedagógicas. Vale ressaltar que diferente do professor bilíngue, estes últimos dois profissionais não atuam em séries inicias do ensino fundamental, visto que se entende que suas funções na incluem a de ensinar a Libras.

O intérprete e a escola

O intérprete que atua dentro da escola, embora seja contratado como professor, não possui função pedagógica, ou seja, não prepara aula, não dá nota e nem tem responsabilidade com o processo ensino-aprendizagem do surdo. O intérprete tem a função de mediar a comunicação entre o surdo e o professor e entre o aluno surdo e sua turma, ou entre o professor surdo e sua turma.

O intérprete deve ficar atento ao desvio de função, não deve ser um “quebra-galho” dentro da escola (ex.: não deve substituir o professor na ausência do mesmo). O intérprete deve manter sua função dentro do ambiente escolar, quando solicitado a exercer sua função fora do ambiente escolar ele pode recusar-se ou cobrar remuneração extra pelo serviço. Sempre que possível, o intérprete pode e deve solicitar reuniões junto a direção e coordenação da escola, para discutirem formas de melhor viabilizar seu trabalho.

O intérprete e o aluno surdo

A relação entre o interprete e o aluno surdo é questionado pelos autores, pelas práticas adotadas por esses professores que não são cabíveis a função real do interprete um fator levantado é a comunicação com um aluno surdo não ser fiscalizada ocorre que o diálogo do interprete com o aluno fica restrito para isso a atuação do profissional exige uma conduta ética.

As posturas do interprete também são ressaltadas pois muitas vezes medidas são tomadas como normais, quando o interprete responde duvidas do aluno sem perguntar ao professor, quando também o intérprete toma decisões de facilitar recursos visuais na sala de aula, tomando postura que e cabível somente ao professor, o interprete também não pode cobrar atividades dos alunos, e bem claro que a sua função é representar o conteúdo da aula através da Libras.

A também uma questão a ser esclarecida para o interprete, a relação do interprete aluno muitas vezes e confundida e gera um certo egoísmo por parte do profissional, pelo fato de achar que aquele aluno não pode manter uma comunicação com quem está ao seu redor, somente com ele mesmo, e muitas vezes o profissional não facilita para que o aluno converse com outras pessoas.

O trabalho do profissional interprete na sala de aula se torna dificultoso, pois muito dos alunos ao ingressar na escola possui uma comunicação atrasada e cheia de sinais “inventados”, cabe a escola contatar instituições especificas para aparar estes alunos, e o interprete tentar esclarecer através do contexto para que o aluno se familiarize e aprenda o sinal atribuído aquela significação

O intérprete e o professor regular

O intérprete ajuda o surdo a conhecer palavras, a desenvolver a aquisição de sinais e fazer relação com o português, o intérprete é a ponte da comunicação entre o mundo dos surdos e os ouvintes e fazendo coerência entre o mundo dos ouvintes e a libras.

Para que esse tradutor e intérprete de libras atue na função, ele deve ter concluído o ensino médio e ter passado por um curso de formação reconhecido pelo MEC – Ministério da Educação. O salário varia entre R$ 1.800 a R$ 6.000 reais numa jornada de seis horas por dia. Em congressos, palestras, televisão entre outros eventos, esse intérprete receberá R$ 100,00 por hora trabalhada.

Na sala de aula, intérprete precisa trabalhar em parceria com o professor, pois ele precisa ter um conhecimento prévio daquilo que vai ser transmitido ao seu aluno surdo, para que essa comunicação seja mais precisa.

O intérprete educacional e seus pares

Muito se discutiu, anteriormente, sobre a educação de surdos e a situação vivida pelos surdos durante o processo de aprendizagem da LIBRAS ou da língua oralizada. Também foi problematizado sobre as circunstâncias que envolvem os intérpretes, discutindo a relação deste profissional com o aluno surdo, com a família do surdo e até com os professores. Em meio aos nossos estudos, ficou claro todos os fatores que envolvem a profissão de intérprete.

Muitos acabam achando que o intérprete deve ensinar o surdo a oralizar, ou ensinar as disciplinas escolares que o aluno surdo possui dificuldade. Contudo, cabe ao intérprete interpretar, não ensinar. Este deve deixar bem claro as propostas de sua profissão e exercê-la da maneira mais clara, a fim de atingir seu objetivo diário. Em meio a todas essas problemáticas explícitas anteriormente, propõe-se, agora, discutir a relação existente entre o intérprete e outros profissionais da área, além das dificuldades de exercer a profissão de intérprete.

A relação entre os intérpretes e seus pares, em muitos casos, é de amizade, companheirismo e ética, principalmente quando estes trabalham juntos em um mesmo ambiente. Entretanto, quando existem situações envolvendo a capacidade profissional de cada intérprete, como por exemplo, a disputa de uma vaga de emprego, a relação entre os intérpretes pode não ser mais de amizade e companheirismo, como qualquer disputa entre profissionais.

Logo, em situações como essas, quem está realizando a entrevista deve levar em consideração a melhor capacidade profissional, ou seja, quem é mais apto em exercer a profissão de intérprete, quem possui fluência na língua brasileira de sinais. Tal fato ainda não é algo corriqueiro, pois, o que se nota, em alguns casos, é a contratação por amizade ou simpatia. Por isso, a sociedade de intérpretes luta pela conscientização de pessoas que procuram esses profissionais e busca a contratação de intérpretes com fluência na LIBRAS.

É claro que, pelo menor uma vez, algum intérprete sentiu dificuldade ao realizar seu papel ou sentiu falta de algum sinal para determinado contexto. Tal fato é dito como normal, comum, pois deriva da variação linguística e regional existente na LIBRAS. Porém, existem inúmeros

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