O ser Humano e sua Formação
Por: Hugo.bassi • 1/4/2018 • 2.782 Palavras (12 Páginas) • 268 Visualizações
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Distinguem-se, claramente, atos de agressão gratuitos e agressividade construtiva, traduzida em desejo de vencer. Além do que, em cada esporte a referência de agressividade muda: no boxe um cruzado de esquerda é regra; se esse mesmo cruzado de esquerda for aplicado no futebol, significa alta agressividade passível de expulsão e até suspensão.
Para (Fante 2005), a agressividade pode ser dividida em duas partes a explícita e aquela que se apresenta de forma velada, por meio de um conjunto de comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos, prolongadamente contra uma mesma vítima, e cujo poder destrutivo é perigoso à comunidade escolar e à sociedade como um todo, pelos danos causados ao psiquismo dos envolvidos, referindo-se à fenomenologia Bullying.
OBJETIVOS
- Explicar de forma clara a definição de Agressividade;
- Identificar a natureza, os limites e os problemas da Agressividade;
- Compreender o papel do lar e da escola na formação da criança;
- Conhecer o fenômeno Bullying;
- Relacionar a socialização com a Educação Física.
DESENVOLVIMENTO
Saber se a agressividade é inata ou aprendida tem sido motivo de constantes pesquisas entre os psicólogos. Os teóricos favoráveis à idéia de que o comportamento é determinado basicamente pela hereditariedade consideram os seres humanos instintivamente violentos, destinados por sua herança genética a serem agressivos. Para os teóricos que consideram o ser humano como produto da estimulação ambiental, a agressividade não é inata e, portanto, os indivíduos podem ser moldados para se tornarem pacíficos e amorosos.
Segundo (Barros 1987), a agressão é herdada, o que nos leva a controvérsia sobre as explicações da posição frustração/agressão e as da aprendizagem social que vêem a agressão basicamente como um produto do ambiente.
“De acordo com Freud, nossos instintos pertencem a dois grupos”:
Os instintos de vida (Eros), que compreendem o instinto sexual e o de autopreservação, e os instintos de morte (Thanatos) que compreendem os instintos de agressão e de destruição.
Segundo (Barros 1987), do ponto de vista científico, o grande problema dessa afirmação é a impossibilidade de comprovar experimentalmente se existe ou não um impulso inato à agressividade.
De acordo com as diferenças de sexo, as eventuais diferenças de conduta entre os sexos emergem na idade escolar com o processo de socialização da criança. Os meninos, por uma questão de maior imaturidade psicoemocional fisiológica estão menos preparados psicologicamente que as meninas para a socialização, vida em grupo, participação cooperativa e, por isso, costumam ter mais problemas de adaptação e de orientação.
Fatores de riscos parentais para o desenvolvimento de conduta agressiva precoce seriam, por exemplo, a ocorrência de depressão materna antes do parto, a psicopatologia materna, família com um só dos pais presentes, estressores familiares, baixo nível econômico e conflito matrimonial.
Os psicólogos concordam sobre a grande importância da família na determinação de nossos traços de personalidade. Os pais e as condições do lar moldam a criança, em seus primeiros anos de vida (Barros 1987).
Pode ser observado em crianças com idade pré-escolar, que elas em lares calmos e felizes mostravam bom ajustamento emocional e comportamento de cooperação, pois não davam mostras de ciúmes, nervosismo, irascibilidade ou temores. Em contrapartida, as crianças de lares marcados por tensão e conflito entre os pais, mostraram-se emocionalmente inseguras, ciumentas, medrosas, choronas, nervosas e incapazes de cooperar.
No que diz respeito à interação familiar e a antecedentes familiares em relação à agressividade, (Braga 1992), “afirma que extrema negligência ou punição juntamente com modelos desviantes (pais) produzem comportamentos agressivos anti-sociais”. Em contraste, uma negligência e punição moderadas produzem comportamentos agressivos “socializados”.
Os pais como modelos e como educadores são os elementos contemporâneos cogitados no estudo do aumento da violência e agressividade dos adolescentes. Primeiro vem a dissolução das famílias. Na falência da função paterna (ou materna), a busca pelo prazer consumista a rédeas soltas, para grande número de jovens.
O papel da escola é menor que o do lar na formação da personalidade infantil. Essa premissa vem mudando paulatinamente, pois as crianças têm passado muito mais horas e muito mais anos nas escolas, imprimindo a essa responsabilidade mais acentuada sobre a passividade ou a hostilidade infantil.
Os professores, como todo adulto em geral, não estão, em sua maioria, preparados para lidar com “desajustamentos de personalidade” infantis.
Barros (1987), diz que “a escola deve orientar-se no sentido de cultivar no aluno a segurança interna, as expressões de afeto, iniciativas, interesses, senso de responsabilidade e de cooperação. O professor deve ter consciência de que assume papel importante na vida emocional do aluno. A principal missão da escola deve concentrar-se na educação e não apenas na transmissão de conhecimentos no ensino. A escola precisa aparelhar-se para ajudar o aluno a vencer suas dificuldades. Não deverá, simplesmente, eliminar os "maus elementos", pois a socialização destes também compete a ela”.
Para (Davidoff 2001), a frustação e o fracasso na escola contribuem para a agressividade, dessa maneira, crianças com problemas podem se tornar delinqüentes, sendo na maioria das vezes crianças hiperativas , de baixa concentração com problemas perceptivos e de aprendizagem.
“A criança agressiva se distrai com facilidade, seu tempo de concentração é sempre curto e, por causa da ansiedade, ela encontra dificuldade na retenção de informações. Quando você planejar trabalho para ela, é preciso ter isso em mente. Se ela estiver irrequieta e se comportando mal, pode ser porque se distraiu com alguma coisa, porque não consegue realizar a tarefa ou porque a tarefa estabelecida é muito longa” (Train 1997).
Estudando a agressividade um pouco mais encontramos o conceito de Bullying que apareceu como resposta à necessidade de caracterizar um tipo particular de violência ou de agressão
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