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O brincar no desenvolvimento da criança

Por:   •  9/6/2018  •  2.877 Palavras (12 Páginas)  •  326 Visualizações

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“É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem sua liberdade de criação. ”

D.W. Winnicott

- A IMPORTANCIA DO BRINCAR

Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser., portanto é uma palavra estreitamente ligada a infância e as crianças, em algumas sociedades ainda e considerado sem importância no ponto de vista da educação formal. Pôr outro lado, podemos identificar hoje um discurso generalizado em torno do brincar presente não apenas na mídia na publicidade produzidas para a infância, como também nos programas, proposta e práticas educativas internacionais.

Segundo Kramer (2007, p.15):

“Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedades em que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não é, mas que se tornará (adulto, no dia em que deixar de ser criança). Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância”.

A referida autora ressalta que no mundo contemporaneidade enfrenta-se um grande desafio: de um lado, temos um vasto e complexo conhecimento teórico sobre a infância, em contrapartida, há uma dificuldade para lidar com as crianças. Apontando também uma questão que tem inquietado alguns pensadores: Temos uma tendência que temos que ocupar o tempo das crianças com atividades com aulas com monitoria fazendo com que a infância desapareça.

A criança precisa aprender muito e desde cedo. Porém não significa que deva aprender sobre circunstância igual ao contexto escolar pois para os pequenos, quase tudo é brincadeira. Por isso, não faz sentido separar momentos de brincar dos de aprender. Introduzir o brincar na atividade escolar ajuda no desenvolvimento cognitivo, conhecimentos e habilidades no âmbito, dos valores e da sociabilidade. O ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil, neste contexto, Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças desenvolvem sua capacidade transformar e produzir novos significados; após este reconhecimento é importante para dar início as atividades em si.

Nas situações em que a criança é estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.

"Soubéssemos nós adultos preservar o brilho e o frescor da brincadeira infantil, teríamos uma humanidade plena de amor e fraternidade. Resta-nos, então, aprender com as crianças." (Monique Deheinzelin).

- O PROFESSOR MEDIADOR

Um dos principais elementos fundamentais do ensino reside em um bom planejamento das atividades de ensino e de aprendizagem realizadas na escola, principalmente na sala de aula. Esse planejamento deve ser feito todos os dias e é parte das responsabilidades profissionais do professor. Sem o planejamento, os objetivos de aprendizagem perdem o sentido. Por isso, um plano de aula deve conter, ainda que de maneira resumida, as decisões pedagógicas do professor a respeito do que ensinar, como ensinar e como avaliar o que ensinou.

De acordo com Vasconcellos (2006) a elaboração do planejamento é um processo mental; que precede a ação, mas é relativo a uma situação desejada, e ocorre tendo como referência as três dimensões da ação humana consciente e intencional: realidade, finalidade e plano de ação mediadora, considerada como essência da elaboração do planejamento.

Sendo assim professor, como principal responsável pela organização das situações de aprendizagem, deve saber o valor da brincadeira para o desenvolvimento do aluno cabe a ele oferecer um espaço que mescle brincadeira com as aulas cotidianas, um ambiente favorável à aprendizagem escolar e que proporcione alegria, prazer, movimento e solidariedade no ato de brincar.

Segundo Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas. ” Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas situações.

Ao planejar as atividades com brincadeiras é importante saber qual o objetivo a que fins para quem são, o professor quer só uma animação ou a intenção é possibilitar uma experiência de aprendizado. É importante limitar-se a uma linha em torno do brincar que deve ser incorporada nas práticas do ensino e na aprendizagem do aluno; dando espaço e liberdade para as crianças criarem suas próprias brincadeiras.

Para Kishimoto (1999), as práticas lúdicas proporcionam subsídios para a compreensão da brincadeira como ação livre da criança e o uso dos dons, objetos. São valiosos suportes da ação docente, que enriquecem o trabalho pedagógico, permitindo a aquisição de habilidades e conhecimentos, justificando, assim, os jogos educativos.

Afirma ainda Kishimoto. Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagem. Utilizar o jogo na Educação Infantil significa transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (1999, p.36).

O professor precisa reconhecer a importância

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