O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO FRENTE ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Por: SonSolimar • 13/9/2018 • 1.701 Palavras (7 Páginas) • 467 Visualizações
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da demanda de alunos com dificuldades de aprendizagem. 8 36,3%
1.2 Necessidades de um profissional para realizar avaliação de alunos com dificuldades de aprendizagem 5 22,7%
1.3 Necessidades da presença de um profissional na escola que trabalhe com dificuldades de aprendizagem das crianças 3 13,6%
1.4 A necessidade de um profissional que faça um trabalho mais significativo do que o professor da sala de reforço 3 13,6%
1.5 Pensar o interior da escola, quem aprende e quem ensina 1 4,5%
1.6 Aumento das demandas de encaminhamentos de crianças com dificuldades de aprendizagem para o serviço de Saúde Mental do município
1
4,5%
1.7 Não responderam 1 4,5%
Total 22 100%
Fonte: Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 18, Número 2, Maio/Agosto de 2014: 219-227.. Acesso em 15/11/2015. Autores: Caroline Pottker e Nilza Leonardo
Odair Sass (2003) argumenta que a Psicopedagogia pode ajudar as dificuldades de conduta e aprendizagem e tratá-los de forma predominante levando os variáveis fatores a serem resolvidos e os objetivos alcançados para obtenção do sucesso desejado.
Uma das grandes funções da psicopedagogia é desvendar as dificuldades dos sujeitos, colocando-os como mais importantes que as dificuldades que apresentam (Barbosa, 2007).
Neste sentido Polity (2002) defende que o fracasso de quem aprende e o fracasso de quem ensina, estão correlacionados, levando a uma iatrogenia pedagógica, onde a didática pedagógica do professor gera novos problemas ao invés de solucioná-los.
O trabalho realizado não pode ser direcionado apenas para o problema, pois o fracasso repetido pode inibir o processo de aprendizagem e o aluno pode esconder-se em couraças, dependendo da interpretação e promoção deste fracasso no meio em que se encontra (Barbosa, 2007).
Souza (1995), afirma que o desenvolvimento da criança se dá através das possibilidades de aprendizagem que lhe são fornecidas. Por essa razão, conhecer “não se refere somente à realidade objetiva, mas, e talvez principalmente, à realidade subjetiva” (Souza, 1995, p.49). Portanto a vivência com a família, onde as crenças religiosas, sociais ou culturais, podem afetar o desenvolvimento da criança, perante a capacidade de pensar por si só.
Luria (2010) defende que a aprendizagem depende da motivação, pois assim aumenta a capacidade dos neurônios realizarem sinapses e para isso acontecer o aluno necessita que o profissional respeite sua condição neurológica e trabalhe com conteúdos de acordo com o seu tempo maturacional.
Hoffmann (2001) destaca que os professores são diretamente responsáveis pelas dificuldades de aprendizagem e não a família, porém a mesma pode auxiliar no processo de aprendizagem, mas muitas dessas dificuldades exigem mudanças didaticamente.
Com isso Perrenoud (2000) diz como uma das competências básicas do professor, no que se refere ao envolvimento dos pais:
“Os pais ocupam outra posição, têm outras preocupações, outra visão da escola, outra formação, outra experiência de vida. Portanto, não podem, a priori, compreender e compartilhar todos os valores e representações do professor. Seria ingênuo esperar da maioria dos pais o esforço de descentralização e a responsabilidade que se pode esperar de um profissional formado e experiente. A competência dos professores consiste em aceitar os pais como eles são, em sua diversidade”.
Neste sentido Polity (2002) aponta uma distinção entre as dificuldades:
“A dificuldade de ensinar refere-se apenas a transmissão de um conteúdo específico. Já a dificuldade de ensinagem é basicamente relacional, pressupondo interação, onde os estados de intersubjetividade podem tornar-se significativos. Supõe então relacionamento e considera as trocas emocionais que permeiam o ato de ensinar. A ensinagem é, portanto, ensinar com a emoção e com a razão”.
Ensinar e aprender são como moedas, possuem os dois lados e se completam.
Já para Pincus e Dare (1987), ao encarar a realidade subjetiva durante seu desenvolvimento depende diretamente da situação psicológica dos pais e suas experiências infantis, pois esses são fatores fundamentais para o processo de interação com a criança desde o nascimento.
Nesse sentido, Barone (2011) atesta que essas dificuldades estão ligadas diretamente com essas vivências, e com isso a criança dispõe de um medo de lidar com as situações que são impostas a ela, de não suportar que o outro saiba mais que ela e que seu conhecimento sempre é inferior em relação aos que a rodeiam.
Weiss (2000) propõem que os psicopedagogos trabalhem com dois grandes eixos:
Horizontal (Sujeito), a-histórico - que busca uma visão do presente, do “aqui e agora”, tendo foco como o sujeito encontra-se.
Vertical (Social), histórico, que traça uma visão do passado, da construção do sujeito, através de seu grupo social, instituição e objeto de aprendizagem.
Assim Piaget (2007, p 50) afirma em sua teoria que relação entre família e escola é fundamental para o sucesso educacional:
“Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa mais que a uma informação mútua: esse intercâmbio acaba resultando em ajuda reciproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais e ai proporcionar, reciprocamente, aos pais um eu interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...] “
Para que consigam verificar o desenvolvimento durante o presente e o passado da criança, considerando os valores da família e da escola para que ambos possam caminhar no mesmo sentido para transpor as barreiras da dificuldade de aprendizagem.
Oliveira (2005) destaca:
“A maneira como uma criança brinca
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