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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  25/10/2018  •  3.947 Palavras (16 Páginas)  •  226 Visualizações

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Manipular, explorar e experimentar objetos reais é muito importante às crianças aprenderão fazendo e falando. Por serem naturalmente ou pelo mundo e interessadas em aprender sobre ele, as crianças são ativas ao aprendizado e fazem isso de diversas formas.

Diversas formas são utilizadas para se ensinar a língua, a leitura, a ciência e a tecnologia. Pode-se integrar o conhecimento subjetivo e uni-lo a muitas técnicas ativas, paralelamente aos estágios de desenvolvimento das crianças, gerando altas expectativas em termos de aprendizado.

O jogo é essencial na vida da criança. Dizia Piaget. Pois estão neles conceitos e regras que serão levados pela vida afora da criança, fornecendo-lhes valores imensuráveis.

1.1 – AS FASES DA CRIANÇA

Quando a criança tem entre dois e seis anos de idade, pode-se perceber que surge a ocorrência dos jogos simbólicos, que cumpre a satisfação não apenas da necessidade que a criança tem em relembrar mentalmente o acontecido, mas sim a de executá-lo, representando-o. E é nesta fase que surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por consequência vão aumentando de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social.

Para Piaget, o jogo é a máxima em que a expressão e a condição para o desenvolvimento infantil estão latentes, uma vez que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.

Já Vygotsky diferentemente de Piaget, leva em consideração o fato de que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.

Segundo ele a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações; aprendem à regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, que elas pareçam agradáveis ou não.

Vygotsky fala do faz de conta, Piaget fala do jogo simbólico e pode se dizer que o que corresponde é o fato de que o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança (Oliveira 1977).

Tal autor afirma que a aquisição do conhecimento se dá através da zona de desenvolvimento: a real e a proximal.

A zona de desenvolvimento real é a que contém o conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, sua bagagem, sua vivência; já a proximal só é atingida de início com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que já tenham adquirido esse conhecimento, isto é, o processo de interação com o outro, o que através da brincadeira pode alcançar grandes dimensões.

O professor é o agente direto ligado a zona “Proximal de desenvolvimento, pois fornece relação quanto às necessidades e capacidades da criança e a sua aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar–lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe. O lúdico com suas brincadeiras oferecem à criança o desenvolvimento de acordo com a zona em que ela se encontra, necessitando da presença mediadora do professor.

O processo da educação infantil é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento, criando a base evolutiva para as demais fases que estão por vir.

1.2 – A REAL IMPORTÂNCIA DO LÚDICO

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. Sendo assim, se tornam urgente e necessário que o professor amplie cada vez mais o cotidiano da criança, fornecendo o maior contato com o ambiente físico, assim como com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.

Ao visualizar o jogo através da ótica do brinquedo e da criatividade, encontra-se maior espaço por ser entendido como educação, na proporção em os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança.

Por ser envolvente, o lúdico através de jogos e brincadeiras torna-se um meio eficiente de ensinar uma criança; ela aprende os conceitos complicados, princípios filosóficos, assim como emoções que são difíceis serem descritas através de palavras. Se constrói a capacidade da criança, mostrando a elas como resolver problemas, estimulando o corpo e a mente. Segundo Froebel (1912, apud FRIEDMANN, 2006, p.36).

O jogo resulta em benefícios intelectuais, morais e físicos e o erige como elemento importante no desenvolvimento integral da criança. Os brinquedos

são atividades imitativas livres, e os jogos, atividades livres com o emprego

dos dons.

Por si só se diferenciam de outros métodos de ensino. Ao envolver todos os sentidos a criança se entrega ao jogo e se envolve, porque ela não ouve ou vê a lição, ela a faz.

Quando a criança domina o jogo, ela se senta dona da situação e sua autoconfiança flui. Para ela, é o método natural de compreender o mundo, uma criança que aprende a construir um castelo de areia, ao mesmo tempo, ela aprendeu a construir sua confiança e sua independência, para ela foi um aprendizado que aconteceu naturalmente seria ótimo se todas fossem assim. Por isso precisamos injetar experiência lúdica e significativa na vida de nossas crianças. Tais experiências têm um papel integral para um desenvolvimento saudável, além de ensinar o lúdico reduz o estresse e abre a mente para criatividade e ajuda a educar as crianças a respeito do caráter.

Cada criança tem seu estilo particular de aprendizagem em umas áreas mais fortes em outras mais fracas. Cabe ao professor conhecer seu alunado e estabelecer as ações necessárias para a realização da aprendizagem. Algumas aprendem melhor com o material que lhes é apresentado visualmente ou demonstrativamente.

Deve-se dar mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Assim, se o professor criar um clima de abertura e animação ensinará a criança a amar o processo de dominar o conhecimento sobre coisas novas. Quando a criança se sentir bem sucedida, ela alavancará, pois o sucesso é um

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