O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: eduardamaia17 • 21/4/2018 • 1.806 Palavras (8 Páginas) • 392 Visualizações
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Palavras-chave: Brincar. Aprendizagem. Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
Antes mesmo de aprender a engatinhar e a falar, a criança brinca e se diverte. Brincando a criança se comunica com o mundo exterior. A brincadeira possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, autonomia, criatividade, psicomotricidade, estreitando assim uma relação entre aprendizagem e os jogos.
A brincadeira infantil faz parte do desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físicos, social, cultural, afetivo e cognitivo. A ludicidade deve ser vivenciada na infância não apenas como forma de lazer, mas também uma aprendizagem prazerosa. Brincar na educação infantil proporciona, entre tantas coisas, estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo para a integração da criança na sociedade.
Dessa forma, a criança pode resolver conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolve a capacidade de compreender diferentes pontos de vistas, de se fazer entender e de opinar sobre as coisas. Para que isso aconteça em sua plenitude, pais e educadores tem a missão de perceber e incentivar a capacidade criativa das crianças, dentro da perspectiva lógica infantil. A proposta desse estágio que tem como área de concentração Metodologia de Ensino é enfatizar a importância do brincar na Educação Infantil, afinal essa fase é fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
2 O LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Segundo Oliveira (2000) o brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
Vygotsky (1998), um dos representantes mais importantes da psicologia histórico-cultural, partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. Partindo desse princípio, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que ela é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis.
Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si.
Nesse contexto, a brincadeira torna-se fundamental no desenvolvimento da criança. Isso porque jogos e brincadeiras vão surgindo homeopaticamente na vida das crianças. O jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que:
(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.
Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações a seu respeito, no entanto, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar. É brincando também que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesmo e ao outro. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões.
Conforme afirma Oliveira (2000, p. 19):
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
A brincadeira favorece o desenvolvimento individual da criança, ajuda a internalizar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social. A criança, quando brinca, exercita suas potencialidades e se desenvolve isso porque há um desafio intrínseco nas situações lúdicas, que provoca o pensamento, estimulando sua inteligência.
Os processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos.
- VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
A instituição escolhida para realizar este estágio foi no ESPAÇO SER CRIANÇA, localizado na rua: BUENO AIRES, número 233, CEP: 89051- 050. Blumenau SC, Bairro Ponta Aguda, fone: 32092535. O espaço atende 62 crianças de 04 meses a 6 anos. São 08 salas no total, algumas são ambientadas menos o berçário e o maternal, são 15 funcionários.
No segundo momento foi realizada uma entrevista com o professor regente para assim colher material para desenvolver melhor a regência e dar continuidade ao conteúdo curricular proposto pela unidade. Os planos de aula elaborados para os cinco dias de regência foi feito de acordo com a orientação da professora regente para a turma de berçário. Dentro da proposta do currículo
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