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O Desafio Profissional

Por:   •  21/11/2018  •  4.230 Palavras (17 Páginas)  •  226 Visualizações

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Aspectos técnicos / táticos do voleibol, e suas capacidades motoras:

O voleibol pode ser considerado uma das modalidades esportivas mais complexas, pois exige de seus jogadores bons níveis de habilidade, precisão e regularidade associadas a características físicas específicas.

Com relação ao contexto de jogo, o voleibol apresenta peculiaridades em relação aos outros esportes. Ao contrário das outras modalidades coletivas, considerados como jogos de invasão ou territoriais, o voleibol é considerado um esporte de rede uma vez que sua quadra é dividida em duas metades iguais separadas por uma rede. O fato de a bola viajar de uma metade a outra não podendo tocar o solo, pois resulta em pontos para o adversário, torna o jogo de voleibol um dos esportes mais difíceis de ser ensinado, pois exige movimentos precisos e altamente técnicos.

O voleibol vem evoluindo em todas as suas ações ofensivas e defensivas desde a sua criação em 1895. Esta evolução pode ser um reflexo do aumento do dinamismo no contexto de jogo, uma vez que diversas mudanças ocorreram, não somente nas regras, mas também em termos técnicos e táticos do jogo.

Na sua execução específica, o voleibol se manifesta com uma série de movimentos complexos e todos solicitados de forma rápida, portanto trata-se de um esporte no qual se necessita aperfeiçoar as várias capacidades técnicas de forma satisfatória.

O voleibol é composto, na sua totalidade, de seis fundamentos básicos, que obedecem a uma sequência lógica dentro do jogo: (1) saque, (2) passe, (3) levantamento, (4) ataque (5) bloqueio e (6) defesa .

Voleibol é um jogo de característica motora aberta, tornando-se dependente das Capacidades Coordenativas de adaptação para uma ótima realização dos seus movimentos específicos. As capacidades físicas são divididas em condicionais e coordenativas, Weineck (2003) demonstra que as capacidades condicionantes são mais diretamente voltadas para energia necessária a uma ação motora, enquanto as coordenativas são mais relevantes à precisão delas, são propriedades qualitativas do nível de rendimento do indivíduo que o capacitam a executar determinadas ações. Greco e Benda (2001) colocam que o nível de conhecimento das capacidades coordenativas, comparado as capacidades condicionais, não é tão diferenciado e teoricamente provado devido à complexidade dos processos e sub processos que o conformam, havendo dúvidas devido à dificuldade de obter progressos sobre aspectos neurofisiológicos e os respectivos correlatos no nível do córtex. As capacidades coordenativas são determinadas, sobretudo, pelo processo do controle dos movimentos e devem ser regulamentadas. Elas capacitam o atleta para ações motoras em situações previsíveis e imprevisíveis e para o rápido aprendizado e domínio de movimento nos esportes

O voleibol é um esporte com fundamentos muito diferentes das atividades físicas naturais, possuindo várias habilidades motoras específicas. Stallings (1973), apud Bojikian e Bojikian (2008), afirma que o treinamento para habilidades específicas envolve a adaptação de capacidades de cada habilidade; assim, o autor coloca que, se desenvolvermos as capacidades motoras requeridas pelos fundamentos do voleibol, a aprendizagem será obtida com maiores chances de êxito do que sem essa preocupação, além da melhora na realização das habilidades específicas e na adaptação motora em um contexto não previsível, que é o caso do jogo de voleibol.

A idade mais propícia para o treinamento das Capacidades Coordenativas é a partir do início da segunda infância, até o início da puberdade, o que pode variar de criança para criança de acordo com a sua maturação e de que a partir desta idade os aspectos coordenativos não adquiridos até então, dificilmente o serão mais tarde.

Observa-se em clubes o início de especialização no voleibol com turmas de 10 e 11 anos de idade, que compreende a fase ótima de aperfeiçoamento das capacidades coordenativas a partir de vários exercícios. A literatura propõe que o aperfeiçoamento das habilidades técnicas ocorra durante o processo contínuo e progressivo do treinamento do esporte. Greco e Benda (2001) propuseram trabalhar cada habilidade específica em relação a variáveis do Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 7, número 3, 2008 Geovane Carlos Rega, Thaís Aparecida Achar Soares e João Crisóstomo Marcondes Bojikian 95 esporte como meio de recepção de informações do desportista, sugerindo vários exercícios para seu aperfeiçoamento. Weineck (2003) sugere a utilização de jogos em que o atleta deve se adaptar constantemente; assim, no momento que o atleta realiza os movimentos específicos do voleibol de acordo com o contexto de jogo, ele propicia o desenvolvimento das capacidades coordenativas. Platonov (2008) coloca exercícios da técnica com vários graus de complexidade, e variáveis, que irão melhorar as capacidades coordenativas do indivíduo. Bojikian e Bojikian (2008), que citam o treino das capacidades coordenativas aplicadas diretamente ao voleibol, também sugerem o desenvolvimento das capacidades coordenativas em função de um agrupamento de fundamentos de acordo com a periodização proposta pelo autor.

A prática do voleibol, por ser constituída de habilidades motoras abertas, é dependente, em muito, das capacidades coordenativas de adaptação – capacidade de equilíbrio, orientação, ritmo, reação motora -, são elas que irão proporcionar a ótima qualidade do movimento, e muitas vezes sua eficácia. O bom treino das capacidades coordenativas no período ideal (dos sete anos até a puberdade) é muito importante para facilitar à criança aprender os movimentos específicos do voleibol. A metodologia citada pelos autores propicia o desenvolvimento das capacidades coordenativas em função dos movimentos específicos do voleibol. O profissional deve propiciar à criança uma rica variabilidade de exercícios e jogos que a aproxime da vivência do voleibol com toda a sua dinâmica. Porém, devido à problemática da idade para o desenvolvimento das Capacidades Coordenativas, os profissionais desta área devem proporcionar à criança uma prática diversificada de modalidades esportivas, que irá incorporar mais experiências e capacidades ao seu repertório motor, evitando a especialização precoce, que prejudicaria seu desempenho no futuro.

Aspectos técnicos / táticos do Basquetebol, e suas capacidades motoras:

O desporto criado por James Naismith em 1891 nos Estados Unidos da América e introduzido no Brasil uma década mais tarde por Augusto Shaw, caracteriza-se

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