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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO; INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA; JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS; CIÊNCIAS MORFO FUNCIONAIS.

Por:   •  10/1/2018  •  2.172 Palavras (9 Páginas)  •  518 Visualizações

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A partir da década de 1980, por influência do novo cenário político, esse modelo de esporte de alto rendimento para a escola passou a ser fortemente criticado e surgiram novas formas de se pensar a Educação Física no ambiente escolar.

É neste contexto que a Psicomotricidade começa a aparecer na área da Educação Física brasileira, procurando orientar o trabalho dos educadores. Buscando uma educação que não valorizasse somente o ser físico, mas o ser social, fisiológico, afetivo, cognitivo, espiritual... Ou seja, uma pessoa integral, e dessa forma, romper com o dualismo cartesiano corpo-mente.

Para atingir este objetivo de relacionar a Psicomotricidade com a Educação Física de forma integrada, e identificar as contribuições desta aliança, é preciso, antes de tudo, definir estas duas abordagens.

Assim, pode-se constatar que a Psicomotricidade se volta para uma ação motora, corporal e espontânea, que busca chegar a uma pedagogia do respeito e da descoberta. Onde possibilita um desenvolvimento harmonioso dos educandos, dando a oportunidade para eles existirem como sujeitos únicos que têm prazer em se comunicar, criar e pensar.

Para Mauro Betti (1992), a Educação Física tem a função de integrar e introduzir os educandos no mundo da cultura do movimento, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física, que são manifestadas no jogo, no esporte, na dança, na ginástica e nas outras atividades que utilizam o movimento humano. Para isso, a Educação Física deve considerar o educando numa relação de totalidade, não como objeto, mas como sujeito humano, ouvindo-o, conhecendo-o, aceitando-o, como um ser humano global.

Esse é o tipo de educação que se busca com a união da Psicomotricidade e a Educação Física. Uma educação que valoriza o ser ao invés do ter, concentrando a atenção no processo de evolução da pessoa, que será concebida em sua integralidade, tendo as etapas de evolução do movimento voltadas ao plano simbólico vivenciado, e não apenas num plano neuro-motor. A educação nesta concepção é entendida como o desenvolvimento das potencialidades próprias de cada criança.

Segundo Betti (1994), a Educação Física tem sonegado informação e negado o prazer e a sociabilização aos seus educandos, porque não tem feito a mediação simbólica do saber orgânico para a consciência, fazendo-os ter autonomia no usufruto da cultura corporal de movimento.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS

O melhor lugar para a aplicabilidade dos conhecimentos trazidos a claridade por Gallahue e Ozmun é a escola, pois estes conhecimentos não podem estar dissociados das referências sociais da vida dos alunos, assim não devemos esquecer ao elegemos os conteúdos, que os nossos alunos estão emersos numa cultura e numa sociedade com determinadas características e valores. E, se a educação apropia-se o papel de situar o homem nos cosmos, no seu tempo, nos seus problemas e necessidades BENTO (1999) a escola não deve largar de vista o curso social das suas práticas, pois corre o risco de ficar desagregada com a sociedade onde se insere.

Os alunos necessitam compreender o concreto conceito do movimento no ciclo da vida, e não somente, resumi-lo a uma mudança no tempo e espaço, aprendendo que ele concorre para uma prospera ordem do sistema. colocando-se atividades, os alunos necessitam considerar que os movimentos tenham uma evolução de forma coesa e em união com as características do desenvolvimento pessoal de cada docente. Com essa compreensão os princípios do movimento serão significativamente inclusos. Levando em consideração às limitações e os atributos pessoais dos alunos, a programação das atividades possibilita uma apresentação em ordem crescente, aonde as aptidões primordiais são trabalhadas, no tempo do ensino infante até as primeiras séries do ensino fundamental, utilizando-se do ensino de movimentos adequados a essa faixa etária, pois, além do movimento ser um comportamento que pode ser observado, também, é o resultado de um processo interno da pessoa, que acontece no nível do sistema nervoso. De modo global, essas aptidões básicas, aprendidas nesse tempo, proporcionam a aprendizagem futura das habilidades complexas ou específicas.

INTERVENÇÕES POSSÍVEIS

Doravante do diagnostico de aprendizado de Tani, Bracht, Hugo Lovisolo, Manuel Sérgio e dentre outros autores, colocando-se no debate, Mauro Betti rever certas opiniões, com ressalte para duas colocações: a não-estruturação do debate brasiliano sobre a concordância da Educação Física como disciplina científica protegida por Tani e Sérgio e denegada por Lovisolo e Bracht, tendo avaliação à opinião clássica de ciência como ponto convergente. E a segunda colocação é o raciocínio de que as ambigüidades de exploração em Educação Física precisam ser observadas no desempenho social e dialogadas com as outras ciências e a Filosofia, para que de lá voltem com respostas ou novos problemas.

Na reorganização de sua reflexão de Educação Física o autor qualifica de pedagógica a interferência como profissão, acrescentando o ponto de referencia estético ao científico e filosófico (apoiado em Bracht e Lovisolo) e passando a compreender a Educação Física como área do conhecimento e intervenção profissional-pedagógica, que trata da cultura corporal de movimento para melhoria qualitativa das práticas que compõe dada cultura, com base em referenciais científicos, estéticos e filosóficos. Ressalta que na escola deve ser propiciada a apropriação crítica da cultura corporal de movimento, por meio da associação orgânica (saber orgânico) do “saber movimentar-se” ao “saber sobre” o movimento.

Mauro aborda as conjecturas da ciência classica e do positivismo lógico dentro das três direções “História, Filosofia e ciência’, ultrapassando-os à luz das concepções sobre Filosofia e Ética das ciências, de Gérard Fourez, Filosofia e História da ciência, de Alan Chalmers e metodologia nas ciências humanas e sociais, de Alda Judith Alves-Mazzotti.

Doravante das principio de Fourez e Chalmers, Betti conclui a Educação Física como factível disciplina científica. O assunto retorna o autor à separação que impossibilita a estruturação de um objeto único para a Educação Física, levando-o a sugerir a obrigação da formulação de princípios para assimilar e explicar os instrumentos que possam ser ajustados e reconstruídos dialeticamente. A central cooperação de Alves-Mazzotti para a obra é a discussão

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