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Escolas e o Trabalho com o Meio Ambiente

Por:   •  28/11/2017  •  2.122 Palavras (9 Páginas)  •  591 Visualizações

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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN‟s) (1998, p. 181):

A preocupação em relacionar a educação com a vida do aluno – em seu meio, sua comunidade – não é novidade. Ela vem crescendo especialmente desde a década de 60 no Brasil. (...) Porém, a partir da década de 70, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão „Educação Ambiental‟ para qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais e não governamentais por meio das quais se busca conscientizar setores da sociedade para as questões ambientais. Um importante passo foi dado com a Constituição de 1988, quando a Educação Ambiental se tornou exigência a ser garantida pelos governos federal, estaduais e municipais (artigo 225, § 1º, VI).

Apesar do meio ambiente estar nas escolas por exigência pública, ela deve ser trabalhada de forma satisfatória, por mais difícil de ser trabalhada que ela seja, pois exige atitudes bem definidas, levando em consideração que é preciso tomar atitudes individuais para que possamos atingir o bem comum. Por mais que o trabalho com o meio ambiente nas escolas não seja uma tarefa fácil, precisamos encarar os obstáculos, pois é necessário conscientizar nossos alunos de tal modo que eles sintam preocupação com o mundo sustentável, tornando cidadãos ecologicamente corretos.

3 QUAIS SÃO OS DESAFIOS E AS DIFICULDADES?

Muitos desafios e dificuldades são descobertos na Educação Ambiental na Educação Básica Ensino Fundamental. Através de pesquisas, pode-se até constatar a consciência da importância do tema transversal Educação Ambiental da equipe docente das escolas. No entanto, é possível notar obstáculos quanto a utilização de atividades envolvendo o tema em questão. Apesar dos professores possuírem conhecimento sobre o assunto, não são oferecidas capacitações referentes ao assunto e a presença da Educação Ambiental nos planos de aula é quase nula. “Um dos motivos para esse despreparo, de acordo com os professores, é que a universidade não os preparou para a interdisciplinaridade, erro que ainda hoje persiste nos cursos de licenciatura”. (Bizerril e Faria, 2001).

A tarefa interdisciplinar ainda é vista como uma dificuldade pela maioria dos profissionais da educação. Um dos responsáveis dessa dificuldade é o interesse do professor em expor o conteúdo de forma tradicional, trancado dentro de uma sala de aula ao invés de expor o seu trabalho e estar sujeito a criticas. Outro motivo é o fato dos professores se desviarem desses projetos, alegando falta de tempo para concluir seus planos de curso.

Outra dificuldade é que os professores questionam sobre a falta de material didático, onde o próprio livro didático é ausente de conteúdos relacionados à questão ambiental, se fazendo necessário outras metodologias com outros materiais que poderiam auxiliar, mas as escolas pesquisadas não disponibilizam, tornando o trabalho ainda mais difícil. Além de que, falta uma maior compreensão e colaboração por parte da comunidade escolar em colocar em prática ações que contribuam para a melhoria do meio ambiente. (MEDEIROS; RIBEIRO; FERREIRA, 2011)

Os conceitos ambientais são apresentados de forma confusa aos alunos, não aprendem nada mais do que é preciso cuidar da natureza, mas não fazem exposição de um conceito mais profundo que possam fazer com que eles compreendam o que é preciso preservar e utilizar de forma consciente.

[...] os problemas ambientais são tratados como algo possível e não concreto. Observa-se que a escola procura transmitir para os educandos de maneira isolada e fragmentada um conhecimento pronto sobre o meio ambiente e suas questões, onde o modo como a Educação Ambiental é praticada nessas escolas, é apenas como projeto especial, extracurricular, sem continuidade, descontextualizado, fragmentado e desarticulado, e apesar da disposição do MEC sobre a educação ambiental, não há efetivamente o desenvolvimento de uma prática educativa que integre disciplinas. (MEDEIROS; RIBEIRO; FERREIRA, 2011)

Diante de todas essas dificuldades, ainda é possível perceber que nas escolas da rede pública a situação é mais precária e a comunidade escolar acaba se queixando por não haver condições adequadas para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, principalmente pela falta de investimento.

[...] a EA não é trabalhada como deveria de acordo com os PCN’s e com a Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, isso porque os professores não são estimulados e nem capacitados, a escola não oferece condições adequadas para desenvolver este tipo de trabalho e como sabemos o professor não é valorizado como deveria, recebendo baixos salários, não tem motivação para ir além do que sua disciplina deve propor aos alunos, tendo em vista que, a EA deveria ser trabalhada de forma integrada por todas as disciplinas, mas essas condições levam ao total desanimo dos docentes, sendo este a principal dificuldade encontrada nas escolas. (MEDEIROS; RIBEIRO; FERREIRA, 2011)

É fundamental a inter-relação as disciplinas do currículo e a comunidade, para que seja possível realizar uma Educação Ambiental capaz de mudar o comportamento humano, utilizando o ambiente escolar como ferramenta transformadora da conscientização do ser humano para o problema ambiental.

[..] é necessário que se desenvolvam conteúdos, ou seja, meios que possam contribuir com a conscientização de que os problemas ambientais dizem ser solucionados mediante uma postura participativa de professores, alunos e sociedade, uma vez que a escola deve proporcionar possibilidades de sensibilização e motivação para um envolvimento ativo dos mesmos. (MEDEIROS; RIBEIRO; FERREIRA, 2011)

4 COMO TRABALHAR COM O MEIO AMBIENTE NAS ESCOLAS?

Apesar de tantos obstáculos, há diversas formas de trabalhar a educação ambiental nas escolas. Segundo com Sato (2002):

Há diferentes formas de incluir a temática ambiental nos currículos escolares, como atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora de sala de aula, produção de materiais locais, projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a serem reconhecidos como agentes ativos no processo que norteia a política ambientalista. Cabe aos professores, por intermédio de prática interdisciplinar, proporem novas metodologias que favoreçam a implementação da Educação Ambiental, sempre considerando o ambiente imediato, relacionado a exemplos de problemas atualizados.

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