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Educação infantil indígena

Por:   •  10/11/2018  •  4.983 Palavras (20 Páginas)  •  229 Visualizações

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O aprendizado da leitura é um dos muitos desafios da escola, pois é uma tarefa complexa. É de se esperar que os professores cometam erros, mas apesar de desafiador, seu ensino precisa trazer resultados para a compreensão do aluno, pois a habilidade em leitura é fundamental em uma sociedade letrada como a nossa.

A leitura favorece o desenvolvimento cognitivo, o aprendizado de outros conteúdos e a atuação no cotidiano. Acredita-se que a leitura é uma atividade capaz de modificar o indivíduo e suas relações com o mundo. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 (Brasil, 1996), a formação básica do cidadão depende do desenvolvimento da capacidade de aprender, que se dá a partir do pleno domínio da leitura e escrita. No tocante a este trabalho, entende-se que ler é muito mais que decifrar sinais gráficos, é construir significados. A leitura é um instrumento por meio do qual compreende não somente a linguagem escrita, mas o próprio mundo com suas redes de sentidos e significados, sendo o leitor um sujeito ativo que interage com o texto-mundo.

Diante da importância da leitura e da real situação dos alunos brasileiros, é preciso que haja uma preocupação por parte da escola e de todos envolvidos com a educação a fim de formar o leitor competente. Muitos linguistas e educadores, preocupados com o ensino da leitura, investigaram o assunto, procurando contribuir com instrumentos que pudessem auxiliar a prática dos professores na árdua tarefa de ensinar a ler e compreender textos.

Ferreira e Dias (2002) salientam que, embora existam muitas pesquisas e elaboração de novos métodos no campo do ensino da leitura, não houve uma melhora no ensino e no aprendizado e isto se deve ao fato das pesquisas serem separadas das realidades escolares. Foi feita uma ampla produção de conhecimento sobre o ensino da leitura, porém os professores não tiveram acesso, e, se tiveram, foi de forma distorcida, por meio de capacitações nas quais os professores exercem o papel de meros ouvintes.

Tanto as formações iniciais, como a continuada, não têm capacitado o professor para o ensino da leitura. Privilegia-se muito a formação técnica e o aspecto cognitivo em detrimento do afetivo-emocional. De acordo com Cramer e Castle (2001) apud Ferreira e Dias (2002) o aspecto afetivo é um possibilitador do aprendizado e da mudança no ensino da leitura. Esses autores ressaltam que o professor podem motivar os alunos a terem interesse e amor pela leitura se valorizarem e apreciarem o ato de ler, mostrando uma postura positiva diante da leitura. Não há como favorecer o gosto pela leitura se o professor tem a mesma como algo mecânico, cansativo e não prazeroso.

Com base nos autores citados, infere-se que a construção da habilidade em leitura dos alunos depende muito da atuação do professor, da sua formação, das suas concepções de leitura, da sua posição frente ao ato de ler, do uso de métodos e teorias que levem em conta contexto e a realidade escolar. Diante da falta de compreensão leitora do aluno brasileiro deduz-se que os professores e a escola possuem uma parcela de responsabilidade, pois não possibilitaram a construção de condições para que seus alunos conquistassem a tão importante competência em leitura.

Embora existam muitos professores que não conseguiram oferecer instrumentos que levassem os alunos a obterem autonomia enquanto leitores, muitos outros conquistam bons resultados em sua atuação. Uma avaliação aplicada anualmente em praticamente todas as escolas públicas de Minas Gerais, chamada de Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (PROEB), que avalia os rendimentos acadêmicos[3], bem como aspectos humanos e sociais[4] dos alunos, detectou que os alunos de certas escolas alcançaram excelentes resultados na prova de Língua Portuguesa. Nesta prova há questões que avaliam a compreensão leitora dos alunos, o que evidencia que os alunos estão construindo a capacidade de compreender o que leem.

Tendo como base a problemática relacionada ao ensino-aprendizagem da compreensão em leitura e os resultados alcançados pelos alunos dessas escolas, buscou-se desenvolver uma investigação centrada na seguinte questão: quais são os fundamentos e as concepções que sustentam a prática docente do professor(a) das turmas de 5º ano das escolas que obtiveram melhores notas na prova de Língua Portuguesa do PROEB de 2013? A fim de respondermos à questão central, estabeleceu-se objetivos específicos, a saber: investigar as concepções teóricas sobre o ensino-aprendizagem da leitura do(a) docente de uma das turmas avaliadas, bem como investigar e analisar as metodologias, os planejamentos e materiais didáticos utilizados no ensino da Leitura.

Conquanto tenha uma grande quantidade de pesquisa sobre a leitura, este não é um assunto que não deva ser mais pesquisado, pelo contrário, quanto maior a diversidade de pesquisas melhor para sua atuação, tanto no aspecto de seu ensino quanto no de sua aprendizagem.

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- TEMA

Leitura e compreensão de texto.

- PROBLEMA

Qual a influência da intervenção do professor sobre o resultado alcançado por alunos de 5° ano no PROEB-2013?

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- JUSTIFICATIVA

Diferentes concepções teóricas estudam a leitura e o processo de construção de sentidos. Apresentamos, aqui, algumas dessas concepções para esclarecimento dos conceitos de leitura e compreensão leitora. Segundo Santos e Oliveira (2010) a leitura reúne uma série de habilidades cognitivas. Algumas teorias evidenciam o predomínio de um ou outro componente do processo, enquanto outras enfatizam a sua multideterminação. Santos; Oliveira (2010) e Silva (2004) detectaram em seus estudos que os leitores que possuem um maior conhecimento sobre o assunto tratado no texto têm um desempenho melhor na leitura do que aqueles que desconhecem o assunto.

Ferreira e Dias (2002) definem a leitura como uma atividade cognitiva de muita complexidade, que utiliza outros processos como percepção, memória, inferência, dedução e uso de estratégias. A leitura pode ser utilizada para vários objetivos, desde para adquirir conhecimento até para conquistar prazer. Nessa concepção ler é extrair sentido, significado para o que se lê a partir das experiências prévias do leitor. Foucambert

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