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Educação Sexual, realidade distante da sala de aula?

Por:   •  21/4/2018  •  2.626 Palavras (11 Páginas)  •  285 Visualizações

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e os pais tenham vergonha de responder.

É normal a criança perguntar sobre seu órgão genital, se for um menino ele vai ter a curiosidade de saber por que seu órgão é diferente do órgão da menina e se for menina também acontecerá igual, são coisas que já estão dentro da realidade da criança devido às informações que elas recebem todos os dias obtidas de várias maneiras como exemplo: a televisão, por isso não se assustem com perguntas tipo: o que é sexo? De onde vêm os bebês? O problema não é levantar a questão, mas sim, saber como fazer lá sendo de certa maneira imparcial e prático.

‘‘Muitas escolas atentas para necessidade de trabalhar com essa temática em seus conteúdos formais, inclui Aparelho Reprodutivo no currículo de Ciências Naturais. Geralmente o fazem por meio da discussão sobre a reprodução humana com informações ou noções relativas à autonomia e fisiologia do corpo humano. Essa abordagem normalmente não abarca as ansiedades e curiosidades das crianças, pois enfoca apenas o corpo biológico e não inclui as dimensões culturais, afetivas e sociais contidas nesse mesmo corpo’’. (Brasil Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual/ Secretaria de Educação Fundamental p._ 113 Brasília: MEC/SEF - 1997)

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, pelos trabalhos existentes de Orientação Sexual nas séries iniciais do Ensino Fundamental, mostram que a curiosidade gira em torno da tentativa de compreender o que é o relacionamento sexual, como ele ocorre e às transformações no corpo durante a puberdade, os mecanismos da concepção, a gravidez e o parto. Antes de trabalhar a educação sexual é bom que os pais sejam informados de como será desenvolvido esse trabalho, para terem a certeza de que seu filho receberá um bom suporte para tirar suas dúvidas e para ajuda-los a entender a sexualidade de forma mais clara e sem preconceitos.

Nossa cultura até hoje reprime a mulher (mesmo tendo evoluído muito, se pensarmos na época de nossos avós!) e, ao mesmo tempo, exige muito do homem, tem de mostrar que é “macho”, tem de ter ereção sempre, tem de ter um pênis enorme, tem de ejacular com um jato que percorra quilômetros de distância de preferência e etc. (MULLER, Laura, Altos Papos Sobre Sexo dos 12 aos 80 anos/ Laura Muller - São Paulo: Globo, p. 20, 2009.).

Os alunos devem saber de “tudo” de acordo com sua idade e sua formação, não é preciso forçar a criança para que ela aprenda, esse ensinamento tem que ser aplicado aos poucos, pois existem muitas coisas que elas não entendem, não querem ou talvez nem precise saber, a prática docente em relação à orientação sexual deve ser trabalhada de acordar a faixa etária do aluno para que o professor enquanto mediador entre o aluno e as questões da sexualidade, tenha um trabalho mais eficaz e com sucesso. É fundamental que a sexualidade seja discutida o mais precoce possível, pois é um assunto que normalmente gera muita polêmica e ideias contraditórias, entretanto, discuti-la permite, desde cedo, que crianças e adolescentes cultivem hábitos saudáveis, esclareçam dúvidas e falem de questões pertinentes à sua própria saúde. As crianças tem vontade de aprender sobre seu corpo, e é a partir dessa vontade que muitas vezes procuram informações em lugares que não são convenientes com seu aprendizado e acabam colhendo informações que não eram para serem colhidas naquele momento, por isso é muito importante à escola junto com os pais começarem a se preocupar com o assunto, pois no mundo de hoje deveria deixar de ser obrigatório aprender só “português e matemática”.

“A escola, querendo ou não depara com situações nas quais sempre intervém. Seja no cotidiano da sala de aula, quando proíbe ou permite certas manifestações e não outros, seja quando opta por informar os pais sobre manifestações de seu filho, a escola está sempre transmitindo certos valores, mais ou menos rígidos, a depender dos profissionais envolvidos naquele momento”. (Brasil Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual/ Secretaria de Educação Fundamental p._ 113 Brasília: MEC/SEF - 1997)

A orientação sexual e as práticas docentes juntas vão além das informações, pois ajudará a expor os pensamentos, discutir fatos, fará com que o aluno tenha mais confiança e admiração pelo professor, que nessa ocasião ultrapassa o papel de educador passando a ser também uma fonte segura de apoio às diversas dúvidas e receios particulares que são desenvolvidos em casa pela falta de diálogo com os pais que muitas vezes não percebem que a adolescência é um período de grandes transformações e descobertas, é tempo de afirmação da personalidade e de formação de relações mais profundas com a sociedade, escola e principalmente com a família. Ela é compreendida como uma fase de transição entre a infância e a idade adulta e é de fundamental importância por apresentar características muito peculiares, que conduzem a criança a tornar-se adulto capaz de reproduzir. É acompanhada também pela busca da identidade própria e pelo despertar do erotismo o que a faz um período delicado no qual poderá surgir um aumento de conflitos entre pais e filhos.

Quando as crianças norte americanas completa 03 anos, elas não só classificam as pessoas corretamente como homem ou mulher, mas também tem uma quantidade considerável de informações sobre as expectativas sociais para ambos os sexos. Sabem que se espera que as meninas brinquem com boneca e se vistam como mulheres, enquanto os meninos devem brincar com caminhões e fingir que são bombeiros. (MUSSEN, Paul Henry, Desenvolvimento e Personalidade da Criança/ Paul Henry Mussen, John Janeway Conger, Jerome Kagan, Aletha Carol Huston - São Paulo: Editora HARBRA p: 355 1999.).

As famílias ou a maioria delas se abstêm do seu primordial direito e dever quanto à orientação sexual dos filhos e, para que não seja cobrada pela sociedade ou com o intuito de se redimir junto aos filhos, os orienta da forma a que foram ensinadas, se omitem da realidade e ensinam historias no lugar da verdade. Quando aguça na criança a curiosidade em saber de onde veio, há aqueles que ainda se utilizam histórias como: o bebê trazido pela cegonha, bebês comprados em hospitais, bebês trazidos de avião... E muitos pais na visão retrógrada querem se esquivar do assunto, levando ao extremo a repreensão afetando inconscientemente os filhos na sua capacidade de sentir, pensar, integrar, relacionar-se. Muitas vezes os pais pensam em proteger os seus filhos, mas quase sempre essa superproteção prejudica a criança que crescerá

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