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EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: A CONSTRUÇÃO DO SER EM SUA TOTALIDADE

Por:   •  14/1/2018  •  3.786 Palavras (16 Páginas)  •  371 Visualizações

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por parte de alguns professores, muitos se utilizam de métodos de ensino inflexíveis para trabalhar o conteúdo tornando-o assim de difícil entendimento.

Considerando a realidade apresentada, faz-se necessário questionarmos a respeito de uma contribuição na formação do ser em sua totalidade. A Educação não formal pode contribuir nesse processo? De que maneira?

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O que é educação não formal

Através da relação escola-sociedade surge um novo espaço de atuação pedagógica, onde há a possibilidade de complementar o sujeito no tempo no espaço sócio-histórico no qual está inserido.

Denominada de educação não formal, também conhecida como educação popular vem alargar as cordas das tendas da escola, visando dar continuidade aos estímulos provocados pela educação formal visando ampliar o ser cidadão, desenvolvido de maneira não sistemática, seu início parte do próprio indivíduo, seus saberes, suas realidades e cultura, de maneira a ser projetado na sociedade, tornando-o mais crítico, com um olhar mais voltado para as relações com o mundo.

Dentro das propostas desta área da educação está o desejo de mudança e de transformação social a partir de um ser íntegro e integrado. Instituições não governamentais trabalham através do respeito à singularidade, partindo de pensamentos que proporcionam um crescimento pessoal e social.

Através da prática de atividades diferenciadas da escola formal, é possível a construção de um conhecimento que não se limite ao conteúdo didático e sim que rompa com as barreiras da informação acrescentando conhecimentos pertinentes a formação social onde o educando se capacite não só para atender as necessidades de um tendencioso mercado de trabalho como também para a vida.

Estes espaços representam no âmbito social um papel extremamente positivo na construção da cidadania e despertam o empreendedorismo tornando o indivíduo mais seguro e capaz de ser o protagonista de sua própria vida.

O empreendedorismo desenvolvido nesta área da educação possibilita uma realidade de oportunidades, que na educação formal é pouco estimulado Fernando Dolabela deixa claro o quanto é indispensável desenvolver este projeto.

... se a estratégia pedagógica estimula o educando a construir sua própria representação do mundo, de forma livre, consciente e socialmente responsável, ela estará combatendo a sujeição a controles externos, a obediência cega às regras, a “domesticação”“. Fernando Dolabela (2003, p.33)

Fernando nos faz pensar sobre o trabalho nas instituições não governamentais que, embora não sigam nenhuma metodologia didática específica, trabalham através do empreendedorismo muitas questões que permeiam a própria sociedade com o objetivo de oportunizar o crescimento pessoal do indivíduo.

....o desafio da proposta educacional empreendedora é construir novos valores em sociedade heterogênea, marcada positivamente pela diversidade cultura, mas negativamente pelas diferenças abissais de renda, poder e conhecimento. Fernando Dolabela (2003, p.33)

A educação não formal contribui de forma que a criança e o adolescente se tornem mais sensíveis, reflexivos, criativos, estéticos e responsáveis, respeitando as diversidades histórico-culturais, permite também conhecer suas origens e a valorizar as características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais, promovendo assim, seu autoconhecimento e o respeito mútuo, se utiliza das diferentes linguagens e isso constitui numa escolha pedagógica que contribui de forma significativa nas dificuldades, desenvolvendo habilidades que permitam aprender.

O diálogo é fundamental neste tipo de educação, favorece a construção do conhecimento, é um meio facilitador nas questões de dificuldade de aprendizagem, sempre buscando caminhos para suprir as necessidades.

... por ser uma escolha de iniciativa voluntária, a vivência em espaço de educação não-formal permite a conquista de valores humanos mais positivos, o desenvolvimento da auto-confiança, da construção de identidade e do sentimento de pertença. Os freqüentadores passam a dar valor a si mesmos e a receber validação dos outros. Fernandes e Garcia (2007, p.6)

O que se propõe é a inclusão do ser na sociedade utilizando como ferramenta no processo de ensino aprendizagem atividades voltado para as artes, os esportes, o ambiental, a tecnologia, no intuito de contribuir para o crescimento pessoal, permitindo desta maneira que esteja preparado para enfrentar as dificuldades e as transformações do mundo globalizado. A educação necessita ultrapassar os campos do capitalismo, no qual o discurso é totalmente maniqueísta, e acontecer no intuito de desvendar e se apropriar do conhecimento relacionando-se com o mundo e despertando suas habilidades.

Entretanto, ao pontuar o importante desenvolvimento que a educação não formal contribui para o indivíduo não podemos dar a entender que a escola formal deixe de lado as questões mais humanizadoras e também o fato de que no espaço não formal não necessite o compromisso com as premissas educativas, na transmissão critica do conhecimento. Deve-se ter o cuidado com o objetivo pelo qual se faz a prática educacional, não deixando se influenciar e tender para um discurso justificado por um mundo globalizado.

Paulo freire (1996) considera as idealizações feitas em cima dos discursos sobre a globalização muito tendenciosa, favorecendo uma determinada classe e descaracterizando com o que deveria ser o papel da educação

O discurso da globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua ética do mercado e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar bravamente se optamos, na verdade, por um mundo de gente. O discurso da globalização astutamente oculta ou nela busca penumbrar a reedição intensificada ao máximo, mesmo que modificada, da medonha malvadez com que o capitalismo aparece na História. O discurso ideológico da globalização procura disfarçar que ela vem robustecendo a riqueza de uns poucos e verticalizando a pobreza e a miséria de milhões. O sistema capitalista alcança no neoliberalismo globalizante o máximo de eficácia de sua malvadeza intrínseca. (Freire, 1996, p.144)

É neste pensamento voltado para o ser humano que acontece verdadeiramente a construção de um conhecimento coeso com as necessidades e premissas educativas.

No espaço da educação não formal essa construção é feita de maneira livre, onde através de atividades lúdicas, acontecem vivências prazerosas que

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