A INFLUÊNCIA DO USO DA LINGUAGEM VIRTUAL SOB A LINGUAGEM FORMAL COM ÊNFASE NO AMBIENTE DE TRABALHO
Por: Sara • 12/3/2018 • 4.112 Palavras (17 Páginas) • 452 Visualizações
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De acordo com Beuren, et. al., (2009) a metodologia da pesquisa envolve o rol dos procedimentos metodológicos a serem adotados, isto é, o delineamento que permite focalizar o problema de pesquisa e traçar um guia para coletar e analisar os dados. O delineamento implica em escolher um plano para conduzir a pesquisa, nesse sentido, esta pesquisa ao considerar as particularidades da linguagem virtual e da linguagem formal, classifica-se em uma pesquisa descritivas quanto ao objetivo, bibliográfica quanto aos procedimentos e qualitativa quanto à abordagem da problemática.
2. A LINGUAGEM
Ferreira (2001, p. 427) define linguagem como “o uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre as pessoas”. Neste sentido é possível compreender que linguagem é o canal de diálogo entre duas ou mais pessoas. Diante do proposto, Nobre e Fávero (2011) destacam a importância da linguagem, pois sendo o ser humano um ser social, este tem necessidade de interagir para sobreviver no meio em que habita.
Para completar as ideias apresentadas Schelles (2008), por sua vez, conceitua que a conversação proveniente da linguagem além de essencial para a existência humana, é eficaz para as relações pessoais, empresarias e educacionais e pode ser feita de várias formas, todavia, só existe verdadeiramente entendimento quando a mensagem é recebida com o mesmo sentido com o qual ela foi conduzida inicialmente.
Outro ensinamento de Nobre e Fávero (2011, p. 2) é que “através da linguagem, o homem organiza seus pensamentos, seu mundo interior, suas crenças, que podem ser exteriorizadas através da língua oral ou escrita”. Desse modo, o indivíduo, a partir do desenvolvimento do processo linguístico, consegue expressar suas opiniões, interagir com a sociedade, expor os seus conhecimentos, usando a linguagem como uma ferramenta para o seu benefício próprio, seja em acrescimento pessoal ou profissional.
Há de se considerar que a língua falada e a escrita são modalidades que possuem características próprias, mas que se completam, visto que apresentam mais semelhanças do que diferenças. (LINS, 2007)
No entanto, sob outro ponto de vista, Marcuschi (2005) relata que pode-se definir o homem com um ser que fala e não como um ser que escreve, pois a fala apresenta como maior adjetivo, a liberdade de discurso, não necessitando ser planejada, mas independentemente disto o autor ressalta que em nenhum momento a oralidade será superior à escrita, ou vice versa.
O cerne das postulações acima segundo colocado pelos autores é compreender que o homem é portador de capacidade para a linguagem, ou melhor, já nasce provido de aptidão e necessidade linguística, em sua forma oral ou escrita, assim como carece dessas formas de comunicação para sua existência, pois sem elas, não poderia se expressar, evidenciar suas necessidades, dúvidas e anseios.
3. A LÍNGUA FALADA
Na história dos estudos linguísticos, vários são os conceitos de “língua”, dentre eles, pode-se definir a língua falada como:
“Toda a produção linguística sonora dialogada ou monologada em situação natural, realizada livremente e em tempo real, em contextos e situações comunicativas autênticos, formais ou informais em condições de proximidade física, ou por meios eletrônicos tais como rádio, televisão, telefone e semelhantes”. (MARCUSCHI e DIONÍSIO, 2005, pg. 71 apud HEINE 2012, pg. 6).
Da passagem acima interessa-nos compreender que a língua falada é mais espontânea, uma vez que não exige padrões gramaticais pré-estabelecidos dos usuários, fazendo com que esses pronunciem as palavras como às escuta através dos diversos meios de comunicações atuais.
No entendimento de Nobre e Fávero (2011) ao chegar à escola, o aluno, por seu convívio familiar e social já domina uma linguagem falada, desenvolvida independentemente das regras escolares, algo como uma linguagem materna.
Ainda na ideia das mesmas autoras, compete à escola incentivar e desenvolver por meio de atividades a norma culta da língua portuguesa ao educando, não no sentido de exigir a substituição da linguagem por ele aprendida em casa, mas sim na perspectiva de capacita-lo para o domínio de outra variedade linguística para que possa ser utilizada em diferentes situações comunicativas.
Assim sendo, Pará (2003), conclui que a língua falada pode ser compreendida como o conjunto de expressões e dialetos de uma mesma língua, e que tais elementos podem variar de região para região, de um grupo social para outro ou condicionado ao ambiente em que o usuário está inserido.
3.1 A LÍNGUA ESCRITA
Nas palavras de Baussier (2005, p. 4), pode-se entender, dentre outros postulados teóricos, a escrita como:
“O processo de registro de caracteres com a intenção de formar palavras ou outras construções de linguagem. Os instrumentos usados para fazer esse registro são os mais variados. Pode-se utilizar qualquer instrumento capaz de produzir marcas numa superfície que as aceite (caneta, lápis, giz, máquina de escrever, computador), e essas superfícies, também chamadas suportes, podem ser as mais variadas (papel, couro, caco de cerâmica, parede e até grão de arroz — com lente de aumento, é possível ver nomes, poemas ou textos religiosos escritos ali). O registro pode durar muito tempo, como os livros escritos em pergaminho, ou quase nada, como as tarefas registradas em quadro-negro”.
Uma vez apontada, em termos gerais, a escrita permitiu que o homem fizesse história ao longo dos séculos, por meio de símbolos, desenhos e registros que permaneceram consolidados e foram aperfeiçoados com o passar do tempo.
Em Queiroz (2005), vamos encontrar o esclarecimento de que a escrita é a fixação da linguagem falada e sem ela todo o conhecimento que temos sobre as gerações e fatos passados, como crenças, religiões, filosofia e poesia não existiriam.
Bernardino (2013) conceitua ainda que “desde que o homem começou a organizar o pensamento por meio de registros, a escrita foi se desenvolvendo e ganhando extrema relevância nas relações sociais, na difusão de ideias e informações”. Desse modo, Gomes (2012) reflete que “a escrita adquiriu autonomia e independência, tornando-se objeto de necessidade de domínio mundial”.
No entendimento dos autores parece conveniente perceber que a língua escrita é tão quão importante à língua falada, sendo a primeira uma
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